sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Blaze Bayley: Novo DVD previsto para Novembro 2014

Após uma gigantesca turnê dupla pelo Brasil, Blaze Bayley anuncia o lançamento de um DVD para Novembro de 2014.

Confira abaixo nota emitida através do facebook e do site oficial do vocalista:

"NOVO LANÇAMENTO DVD previsto para Novembro de 2014:


Eu finalmente decidi sobre o meu próximo DVD. Estaremos gravando o show desta turnê que acontecerá no Rock Cafe, em Praga,no dia 09 de abril. Esse show vai formar a base da principal DVD junto com uma entrevista minha.
Também terá um limitado DVD duplo disponível (pre-venda apenas a partir de setembro). O segundo disco conterá as filmagens do show De Rots, gravado em setembro de 2011. Felizmente, eu também poderei adicionar um show gravado na Rússia em Lviv 2012, estamos em negociações sobre este show.

Eu ainda estou na fase inicial de conseguir tudo juntos. Hoje, a unidade de disco rígido com o show belga foi enviado para os editores.
Tudo vai bem, ele deve ser um excelente pacote cheio com 3 shows de metal . Eu vou mantê-los atualizados conforme o projeto continua.

Saúde
BB"

Blaze Bayley: Resenha e Entrevistas para o Invasão Rocker


Show com Blaze Bayley acústico, 25/01 – Sorocaba/SP - Brasil


Acordei, era um dia nebuloso. Daqueles que a gente pensa que vai acabar ficando em casa o dia inteiro. Aquela chuva que desanima e dá forças ao mesmo tempo. Como de costume, saí para trabalhar pensando em qual seria o desfecho de minha noite. Chego em casa do trampo, pensando nas geladas e algum rango esperto. Ponho o 3° LP do Sabbath pra tocar, e me deixar mais ligado no show de hoje a noite. Não é um show qualquer, não é um projeto qualquer, é o Blaze Bayley, vindo tocar em Sorocaba/Sp em seu projeto Acústico, junto ao violonista Thomas Zwijsen e a violinista Anne Baker. 

Chego no local do show, no final da tarde, começo da noite e assisto à passagem de som. Tomando uma cerveja, pensando no que poderia fazer até a hora do show, então me surge a oportunidade de entrevistar o Blaze no saguão do hotel em que está hospedado, para o programa Invasão Rocker. 
 
Penso no que dizer, como dizer, se ele vai estar com pressa, ou se ao menos ele estará com vontade ou interessado em dar essa entrevista. Chego no saguão do hotel, e ninguém nos espera. Fico um pouco aflito, pois vou entrevistar não somente o Ex-Iron Maiden, mas sim um personagem Icônico do Heavy Metal Inglês. 

Blaze Bayley aparece, sozinho, sem equipe, sem manager, vejo-o caminhando ao fundo, vindo em nossa direção. Penso no que dizer, e como dizer, mas tudo isso não vai mais importar, pois agora ele está na minha frente. 
--- Hey Blaze, i´m John from the T.v show “Invasão Rocker”.
--- Hello John, i´m Blaze, let´s go? 

Eu não imaginava como iria se proceder a entrevista, se ele iria responder as minhas perguntas, se ele entenderia o meu inglês , se ao menos ele se interessaria em minhas perguntas. 

A entrevista começa, são 30 minutos corridos de perguntas e respostas, que começa sobre sua carreira solo (passando pelo Sillicon Messiah e indo até o King Of Metal). 

Blaze é muito educado, muito sincero e tem um grande apego pelos fãs brasileiros. Explica-nos suas ideias sobre suas composições, fala sobre sua parceria com Tony Martin Ex-Sabbath, fala da sua amizade com Steve Harris e Dave Murray, sobre sua época do Wolfsbane , sua época no Iron Maiden e sobre suas composições em conjunto com Harris e Murray. 

Muito gente boa, simpático, carismático e simples. É esta a definição que tenho deste grande Artista do Heavy Metal. 
Agora, já começo de noite, saio feliz do hotel, animado com o que se sucedeu de nosso bate papo. Volto para o Pirilampus bar - Sorocaba, onde irá acontecer o show e fico por lá, conversando com a equipe (Invasão Rocker) esperando o Shaman (Mancini & Quesada Acústico) que fizeram muito ótimas e precisas releituras de clássicos do heavy metal e também canções que eternizaram do Shaman.


O show começa com Thomas Zwijsen tocando clássicos do Maiden, esquentando a noite, deixando a galera aflita esperando o Inglês com cara de mau, Blaze Bayley, que entra depois de 40 minutos de Maiden por conta do Zwijsen que toca muito, mas muito mesmo. A maravilhosa Anne Baker tocou suavente, fazendo rachar o chão e elevando nossos espíritos, com sua técnica e doçura.

 
O show foi muito mais do que o esperado. Blaze é um ótimo Frontman, e acredite, sua voz é muito forte, impactante e contagiante. Fazia tempo que não ouvia um artista com uma voz tão singular e marcante. O show durou cerca de 2 horas, e foi muito bem acompanhado pelo público presente, que aclamava e pedia por mais. 

Em resultado do show, pudemos conhecer o pessoal da organização que nos recebeu muito bem, e viabilizou para que nossa entrevista acontecesse.


Então, você, Iron Maníaco, já conhece o trampo do Bayley, fora do Maiden? Já ouviu seus mais de 10 álbuns de carreira solo? Já conferiu a ideia e os temas de sua música? Está esperando o quê? Que o próprio lhe venha mostrar? 

Blaze é underground, e espera voltar em breve para o Brasil com seus novos projetos. 
E nós do Programa Invasão Rocker, estamos prontos, esperando o mestre voltar. 


Confira mais fotos do show aqui!


 

CONFIRA ABAIXO A NOVA ENTREVISTA DE BLAZE PARA O INVASÃO ROCKER:
 
Blaze Bayley, ex-vocalista do Iron Maiden e Wolfsbane retorna ao Invasão Rocker e fala sobre seu novo álbum acústico Russian Holliday.


Fonte: Invasão Rocker/fotos: Sr. Omelete

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Blaze Bayley – 19-01-2014 – Curitiba (Blood Rock Bar)



Texto por Clovis Roman – Fotos por Clovis Roman e Kenia Cordeiro

Sobe ao palco Mr. Bayley, contando com seu parceiro Thomas Zwijsen nas guitarras, além de Lennon Harris (Baixo) – Lely (guitar) e Guto (bateria), todos da banda cover que fez a abertura. O set teve início com “Lord Of The Flies”, do disco The X-Factor, a estréia de Blaze com o Iron, em 1995. Sem muita demora, emendam com “The Lanch”, de outra estréia do cantor, entretanto, na carreira solo, esta presente em Silicon Messiah, que chegou as lojas em 2000. 


O vocalista mostrou muita interação com a platéia, sempre entoando coros e cumprimentando pessoas mais próximas ao palco, e até mesmo abraçando alguns mais exaltados. O excelente setlist que ele preparou certamente ajudou na empolgação, tanto dele quanto do público, pois logo na sequência vieram mais duas músicas do Maiden: “Futureal” e a espetacular “Judgement Of Heaven”. Outra de seu primeiro álbum solo, “The Brave”, antecedeu “Como Estais Amigos”, a última do último registro dele com o Iron, Virtual XI. A composição não é uma das favoritas da maioria, mas curiosamente foi uma das que teve melhor recepção.

Dos seus tempos áureos, ainda tivemos “Lightning Strikes Twice”, uma versão levemente reduzida de “Sign Of The Cross”, “Virus”, que saiu apenas na coletânea Best Of The Beast, “The Clansman”, o primeiro single dele com o grupo, “Man On The Edge” e o encerramento com a repetitiva mas funcional “The Angel And The Gambler”.

Em sua sexta passagem pela cidade como artista solo, Blaze mostrou segurança como cantor, além de uma presença de palco bem mais eficiente que há 15 anos. Das 15 músicas apresentadas, 09 foram da donzela. Mas seu material solo também mostrou seu valor; tanto os sons mais antigos – como a agradável surpresa “Ghost In The Machine” – como nos mais recentes – como “King Of Metal – contaram com o público cantando e agitando quase sem folga. E que a tradição seja mantida e no próximo mês de Janeiro, Blaze retorne resgatando músicas de todas as fases de sua carreira (ele tocou na cidade no mês de janeiro em 2011 e 2013).


Originalmente publicado no Metal Revolution

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Blaze Bayley: Bate-papo com o LoKaos

O vocalista BLAZE BAYLEY [WOLFSBANE, IRON MAIDEN] esteve no Manifesto Rock Bar em São Paulo em mais uma parada de sua longa turnê ‘Soundtracks Of My Life’ pelo Brasil e, à ocasião, conversou com a multimidiática repórter JULIA BUENO do LOKAOS ROCK SHOW. Muito simpático, Blaze comentou sobre seu teste para o Iron Maiden, como era sua rotina com a banda, seu momento atual na carreira e também na vida pessoal e pronunciou-se às comparações entre sua voz e a de DAVID LEE ROTH. Assista ao papo no vídeo abaixo:




Pauta: Edu Rox e Nacho Belgrande
Imagens: Gabriel Carvalho e Bruno Lucas
Edição: Jonas Souza
Agradecimentos: Open The Road e Manifesto Bar



Fonte: Whiplash

domingo, 2 de fevereiro de 2014

BLAZE BAYLEY: Soundtracks of My Life World Tour 2014 31/01/2014 Rock Club

O vocalista BLAZE BAYLEY, ex-IRON MAIDEN se apresentou na última sexta-feira, 31 de janeiro no Rock Club em São Bernardo do Campo no ABC Paulista.


Abaixo você pode conferir o vídeos da apresentação:

SETLIST THOMAS ZWIJSEN

01. Aces High
02. Fear of the Dark



03. Run to the Hills
04. Blood Brothers



SETLIST BLAZE BAYLEY

01. Lord of the Flies



02. The Launch
03. Futureal



04. Judgement of Heaven
05. The Brave



06. Como Estais Amigos
07. Stare at the Sun
08. Lightning Strikes Twice



09. Soundtrack of My Life
10. Robot
11. Virus



12. Sign of the Cross
13. Soundtrack of My Life
14. The King of Metal
15. Ghost in the Machine
16. The Clansman



17. Man on the Edge
18. The Angel and the Gambler






terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Blaze Bayley: Manifesto Bar, São Paulo, 25/01/14

Por: Diego Camara/Fotos: Kennedy Silva


Durante o mês inteiro – um mês de poucos shows, realmente de folga para o público do metal – o vocalista Blaze Bayley passeou pelo Brasil levando sua turnê “Soundtracks of My Life” por todo o Brasil, fazendo o ex-IRON MAIDEN lotar shows em regiões onde shows internacionais de heavy metal não são muito além de um sonho. O mês ainda não terminou, mas foi a vez da capital paulista ver a apresentação. O local escolhido foi o Manifesto Bar, para um público razoável, mas bastante fervoroso. Confira abaixo os principais detalhes do espetáculo.


 
No fim da tarde, em um calor insuportável e um tempo abafado, o público aguardava do lado de fora do Manifesto. A casa abriu na hora combinada, o que facilitou a entrada dos fãs na casa de shows, os aliviando do calor com o bom e velho ar condicionado do local. No total, a casa parecia meio lotada – não estava vazia, mas também não estava lotada de não possibilitar que as pessoas caminhassem pelo local.


O show começou mesmo lá pelas 19h30, quando o guitarrista Thomas Zwijsen subiu no palco para apresentar seu projeto: apenas com um violão em sua mão. Tocando grandes sucessos acústicos do Iron Maiden, que contou com a plateia em seu apoio vocal, Thomas fez uma boa abertura para o show e ajudou a esquentar os fãs que aguardavam o show de Blaze. Abrindo com “Aces High” e tocando “Fear of the Dark”, “Run to the Hills” e “Blood Brothers”, ele mostrou grande habilidade no violão. O público, por outro lado, mostrou grande vontade para cantar os refrãos das músicas, porém não mostrava o mesmo ânimo no resto da letra.
 

Depois da apresentação acústica, o palco foi mudado em poucos minutos e a banda já entrou para a apresentação de Blaze. “Lord of the Flies”, que andou abrindo todas as apresentações elétricas de Blaze, foi a escolhida para levantar o público. Muito bem executada, o som no Manifesto estava bom – apesar de um pouco estourado – e o público acompanhou com vontade o single do difamado “The X-Factor”.

Mas foi com “Futureal”, do “Virtual XI”, que Blaze realmente ganhou o público. Ainda cantando em ótimo nível, como nos tempos da gravação desta música, o público não se intimidou e bateu cabeça e cantou junto com o vocalista. Destaque para o ótimo solo dos guitarristas, em uma música que realmente pode ilustrar o quanto Blaze foi injustiçado pela sua passagem no Iron Maiden.

 
Blaze realmente parecia bastante animado depois de quase dois meses em terras brasileiras. Incansável, ele levantava o público com poses e sempre com um sorriso no rosto. Com “The Brave”, música da banda solo do vocalista, os fãs não se controlaram a gritaram em uníssono seu nome. O vocalista, com punho ao alto, demonstrou que estava junto com os fãs, em uma sintonia que é difícil de ver atualmente.

E o público parecia se animar até mais com as músicas do Blaze do que com as de sua fase no Iron. Em “Stare at the Sun” isso pareceu ainda mais claro. O ritmo cadenciado da abertura da música fez o público ficar em silêncio, só curtindo a passagem melódica, e a passagem rápida, muito forte na bateria, fez o público pular e bater cabeça. Uma das melhores da noite, recebeu aplausos inflamados dos fãs.

“Obrigado a todos por terem vindo ao show!”, agradeceu um Blaze bastante contente. Ainda rasgou longos elogios ao público brasileiro, o melhor de todos e que o acompanhou aí por mais de dois meses por todo o país. Os elogios trouxeram aquele ânimo ao público, que estourou com o single “Virus” e com a mística “Sign of the Cross”.

Se o show estava bom até agora, as grandes surpresas guardadas para o final o tornariam ainda melhor. Começou com a excelente “The Clansman”, que eu considero a música chave da era Blaze no Iron Maiden. Aparentemente, boa parte do público concordou, já que foi uma das músicas que teve a participação mais inflamada dos fãs. Realmente “Freedom!” tornou-se quase um lema para o show, e foi impressionante ver esta música ser cantada pelo seu vocalista original.

Quem ainda tinha fôlego ainda pode cantar “Man on the Edge”, onde Blaze mais uma vez filmou com seu iPad a plateia do Manifesto. Ainda se divertiu com a plateia, brincando ao melhor estilo Bruce Dickinson ao levantar o público – só faltou dividir a plateia em duas partes, coisa que no Manifesto seria bem difícil.

Antes de tocar a saideira, disse que iria atender todo o público depois do espetáculo. Sem nenhum custo, o vocalista apenas pediu que todos que gostaram de sua apresentação que tragam mais gente e espalhem a palavra. Também deixou claro seu intento de retornar ao Brasil no próximo mês de janeiro, em 2015. Isto foi uma ótima atitude de Blaze para todos os fãs, apesar de que os que compraram um ingresso para um “meet and greet” no dia anterior podem não ter ficado muito contentes.

O show então terminaria com a apresentação de “The Angel and the Gambler”, dentre as mais esperadas da noite. Mas o louco público teve o prazer de gritar por mais uma, o que parece que tocou fundo no coração daquele grande vocalista. Blaze, aparentemente bastante emocionado, virou-se para sua banda e trocou duas palavras com sua equipe. Voltou-se ao público, e bastante contente disse que “em nenhum show desta turnê o público tinha pedido mais uma”. Sorte do público de São Paulo, que ganhou o improviso de uma música “de outra banda que ele não tem costume de tocar”.

Eu esperava qualquer outra coisa – afinal era uma música de “outra banda” –, mas Blaze resolveu tocar “Hallowed be thy Name”, um dos clássicos da era-Bruce do Iron Maiden. Um cover, mas um ótimo cover para uma música feita totalmente de improviso. Um mimo para o público que mostrou grande amor e respeito por um dos caras mais sensacionais e boa praça do metal.

Para finalizar, gostaria de ressaltar que o show esteve ótimo também pelo excelente trabalho da galera do Manifesto e da Open the Road. Fizeram um super trabalho, o show não sofreu atrasos e foi extremamente bem organizado. Para quem não viu, não sobrou muitas oportunidades, mas ainda dá pra correr em algum show neste final de turnê.

Blaze Bayley é:
Blaze Bayley – Vocal
Thomas Zwijsen – Guitarra
Lennon Biscasse - baixo
Lely Biscasse – guitarra
Gustavo Franceschet – bateria



Setlist:
Set Acústico de Thomas Zwijsen:
1. Aces High (música do Iron Maiden)
2. Fear of the Dark (música do Iron Maiden)
3. Run to the Hills (música do Iron Maiden)
4. Blood Brothers (música do Iron Maiden)
Set Blaze Bayley:
5. Lord of the Flies (música do Iron Maiden)
6. The Launch (música do Blaze)
7. Futureal (música do Iron Maiden)
8. Judgement of Heaven (música do Iron Maiden)
9. The Brave (música do Blaze)
10. Como Estais Amigos (música do Iron Maiden)
11. Stare at the Sun (música do Blaze)
12. Lightning Strikes Twice (música do Iron Maiden)
13. Robot
14. Virus (música do Iron Maiden)
15. Sign of the Cross (música do Iron Maiden)
16. Soundtrack of My Life (música do Blaze)
17. The King of Metal
18. Ghost in the Machine (música do Blaze)
19. The Clansman (música do Iron Maiden)
20. Man on the Edge (música do Iron Maiden)
21. The Angel and the Gambler (música do Iron Maiden)
22. Hallowed Be Thy Name (música do Iron Maiden)




Lord Of The Flies:





Sign Of The Cross:



Man On The Edge:




Hallowed Be Thy Name [cut]:


quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Blaze Bayley: Marcando a História do Heavy Metal de Santo Ângelo/RS


Por Eduardo Cadore (Road to Metal)
Fotos: Road to Metal (Eduardo Cadore/El Panda)

Meses atrás foi anunciado que o ex-vocalista do Iron Maiden, Blaze Bayley, iria a Santo Ângelo/RS, cidade do interior do Rio Grande do Sul e centenas de quilômetros longe da capital, para uma apresentação única no estado. Muitos duvidaram, outros ficaram com um pé atrás, houve até quem apostava em cancelamento da data.

Foram passando as semanas, os ingressos começaram a ser vendidos, até que uma semana antes, Blaze e seu companheiro do violão Thomas Zwijsen enviaram um vídeo, já no Brasil, convidando a todos para a apresentação do dia 22 de dezembro de 2013, na Up Entretenimento.

Black Warts começa a buscar seu espaço enquanto prepara primeiro disco

Com mais de 700 pessoas, um ótimo público, considerando o domingo (dia de concurso público e muitas pessoas não puderam ir por trabalhar na segunda), a expectativa era imensa, com pessoas das mais variadas cidades e até mesmo de fora do Rio Grande do Sul. A vale mencionar a estrutura do local, de som e de luzes, tudo de ótima qualidade.
 
Mas, antes, a Black Warts (Cerro Largo/RS) foi a responsável por esquentar o público com sua proposta de um Heavy Metal clássico, mas com uma pegada moderna. A gurizada da banda pode mostrar para as centenas de pessoas que estavam na Up a força, técnica e energia de um som do grupo, que está por lançar seu álbum de estreia nas próximas semanas.

Com um set basicamente formado por composições próprias (o que merece um “Salve!”, pois a maioria das bandas novas teme mostrar suas composições, isso quando as têm), mas onde também não faltou clássicos de bandas como Led Zeppelin, Motorhead e, claro, Iron Maiden.

 
Thomas toca "The Number of the Beast" com Black Warts

Abrindo com “Bad Sacristan”, a Black Warts começava a aquecer o público, que ainda chegava ao local do show. Em seguida, “Black Warts” vem como hino desse grupo que tem tudo para despontar como uma das revelações de 2014. No ritmo, “Paranoia” veio antes do primeiro clássico a ser executado: “Ace of Spades” (Motorhead) incendiou a galera, especialmente a parte do público que ainda não estava convencida da qualidade dessa galera. Aqui, alguns moshes aconteceram.

Impressionou a presença de palco do vocalista Adriano Nedel, que literalmente pulava de um lado ao outro do palco, algumas vezes até de forma exagerada, encobrindo um pouco a presença dos demais integrantes. O carisma conquistou o público, chamando este o tempo todo para cantar com a banda. A única ressalva vai ao sentido de alertar que, falar com o público brasileiro, sendo uma banda brasileira, em inglês, soa um pouco non sense. Fica o alerta.

Como a proposta é fazer-se conhecer, mandaram mais duas de suas composições: “Sin Road” e “Bridge of Hell” colocaram todos a bater cabeça (aqui a banda já não deixava dúvidas sobre sua qualidade). Seguiu-se mais um clássico, com “Rock & Roll” (Led Zeppelin), em que a galera mais “antiga” ficou impressionado com a execução do grupo, que foi seguida por um solo de bateria inspirado de Maguila Becker. Aliás, o grupo todo mostra que sabe o que faz, apesar de pouca experiência em palcos.

 Após executar várias músicas próprias e alguns clássicos, Thomas sobe ao palco e, com 3 guitarras, executa Iron maiden

Ainda com alguns minutos de shows, seguiu-se “To Forget”, mais uma própria da banda, que deu lugar a quebradeira de “Master of Puppets” (Metallica) (aqui, não sobrou pescoços parados); “No More Lies” e “Sands of Time” mostraram a boa capacidade de cirar músicas mais lentas, para estourar com “The Number of the Beast” (Iron Maiden), fechando o show de forma especial, pois contaram com a participação de  Thomas Zwijsen, que logo mais subiria ao palco com o Blaze, e a participação de Alex Finckler, vocalista da região conhecido pelo seu timbre e presença de palco bastante semelhante ao de Bruce Dickinson. Uma ótima forma de encerrar um grande show e colocar as atenções voltadas à Donzela de Ferro, pois em poucos minutos, um de seus vocalistas estaria naquele palco.

 
Thomas abre apresentação com os arranjos do seu Nylon Maiden

Com o público bastante ansioso e já agitado pelo show da banda local, Thomas volta ao palco, agora munido de seu violão e de maneira solo, executou 3 clássicos da Donzela, começando com “Aces High”, passando por “The Trooper”, “Fear of the Dark” (esta, como sempre, levantando todo o público e alvo de vídeo clipe oficial) e “Blood Brothers”, todas sendo cantadas pelos fãs mais ávidos e aqui Thomas já mostrava, para quem ainda não o havia visto tocar, o prodígio que é (se ele, com apenas 25 anos já toca tudo isso, imagina mais velho!).

Anne Bakker fez sua última apresentação ao lado de Blaze e Thomas, encerrando a turnê mundial em terras gaúchas

Para executar “Wasting Love”, Anne Bakker e seu violino entram em cena, arrepiando a todos, pois além de ser talentosa e ter feito releitura do clássico no instrumento, a grande parte do público jamais vira e ouvira um violino assim, ao vivo, no mesmo palco onde se toca Heavy Metal. E a versão tirou grandes sorrisos dos presentes e se alguém tinha dúvidas de que um show acústico seria muito bom, deve ter perdido ela ali mesmo.

Aos primeiros dedilhados de “Judgement of Heaven”, uma das melhores composições com os vocais de Blaze no Iron Maiden, o Messiah sobe ao palco e se apresenta para as sedentas e ansiosas 700 pessoas, sendo muito ovacionado, sobretudo ao falar em português com o público, mesmo que seja só o “Tudo bem?”. Que canção que ao violão e violino extrapolou a beleza da versão original! Eu, particularmente, desejava muito que fosse executada.

Sem delongas, o primeiro grande clássico com Blaze no palco: “Lord of the Flies”, para incendiar os fãs e até mesmo a parcela do público que pouco conhecia da sua fase no Maiden. Seguiu-se a bela e triste “Como Estas, Amigos?”, primeira canção da noite do mal falado “Virtual XI” (1998). Incrível perceber que, passados mais de uma década e meia, centenas de vozes cantaram essa canção (que nem o Maiden tocava ao vivo na época), especialmente no refrão.

Com grande carisma, vocalista recebe e é recebido pelo público gaúcho

Após a overdose de Maiden, Blaze executa duas da carreira solo: “Meant to Be” (belíssima e muito aguardada por este que vos escreve) e “The Launch”, mostrando uma partezinha da grandiosidade da sua carreira, até voltar ao Iron Maiden com “Futureal” (uma das melhores faixas de abertura da carreira da banda), colocando o pessoal a agitar de novo até “Soundtrack of Life”, a primeira parceria de Blaze com Thomas e uma canção cujo arranjo ficou perfeita.

 

“Stealing Time” veio, como a única composição inédita executada do EP “Russian Holiday” (2013), com Blaze falando sobre todos os roubos que sofremos, dos bancos, dos políticos e do roubo do tempo que estamos sofrendo, certamente alusão à vida corrida que parece nos deixar com a sensação de que não temos tempo para nada. Aqui o violino de Anne é quem carrega a música nas costas.

 
"Freeedoooommm!"

Um dos maiores clássicos, se não o maior, da sua passagem pelo Maiden, veio em seguida, acompanhada de muita emoção dos presentes e, claro, de uma interpretação digna de Oscar de Blaze. Falo de “The Clansman”, música respeitada até mesmo pelos fãs da banda que não gostavam do seu trabalho na época. E os arranjos de violinos, mais uma vez, roubam a cena. Morrerei e jamais esquecerei desse momento.

Para quebrar um pouco a seriedade, “Doctor, Dorctor” (The Who) é executada. Essa faixa, que além de servir como “aviso” nos shows do Maiden (antes de iniciar a introdução, sempre é executada), a versão foi gravada com Blaze como lado B de single, nos anos 90. Vale a diversão da faixa e o carisma de Blaze cantando-a.

Era chegado a hora de uma das mais belas e marcantes canções da carreira solo de Blaze, aquela faixa que fechou o seu primeiro disco solo, logo após deixar o Maiden e que, segundo algumas fontes, poderia ter estado no próximo disco do Maiden (caso o vocalista tivesse sido mantido). “Stare at the Sun” é uma obra-prima, não menos que isso, cujo arranjo violão e violino veio a casar perfeitamente com a melodia e interpretação de Blaze. Linda e outra para jamais esquecer.

Blaze e Anne executando "Virus"

Muito esperada e praticamente não executada na turnê, “Virus”, música que, segundo o próprio Blaze, diz ser a mais representativa dele no Maiden, ecoou pela Up, com muita gente não acreditando estar ouvindo-a. Nessa faixa, também, o vocalista tira fotos da plateia, registrando o grande e fanático público.

 
A todo instante, Blaze chamava o público à interagir

Ainda havia tempo e faltavam clássicos e, para caminhar par ao final, “Man on the Edge”, como não poderia deixar de ser, foi uma das faixas que mais agitou o público. Canção seminal dos anos 90 do Maiden, há quem acredite que a banda ainda voltará a tocá-la como sexteto. Por ora, a voz original é a responsável por dar vida nos palcos mundo a fora. E, em Santo Ângelo, o público foi ao êxtase com a mesma.

 

“Sign of the Cross”, clássico absoluto do Iron Maiden, não podia deixar de ser executada. Esse épico sombrio, marca um dos momentos mais negros (no bom sentido) da carreira do Iron Maiden que, após a saída de Bruce Dickinson, apresentou seu novo vocalista, Blaze, abrindo o “The X Factor” (1995) com esse som. 11 minutos, muitos momentos variados, dueto entre Thomas e Anne de encher os olhos (e ouvidos!), fizeram desse som um dos ápices (se não o maior deles) da noite.




Com gostinho de adeus, “The Angel and the Gambler” fechou a apresentação, esta que foi a última música do último show com Anne Bakker, a linda e talentosa musicista, que logo no dia posterior partiu de volta para a Holanda. E aqui, como um último adeus, ela deu um show, empolgadíssima com a canção, que, apesar de muitos não gostarem pelo seu refrão repetitivo, certamente marcará as vidas dos presentes neste show.

 
Uma noite história para a região, para os fãs de Iron Maiden e até mesmo para quem só estava ansioso por alguma atração diferente, já que, infelizmente, a região das Missões não abre espaço algum para o Rock/Metal, seu público muito restrito não participa como poderia dos eventos, e a organização, mesmo assim, apostou que o show seria um sucesso aqui, e obteve êxito.

 Blaze Bayley provou, se é que ainda era preciso, o grande vocalista que é

Fica nossos agradecimentos ao Tadeu Salgado por encabeçar a vinda do Messiah aqui e mostrar para a região que, sim, podemos reunir centenas de pessoas em ótimos eventos. Conte com o Road to Metal sempre!

Assista à vídeos exclusivos da apresentação acessando nosso canal no Youtube clicando aqui.

Obs: O setlist pode não estar na ordem (ou mesmo com alguma faixa trocada) e a explicação é simples: o redator, grande fã de Blaze desde os 13 anos de idade, estava diante do seu ídolo pela primeira vez. Então, a resenha foi mais emocional que profissional (o que não quer dizer descuidada). Assim, caso alguém identifique algum erro, peço desculpas.

Setlist Blaze Bayley:

01 – Judgement of Heaven
02 – Lord of the Flies
03 – Como Estas Amigos
04 – Meant to Be
05 – The Launch
06 – Futureal
07 – Soundtrack of My Life
08 – Stealing Time
09 – The Clansman
10 – Doctor, Doctor
11 – Stare at the Sun
12 – Virus
13 – Man on the Edge
14 – Sign of the Cross
15 – The Angel and the Gambler

Set List Black Warts:

01 - Bad Sacristan
02 - Black Warts
03 - Paranoia
04 - Ace of Spades (Motorhead)
05 - Sin Road
06 - Bridge of Hell
07 – Rock’n Roll (Led Zeppelin)
08 - To Forget
09 - Master of Puppets (Metallica)
10 - No More Lies
11 - Sands of Time
12 - The Number of the Beast  (Iron Maiden) (com Thomas Zwijsen)
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