Johnny Z. é um amante do Metal. Com passagens pela Roadie Crew, Seventh Page (dedicado ao Iron Maiden, e referência nos anos 90 e inicio dos anos 2000), adminstrador de sites e páginas do facebook dedicados ao Iced Earth, Exodus, Tim "Ripper" Owens, entre outras, atualmente é o administrador e editor da página Metal na Lata.
1
– Olá Johnny Z. Você é um colecionador de música, fã de Star Wars, comentarista
e entrevistador e administrador de sites. Como gerencia seu tempo para isso
tudo?
Cara,
nem eu sei ao certo como consigo fazer tudo isso (risos). Mas sempre procuro
arrumar um tempinho durante meu real serviço, sou engenheiro civil, assim não
fico bitolado e não me estresso com as cobranças do trabalho, já que o Metal
para mim é um hobby e me faz bem.
2
– Você já fez parte de sites dedicados ao Iron Maiden. Pode nos falar sobre
esse período?
Sim, fiz parte da antiga Seventh Page – www.ironmaiden.com.br – não me lembro ao certo o ano que fui convidado, mas acho que foi entre 1997 ou 1998, e fiquei por lá até 2003. Chegamos a ganhar até o prêmio iBest em 2000 (acho hahaha). Porra, faz tempo pra cacete, não sei nem o que tomei de café da manhã hoje (risos).
Sim, fiz parte da antiga Seventh Page – www.ironmaiden.com.br – não me lembro ao certo o ano que fui convidado, mas acho que foi entre 1997 ou 1998, e fiquei por lá até 2003. Chegamos a ganhar até o prêmio iBest em 2000 (acho hahaha). Porra, faz tempo pra cacete, não sei nem o que tomei de café da manhã hoje (risos).
3
– Um dos sites que você administra atualmente é dedicado ao Iced Earth. Como
você tomou conhecimento da banda e o por que fazer um site voltado à banda?
Bom,
enquanto eu ainda estava participando ativamente do site do Iron Maiden, eu
resolvi montar algo meu e para outra banda na qual eu também amava já há algum
tempo. Conheci o Iced Earth em 1996, após comprar “no susto” o álbum “The Dark
Saga”, quando fui em uma loja tradicional aqui do bairro, na qual ia quase que
todos os dias, e queria comprar algo. Na ocasião ia comprar um cd do Xentrix,
“Sourge”, que tinha acabado de sair também. O vendedor, que era conhecido meu,
virou e disse: “Cara, escuta essa banda! Você vai amar!”. Pronto, escutei uns
trechos e larguei o cd do Xentrix na prateleira. Daí nunca mais parei. Quis
fazer um site sobre eles porquê, além de eu ter amado o som da banda e ido
atrás de tudo deles, na época era bacana ter sites de bandas, hoje em dia o
pessoal fica mais em facebook e mídias sociais, e também queria ser diferente
de todos, já que era só Metallica, Iron Maiden e afins. Assim, nascia em 1997
apenas um embrião que viria a se tornar algo maior no futuro. A página anteriormente se chamava “Horror
Page” (pqp, que merda de nome).
4
– Como colecionador do Iced, quais itens tanto oficiais quanto bootlegs são
indispensáveis em sua coleção?
Sem dúvidas “Burnt Offerings” (1995), “Something Wicked This Way Comes” (1998) e o maior ao vivo de todos já gravados, “Alive In Athens” (1999). Bootlegs são só apêndices, nem considero coleção.
Sem dúvidas “Burnt Offerings” (1995), “Something Wicked This Way Comes” (1998) e o maior ao vivo de todos já gravados, “Alive In Athens” (1999). Bootlegs são só apêndices, nem considero coleção.
5
– Sobre o Iron Maiden, do que você se lembra quando Blaze foi anunciado como
novo vocal? Já conhecia o Wolfsbane?
Cara, na época não tinha internet, então foi tudo nas escuras mesmo. Passei algum tempo não botando fé que o Bruce Dickinson tinha saído da MINHA banda, saca? Foi traumático pra caralho pra mim. Quando ele foi anunciado, depois de algum tempo todo mundo queria ouvir algo dele, para saber se caberia no Iron Maiden, mas não tínhamos como conseguir nada do Wolfsbane nem porra nenhuma. Porquê ninguém nem sabia que existia (risos). Foi, como disse, tudo no escuro. Até que um dia ouvi a “Man On The Edge” no rádio do carro e pensei: “Perae, isso é Maiden, mas não conheço essa música!!!”, ai entrou a voz dele e pensei: “Mas que porra é isso???!!!” (risos).
Cara, na época não tinha internet, então foi tudo nas escuras mesmo. Passei algum tempo não botando fé que o Bruce Dickinson tinha saído da MINHA banda, saca? Foi traumático pra caralho pra mim. Quando ele foi anunciado, depois de algum tempo todo mundo queria ouvir algo dele, para saber se caberia no Iron Maiden, mas não tínhamos como conseguir nada do Wolfsbane nem porra nenhuma. Porquê ninguém nem sabia que existia (risos). Foi, como disse, tudo no escuro. Até que um dia ouvi a “Man On The Edge” no rádio do carro e pensei: “Perae, isso é Maiden, mas não conheço essa música!!!”, ai entrou a voz dele e pensei: “Mas que porra é isso???!!!” (risos).
Na
hora fiquei sem chão, tinha mudado COMPLETAMENTE, mas eu lá no fundo tinha
gostado e MUITO daquela sonoridade e daquela voz mais grave. Fiquei mais
animado.
Não,
não conhecia Wolsfsbane, e sinceramente, na época resolvi de NÃO ir atrás de
nada para não me decepcionar com o que viria, portanto, só comprei as coisas
depois de algum tempo que o “The X Factor” (1995) saiu e gostei muito.
6
- Quando ouviu o The X-Factor, qual a sensação? O que pensa do disco,
atualmente?
Então, ao ouvir ele por inteiro eu continuei sem chão, mas era uma sensação agradável e ao mesmo tempo perturbadora por saber que não era o Bruce mais, que não tínhamos mais aqueles agudos de sirene ou aqueles esganiçados do “No Prayer For The Dying” (1990) e “Fear Of The Dark” (1992), que eu adoro. Mas, no fundo, era inegável que o álbum tinha um potencial enorme e se tornaria um clássico SIM. Xiitas, fodam-se, ok? (risos).
Então, ao ouvir ele por inteiro eu continuei sem chão, mas era uma sensação agradável e ao mesmo tempo perturbadora por saber que não era o Bruce mais, que não tínhamos mais aqueles agudos de sirene ou aqueles esganiçados do “No Prayer For The Dying” (1990) e “Fear Of The Dark” (1992), que eu adoro. Mas, no fundo, era inegável que o álbum tinha um potencial enorme e se tornaria um clássico SIM. Xiitas, fodam-se, ok? (risos).
7
– Você acredita que a banda deveria ter se adaptado ao tom de voz de Blaze,
baixando a afinação das músicas, como o Judas Priest fez com Ripper Owens?
Difícil responder essa, já que sou um grande fã da fase Ripper no Judas Priest, e adorei a sonoridade mais pesada que eles abordaram. Mas, respondendo sua pergunta, achei o “The X Factor” perfeito, tanto e sonoridade, conceito e vocais. Um puta disco! E vou mais além, “Virtual XI” também é um excelente disco, se fosse editada todas as partes massacrantes de repetições nas letras e trechos de teclados NOJENTOS em “The Angel & The Gambler”, só para citar uma (risos). Eu realmente gostei das sonoridades abordadas, mesmo achando que em termos de composição não mudaram muito.
Difícil responder essa, já que sou um grande fã da fase Ripper no Judas Priest, e adorei a sonoridade mais pesada que eles abordaram. Mas, respondendo sua pergunta, achei o “The X Factor” perfeito, tanto e sonoridade, conceito e vocais. Um puta disco! E vou mais além, “Virtual XI” também é um excelente disco, se fosse editada todas as partes massacrantes de repetições nas letras e trechos de teclados NOJENTOS em “The Angel & The Gambler”, só para citar uma (risos). Eu realmente gostei das sonoridades abordadas, mesmo achando que em termos de composição não mudaram muito.
8
– Após o Virtual XI, Blaze já tinha algumas idéias de novas músicas. Acredita
que se houvesse um terceiro álbum com Blaze, levando em conta que o Brave New
World tem faixas que foram sobras do Virtual, e que o Silicon Messiah tem
composições que seriam para um terceiro álbum da donzela, poderia ser um bom disco?
A
banda estava passando por maus bocados em 1998/1999, então acho que na cabeça
do titio Harris, algo teria que ser feito e o fim daquela fase estava próximo.
Acredito que a melhor coisa foi feita. Sobre se sairia algo bom para um
terceiro disco, acredito que sim, porque em termos de composição não tinha
problema nenhum. Mas, sinceramente, ainda bem que terminou como terminou.
“Silicon Messiah” (2000) e “The Tenth Dimension” (2002) foram as coisas mais lindas
que o Blaze já fez em toda sua carreira, e o Maiden lançou o “Brave New World”
(2000), que é um puta disco (mas parou por ai hehehehe, só melhorando em “The
Book Of Souls” recentemente). Que venham as pedras (risos).
9
– O que acha da carreira solo de Blaze? Qual o disco, em sua opinião, que
melhor representa o trabalho dele pós Maiden? E qual seria aquele que você acha
descartável?
Acho
ótima, mas nesse quesito eu me acho meio “tr00zão”, por que eu AMO os dois
primeiros álbuns solo e o ao vivo “As Live As It Gets” (2003), e para mim são
somente esses os melhores discos dele. Não que os outros sejam ruins, são bons
demais, mas foram nesses dois primeiros e com a formação clássica que eles me
conquistaram. Aquela pegada bem pesada, produção de Andy Sneap, com rifferama beirando
o Power/Thrash... sensacional! Hoje, infelizmente, é só OK para mim.
Os editores da Seventh Page
10
– Quais itens de sua coleção, relacionados ao Maiden e à Blaze que você
destacaria?
Vou
citar só com o Blaze, já que essa entrevista é para o site dele aqui no Brasil
(risos).
Creio que os singles da fase Blaze são, hoje em dia, bem difíceis de se conseguir, então fico com eles e com o cd “The X Factor” japonês duplo, e alguns cds promos. Hoje em dia já não sou mais um grande colecionador de Iron Maiden, me atento somente ao básico da discografia (álbuns, singles, eps e dvds). Depois que li os livros de colecionadores, “Maiden Companion”, me frustrei ao saber que jamais teria tudo (risos).
Creio que os singles da fase Blaze são, hoje em dia, bem difíceis de se conseguir, então fico com eles e com o cd “The X Factor” japonês duplo, e alguns cds promos. Hoje em dia já não sou mais um grande colecionador de Iron Maiden, me atento somente ao básico da discografia (álbuns, singles, eps e dvds). Depois que li os livros de colecionadores, “Maiden Companion”, me frustrei ao saber que jamais teria tudo (risos).
11
- Obrigado pela atenção Johnny. Um grande abraço e deixe por aqui sua mensagem
aos leitores da Blaze Bayley Brazil!
Valeu
pelo convite, e me desculpe pelo atraso. Você sabe o quanto eu corro atrás do
Metal Na Lata (meu novo veículo de imprensa, após eu ter saído da revista
Roadie Crew), meu serviço, páginas, família e etc (risos). Continuem
prestigiando o Blaze, porque ele é uma grande pessoa, um cara dedicado e
realmente AMA o que faz e AMA seus fãs! Nunca o vi de cara fechada ao atender
os fãs, e é nítido a enorme satisfação que ele tem ao cumprimentar-nos. Isso
não tem preço. Sorte a todos nós e, mais uma vez, não se importem com que o que
terceiros dizem ou defequem pela boca, sejam autênticos, lutem pelos seus
ideias e não tenham vergonha nem medo de serem felizes... no Metal idem!
Acessem o Metal na Lata.