quinta-feira, 23 de abril de 2015

Virtual XI: Polêmico!

Após o The X-Factor, o Iron Maiden lançou em 1998 Virtual XI, o segundo e último cd com Blaze nos vocais. O CD, hoje em dia, é considerado por muitos fãs como o pior ou um dos mais fracos (a depender do ponto de vista) materiais que a donzela de ferro já lançou. 
Muitos culpam Blaze, dizendo que ele estava afundando a banda e o culpam pela sonoridade, direcionamento e composição do material, esquecendo que quem manda na banda é Steve Harris. 

Com o passar do tempo, o The X-Factor foi sendo reavaliado, ganhou status de cult para muitos fãs, não só do Maiden mas de Metal em geral, enquanto o Virtual continua sendo o patinho feio da discografia. Embora tenha muitos admirados e defensores, realmente o CD carece de "algo mais", seja brilho, composições com melhor estrutura e carece de inspiração. Realmente, as composições, principalmente as que levam a assinatura de Harris, mostram o inicio dos intermináveis refrões (como na insuportável "The Angel and the Gambler"), coisa que se tornou rotineiro no Maiden, mesmo com a volta de Bruce. 

Na época, as críticas foram bem divididas, e abaixo temos dois exemplos: a primeira foi publicada no Jornal Atarde (Ba) e a próxima na revista Rock Brigade. 

Com qual você concorda?

Jornal A Tarde - Cad3 24-05-1998

Rock Brigade 1998




Segue abaixo mais algumas resenhas, retiradas de alguns sites:



Iniciar uma matéria sobre o IRON MAIDEN falando de sua importância e qualidades é chover no molhado. Já, falar de seus problemas e momentos conturbados é garantia de polêmica. Talvez por isso mesmo alguns episódios por muitas vezes sejam deixados de lado e, consequentemente, mal analisados. Quando se trata então (e isso não vale apenas para o Maiden) de algum trabalho mal aceito, a certeza é de que muitas coisas não fiquem claras. Praticamente todas as bandas têm aquele trabalho "ruim", detonados diante da má aceitação do público e da crítica especializada. Mas, será que sempre é justo esse tipo de condenação? Pegando um exemplo do próprio Maiden, temos o álbum de estreia de Blaze Bayley nos vocais da banda, The X Factor. Em seu lançamento, fez com que os fãs torcessem o nariz e recebeu inúmeros ataques da mídia especializada. Porém, quase 20 anos após o seu lançamento, é admirado por muitos fãs e ganha ares de "cult".

Nota: 8

É fazendo essa breve comparação que inicio a análise de Virtual XI, que sem dúvidas é o álbum mais criticado da banda. Não irei ficar escrevendo sobre os problemas que a banda passava na época pois seria apenas remoer o que está disponível em diversos sites. Agora, se buscarmos críticas sobre o álbum de fato, veremos que muitas focam mais nos problemas internos que o grupo passava para justificar a análise, o que, a meu ver, acaba prejudicando a própria musicalidade desse trabalho. Aliás, se hoje fizermos uma comparação da "Era Bayley" com o Maiden pós-Brave New World, podemos perceber que a sonoridade da banda se manteve numa mesma linha, com cada vez mais composições longas e elementos progressivos.



Pois bem, ao contrário do antecessor, Virtual XI começa com uma faixa bem rápida, Futureal. A performance de Bayley é excelente e faz lembrar um pouco Man on the Edge. Murray e Gers mandam ótimos riffs e devido aos seus 2:55 dá vontade de dar "repeat" nesta canção. Porém, fica evidente um dos problemas de Virtual XI: essa excelente faixa destoará de todo o restante do álbum. Não se tratando de qualidade, mas sim da própria estrutura do trabalho. A segunda faixa, The Angel and The Gambler, remete ao clima mais soturno das canções do álbum antecessor. Com quase 10 minutos, a canção é um pouco quebrada e traz momentos mais introspectivos. O refrão é bom, mas repetido de forma extremamente exaustiva. A sensação que dá é de que as coisas poderiam funcionar se a faixa fosse menor, o que pode ser comprovado com a versão do single, com pouco mais de 3 minutos. Lightning Strikes Twice é mais direta. Inicia com um solo de guitarra e desbanca para as boas passagens velozes do Maiden. Uma canção que se assemelha bastante a momentos do Fear of the Dark. E sim, essa canção é mais um exemplar de que o som da banda e o vocal de Blaze poderiam fluir de forma bastante satisfatória.


O álbum segue com mais uma canção excelente, e que está ao lado dos clássicos da banda para muitos fãs, The Clansman. Outra faixa épica, com 9 minutos, seu maior mérito é a sua emocionante estrutura, com um breve começo introspectivo e uma sonoridade crescente, com o baixo galopante de Steve Harris provando porque ele é um dos baixistas mais admirados do heavy metal. Em seguida, temos When Two Worlds Collide, onde mais uma vez as linhas de baixo ficam bem presentes. Mais uma vez, temos o início lento e em seguida riffs guiados pelo evidente baixo. Há também uma boa presença dos teclados nessa faixa. Mas o que antes era apenas um pequeno detalhe se torna um dos principais problemas do álbum: a extensão das canções. When Two Worlds Collide é uma boa faixa com bom refrão, mas sua repetição incomoda, assim como em The Angel and The Gambler. The Educated Fool segue na mesma linha, mas sem a inspiração das duas anteriores. Realmente, uma faixa maçante.

Don't Look to the Eyes of a Stranger é a mais incomum do álbum. Inicia com coesas linhas de guitarra acompanhadas de orquestrações e segue com bons vocais de Bayley. E, mais uma vez, fica bastante notável como a sua longa duração prejudica o resultado final. Encerrando o álbum temos a semi-balada Como Estais Amigos, na qual os vocais de Bayley se encaixam muito bem à atmosfera da canção. Pena que devido aos erros das três faixas anteriores a empolgação até esse desfecho não seja das maiores.

Pois bem, depois de uma audição de Virtual XI fica claramente perceptível um erro principal: a duração do álbum. São pouco mais de 53 minutos, o que não é nada tão absurdo para o heavy metal. O problema é que este espaço é preenchido por apenas 8 canções. Assim como The Angel fica mais aceitável em sua versão single por ter seus exageros corrigidos pelos cortes na música, possivelmente três ou quatro canções daqui poderiam melhorar bastante desta forma. Mas dizer que este é um trabalho péssimo é uma injustiça. Obviamente era um "Iron Maiden diferente". Mas, por acaso há uma semelhança tão absurda assim entre os outros álbuns? Por acaso Somewhere in Time é um trabalho que se encaixa perfeitamente ao que a banda fez em The Number of The Beast e Powerslave? E o que dizer então de trabalhos como A Matter of Life and Death (que, na minha opinião, possuí mais exageros do que este álbum que analisei), cujas repetições são mais exaustivas?



De fato há elementos que pesam nessas comparações. Óbvio que Bayley não é um vocalista tão espetacular e com tanto talento quanto Bruce Dickinson, mas isso não o torna um mau cantor (muito longe disso, e sua carreira solo está aí para provar isto). Também é compreensível que o clima da banda e dos próprios indivíduos influenciou o processo de composição de um trabalho bem mais soturno e distante de épocas mais vívidas e radiantes. Mas definitivamente um trabalho que possuí tantos momentos interessantes e até mesmo canções que permaneceram sendo executadas pela banda após a saída de Bayley não pode ser considerado um "péssimo álbum". Porém, sabemos como o nome Iron Maiden pesa. E, apesar de saber o quanto isso é clichê, vale aquela comparação nesse caso: se este álbum tivesse sido lançado por uma outra banda, ele teria sido considerado melhor...


Por Jorge Almeida

O décimo primeiro registro de estúdio do Iron Maiden completa, hoje – 23 de março de 2013 -, exatos 15 anos de seu lançamento. Trata-se de “Virtual XI”, o segundo (e último) trabalho de Blaze Bayley à frente do grupo britânico.

Gravado entre o segundo semestre de 1997 e fevereiro de 1998 no Barnyard Studios, Essex, Inglaterra, o álbum foi produzido pela dupla Steve Harris e Nigel Green. Contudo, apesar das expectativas, “Virtual XI” ocupou “apenas” a 16ª posição nas paradas inglesas (a pior colocação de registros da banda desde “Killers”, de 1981).



O título do álbum veio de dois eventos fora da música: o lançamento do jogo de PC da banda: “Ed Hunter”, que ocorreu em 1999 (que, além do jogo, trazia dois CD’s com os maiores clássicos da Donzela, segundo os fãs), e o grande evento futebolístico daquele ano, a Copa do Mundo de 1998, na França, que acontecera em junho, que foi lembrada na capa com a ilustração de jogadores de futebol em uma partida (há quem diga que é Brasil x Inglaterra). A arte ficou por conta de Melvyn Grant.

Apesar das estratégias de marketing do grupo para promover o álbum, como partidas de futebol entre os integrantes durante a turnê, além de contar com astros do futebol mundial da época na foto do encarte, tais como: Paul Gascoigne, Patrick Viera, Faustino Asprilla, Marc Overmars, entre outros, a aceitação do disco e, consequentemente, a turnê foram um fiasco.

A “Virtual XI World Tour” trouxe problemas para o Maiden, assim como na anterior, que promovia o álbum “The X Factor”. Houve diversos shows cancelados nos Estados Unidos, Blaze Bayley apresentava problemas de saúde em função da alergia que sentia de alguns itens utilizados nos cenários das apresentações. Além disso, os constantes “deslizes” dos vocais de Bayley em concertos também contribuíram para isso. O Iron Maiden não vivia um bom momento, pois, além da baixa aceitação do álbum por parte dos fãs, os integrantes passavam por momentos conturbados em suas vidas, como Steve Harris, que passava por um divórcio. E, como se não bastasse, a relação entre os componentes da banda não eram das melhores (na verdade era tipo Blaze Bayley x os outros, com Steve Harris como “apagador de incêndio”). Tudo isso culminou com a saída do sucessor (e antecessor, por que não?) de Bruce Dickinson. E, assim, em fevereiro de 1999, como todo mundo sabe, foi anunciada a volta de Dickinson e Adrian Smith à banda, para alegria dos ‘maidenmaníacos’.

Vale destacar que algumas partes de teclado do álbum foram realizadas pelo baixista Steve Harris. Antes disso, o grupo contava com os serviços do músico contratado Michael Kenney (que continua trabalhando para a banda até hoje).

Bom, “Virtual XI” abre com a rápida e certeira “Futureal”. Aqui, Janick Gers e Dave Murray acertaram em cheio nos riffs (o solo é assinado por Dave). A voz de Bayley está muito bem trabalhada na música. O “porém”, se é que podemos dizer isso, é a sua curta duração: 2’55”, o que faz dela uma das canções mais curtas da Donzela.

Depois disso, aparece “The Angel And The Gambler”, com seus quase dez minutos épicos. O refrão é bom, contudo, repetitivo demais para o meu gosto: 22 vezes (o equivalente a metade de vezes do poema de “O Cão Arrependido”, do Chaves, que é, segundo o personagem de Roberto Gómez Bolaños, repetido 44 vezes). A versão single (que é editada e sem tanta repetição do refrão) seria ideal.



Já o caso de “Ligthning Strikes Twice”, que começa com um solo de guitarra, lembra alguns momentos de “Fear Of The Dark” (o álbum) e é uma das melhores músicas do álbum, pois se encaixa perfeitamente com os vocais de Blaze.

A metade de “Virtual XI” chega com a épica “The Clansman”, com seus nove minutos de pura arte. O seu grande trunfo é a sua estrutura bem elaborada: começando de forma suave e ganhando “forma” nos minutos seguintes. Destaque para o baixo galopante de “Stevão”. E que os “maidenmaníacos” que me desculpem: mas, particularmente, considero esse tema um dos meus “top 3” no que se refere músicas do Iron Maiden (os outros dois são “Phantom Of The Opera”, de “Iron Maiden” e “Hallowed Be Thy Name”, de “The Number Of The Beast”).


As três faixas seguintes – “When Two Worlds Collide”, “The Educated Fool” e “Don’t Look To The Eyes Of A Stranger” – são um pouco de “mais do mesmo”, ou seja, começa devagarzinho, têm bons refrões, mas que são repetidos à exaustão, o que as deixam com ar de cansativas. Aliás, desde “The X Factor” até hoje, Steve Harris e cia. têm feitos inúmeras canções com essa mesma estrutura. A diferença entre os temas cantarolados por Bayley com os de Bruce Dickinson só está na mudança de vocalistas. Pelo menos essa é a minha percepção.

E, para encerrar, a “quase” balada “Como Estais Amigos”, que faz um tributo aos soldados dos dois lados (ingleses e argentinos) na Guerra das Malvinas, que ocorreu em 1982, quando a Argentina e o Reino Unido realizaram um conflito armado para obter a soberania das ilhas situadas no Oceano Atlântico, próximo da costa argentina. Os britânicos venceram a batalha e mantiveram a posse das ilhas.

Apesar de ser contestado por boa parte da crítica e público, “Virtual XI” apresenta algumas canções que já integram o rol de clássicos do Iron Maiden: “Futureal” (que foi a quinta canção mais votada pelos fãs para montar o track de “Ed Hunter”) e “The Clansman” que, após a volta de Bruce, fizeram parte dos setlists do Maiden. Porém, a primeira só foi apresentada ao vivo em 1999, enquanto a segunda permaneceu no setlist até 2003. Aliás, as versões ‘live’ das duas músicas com Bruce Dickinson nos vocais podem ser encontradas nos seguintes registros: o single de “The Wicker Man” (2000), no caso de “Futureal”. Já “The Clansman” aparece no “Rock In Rio” (2001) e na coletânea “From Here To Eternity” (2011). Além disso, “Futureal” e “When Two Worlds Collide” foram registradas por Bayley no álbum ao vivo de sua banda (Blaze): “As Live As It Gets” (2003),


A discografia básica dessa semana vai falar do álbum Virtual XI do Iron Maiden, álbum esse que foi lançado em março de 1998. É o segundo trabalho com o vocalista Blaze Bayley.
Algumas curiosidades que envolveram esse álbum, a turnê Virtual Eleven World Tour foi problemática, assim como a anterior, The X Factor, com diversos shows cancelados nos EUA, novamente devido a problemas de saúde de Blaze Bayley ocasionados pela sua reação alérgica a alguns elementos dos cenários usados nos shows. Os fãs torceram o nariz para o album, a baixa aceitação culminou na despedida do vocalista Blaze Bayley, e a volta de Bruce Dickinson, embora este periodo de crise na história do Iron Maiden fora longe de ser culpa apenas da incompatibilidade de Blaze. Outros integrantes passavam por momentos conturbados de suas vidas, como o divórcio de Steve Harris.

Mas vamos ao album, Steve Harris é o melhor baixista do mundo, Nicko McBrain tem muita técnica e precisão, a dupla Janick Gers e Dave Murray formam um grande dueto e o tão falado Blaze Bayley estava bem melhor que no álbum anterior, isso era tendência, o cara iria melhorar com certeza, e substituir Bruce Dickinson, não é fácil, as comparações sempre existirão.
Tudo começa com “Futureal”, uma musica curta, com muita velocidade, que logo se tornou um grande sucesso da banda. “The Angel and The Gambler” é a próxima, com quase 10 minutos, com muitos riffs, uma viagem. Outro destaque é “The Clansman”, outra longa, longos instrumentais, “assim como na musica “Don’t Look to the Eyes of a Stranger”, com mais de 8 minutos. Temos refrões marcantes e poderosos em  "Lightning Strikes Twice" "When Two Worlds Collide" e "The Educated Fool" . E o álbum fecha com uma homenagem aos fãs de origem latina, com a musica "Como Estais Amigos" , bem legal, uma bonita homenagem. O álbum serviu para Blaze provar o seu grande potencial. Uma vez li em uma revista, que dizia que substituir Bruce Dickinson e Paul DiAnno não é apenas um desafio, é uma guerra!
E mais uma coisa legal, é que o álbum reúne algumas das paixões da banda, como futebol, metal e computadores. É só olhar um detalhe legal da capa, reparem que o jogo de futebol que aparece num canto da capa é entre Brasil x Inglaterra. Muito bom!


terça-feira, 14 de abril de 2015

Rádio Antena Zero e o Maiden Mania apresentam especial Wolfsbane



O programa Maiden Mania, apresentado pelo nosso colaborador Dyllan Leandro Christofaro, irá levar ao ar hoje, terça feita,  14 de abril de 2015, um especial com o Wolfsbane!!! 

Será um programa especial com uma hora com o melhor da primeira banda de Blaze Bayley!!! 

É nesta terça às 19hs na Antena Zero (www.antenazero.com). Maiden Mania presents... WOLFSBANE!!! 

First Blaze Bayley band. One hour radio show dedicated to the best songs of the first Blaze Bayley's band. Stay tuned!

terça-feira, 7 de abril de 2015

BLAZE NA ROADIE CREW #195 (ABRIL/2015)


A Roadie Crew: ed. 195 traz especial com 'discos malditos'

A edição de abril da revista Roadie Crew (# 195), que estará nas bancas até o dia 10, traz conteúdo especial sobre 50 álbuns que provocaram polêmicas e chegaram a dividir as opiniões de fãs e de críticos. Entre os discos, se encontra o "Virtual XI", último disco de estúdio com Blaze Bayley como vocalista do Iron Maiden.

Blaze ainda participa da seção Blind Ear, onde convidados comentam sobre uma música e tentam acertar qual música e banda está tocando.

Além da matéria de capa, que conta com ilustração do artista Mario Alberto, a publicação apresenta um especial com algumas das atrações que estarão no "Monsters of Rock". Entrevistas com Motörhead (Lemmy), Kiss (Gene Simmons), Primal Fear, Manowar, Yngwie Malmsteen e Black Veil Brides, além de seções exclusivas.


Ed. #195 (abril, 2015) - entrevistas:
Black Star Riders
Black Veil Brides
Dr. Sin
Kiss
Manowar
Motörhead
Primal Fear
Yngwie Malmsteen

Seções:

Cenário: José Muniz Neto (Monsters Of Rock), Tellus Terror, Primordium, Phrenesy, Eyes Of Gaia, Bruno Sutter, Lachrimatory e Higher.

Eternal Idols: Mats Olausson

Blind Ear: Blaze Bayley

Collection: Primal Fear

Background: Queensrÿche (Pt. 6)

ClassiCover: Unholy (Kiss/Black Veil Brides)

Lado B+: Yngwie Malmsteen

Playlist: Michael Vescera

Hidden Tracks: TT Quick

ClassiCrew 75: Kiss - Dressed To Kill

ClassiCrew 85: Accept - Metal Heart

ClassiCrew 95: Motörhead - Sacrifice

ClassiCrew 05: Judas Priest - Angel Of Retribution

Profile: Nick Souza (Hatriot)

Live Evil: Sonata Arctica, Epica & Dragonforce

Pôster: Ozzy Osbourne

Para adquirir pelo site acesse - http://www.roadiecrew.com/anteriores.phpou

entre em contato pelo telefone (11) 5058-0447






sábado, 28 de fevereiro de 2015

BLAZE BAYLEY - Teatro Odisseia (RJ)



BLAZE BAYLEY
Teatro Odisseia - Rio de Janeiro/RJ
5 de fevereiro de 2015
Texto e fotos: Daniel Dutra

"O prefeito do Rio de Janeiro disse que um ciclone estava vindo para a cidade, por isso era perigoso ir para o show do Blaze Bayley. Deixou todo mundo com medo. Foda-se ele. Meus fãs são malucos." Não chega a esse ponto, mas é fato que, diante do alarde feito por Eduardo Paes, mas sem direito a ciclone, aqueles que arriscaram sair de casa são corajosos. Em uma cidade que não tem nada de maravilhosa quando chove forte, em um bairro – a Lapa – que sofre com alagamentos quando o céu desabafa –, a expectativa de uma tempestade era motivo suficiente para (quase) ninguém sair de casa. Foi até mesmo razão de muitas empresas liberarem seus funcionários no meio da tarde. Resultado: depois de uma chuva passageira, trânsito tranquilo à noite e não mais do que 50 pessoas no Teatro Odisseia para ver o ex-vocalista do Iron Maiden.



Nada que o desmotivasse, uma vez que parecia estar à frente de 500 pessoas (a lotação da casa) – antes, para um público relativamente menor, o violonista Thomas Zwijsen apresentou o seu Nylon Maiden, ou quase. O belga, que gravou com o vocalista o álbum “The King Of Metal” (2012), mandou até mesmo “Highway Star”, do Deep Purple, em meio a versões de “The Trooper”, “The Evil That Men Do” e outros clássicos da Donzela. O garoto esbanja talento, e o trabalho é interessante, mas na medida certa até uns 30, 40 minutos. Depois, difícil negar que ficaria cansativo. Voltando à atração principal da noite, Bayley fez jus a algumas observações antigas deste que vos escreve. Parte delas óbvias, diga-se.


 

A começar pela diferença que é ouvi-lo cantar as próprias músicas, não as do Iron Maiden que não foram feitas para ele – minha primeira experiência, no Monsters Of Rock de 1996, não foi das mais agradáveis. “Voices From The Past”, “Brave” e “The Launch”, que foram o ponto de partida do show, ratificam que o Heavy Metal mais direto, menos intrincado e épico recebe melhor a voz de Bayley. “Wrathchild” foi a primeira amostra do catálogo de seu ex-grupo – e uma surpresa, na verdade, pois entrou no lugar de “Speed Of Light” – e abriu caminho para um set que priorizou o Blaze, especialmente o álbum “Silicon Messiah” (2000), e a Donzela.

 

Acompanhado dos brasileiros do Tailgunners – os competentes Lely Biscassee Raphael Gazal (guitarras), Lennon Biscasse (baixo) e Gustavo Franceschet (bateria) –, o vocalista mostrou que a vida musical fora do Maiden merece uma conferida. “Stare At The Sun”, “Ghost In The Machine”, “Kill & Destroy” e “Soundtrack Of My Life”, por exemplo, não vão mudar o mundo, nem mesmo o rumo do som pesado, mas valem a audição. E se o público era pequeno, era também de admiradores.Diante de todas as circunstâncias, quem estava lá não foi movido pelo curiosidade de ver um ex-Iron Maiden. Todas as letras estavam na ponta da língua, mas é claro que não dá para espantar o fantasma da Donzela.

 

“When Two Worlds Collide”, “Futureal” e “The Clansman” foram recebidas com grande entusiasmo. Além disso, reforçaram a minha opinião de que “Virtual XI” é muito melhor que “The X Factor” – não que os dois discos sejam grande coisa, porque não são.Mas o último trabalho com Bayley seria mais palatável se as guitarras não soassem como aquelas tonantes da Giannini. Mesmo “Como Estais Amigos”, que substituiu “Sign Of The Cross” no set, e “Virus” tiveram brilho próprio.

Abraçado à sombra do Iron Maiden, Bayley voltou para o bis com “Fear Of The Dark” e “Man On The Edge”, que causaram uma catarse desproporcional ao tamanho do público, mas... Olha, “Fear Of The Dark” é mesmo funcional. Não à toa um garoto à minha frente passou toda a música tocando uma guitarra imaginária como se estivesse tendo uma convulsão, acompanhado por uma menina que dançava sensualmente (nem tanto, nem tanto...) sem sincronia alguma com o som que saía dos alto-falantes. “Fear Of The Dark” causa mesmo uma comoção, mas não dá mais. Nem “Stairway To Heaven” e “Smoke On The Water” saturam tanto – bom, até porque estas não parecem canções feitas por um grupo de adolescentes que acabou de ganhar seus instrumentos e compôs a sua primeira música. Com o perdão da sinceridade.

 

Ao fim da apresentação, Bayley atendeu pacientemente a todos com fotos e autógrafos – o que não foi um problema diante de poucagente – antes de trocar algumas palavras com a ROADIE CREW. E resumiu a noite com um misto de agradecimento e frustração. “Eu tenho de valorizar meus fãs, estes que vieram depois de o prefeito ter pedido para as pessoas não saírem de casa. Por isso digo que meus fãs são os melhores, porque é muito bom saber que há alguém curtindo a minha música, seja na situação que for. Mas eu não toco mais no Rio de Janeiro nesta época do ano, no verão carioca, porque não dá para correr esse risco de novo”, disse o vocalista, referindo-se ao show em janeiro de 2013, num dia em que a chuva também afastou o público. “Eu não quero lotar arenas, não lamento não estar tocando em lugares maiores. O que eu quero é lotar este lugar.” Apagada as luzes, Bayley, com mochila nas costas e mala na mão, seguiu tranquilamente pela Mem de Sá, tradicional rua da Lapa, até entrar num bar para comer algo e beber algumas. Gente como a gente.



Setlist
1. Voices From The Past
2. The Brave
3. The Launch
4. Wrathchild
5. Stare At The Sun
6. When Two Worlds Collide
7. Futureal
8. Silicon Messiah
9. Ghost In The Machine
10. Kill & Destroy
11. Como Estais Amigos(era Sign Of The Cross)
12. Virus
13. The Clansman
14. Soundtrack Of My Life
15. 10 Seconds
Bis
16. Fear Of The Dark

17. Man On The Edge

Fonte: Roadie Crew

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Blaze Bayley - Londrina/Pr - Hush Pub (06/02/2015)


Por Felipe Sandoval

Após percorrer algumas regiões do Brasil, Colômbia e Bolívia com shows do projeto Metal Singers, que contava também com a participação dos vocalistas Udo, Ripper Owens e Michael Vescera, o perfomático e carismático Blaze Bayley está fazendo uma tour por algumas cidades brasileiras. A presença de Blaze em terras tupiniquins durante o início de cada ano já tornou-se uma tradição. Uma das incógnitas era qual banda daria suporte ao Blaze, já que o material de divulgação colocava como fazendo parte do evento em Londrina a banda italiana Lunar Explosion e o violonista Thomas Zwijsen. Quanto ao músico holandês, todos sabiam que faria um pocket show de abertura. Outra incógnita era o set-list: Blaze daria prioridade à sua carreira solo ou abrangeria a sua fase com o Maiden?
Indo a Londrina, eu mantive a esperança que a banda de suporte seria a The Best Maiden e que o set-list seria focado mais na carreira solo. Nada contra sua fase no Maiden que na minha opinião possui composições marcantes e emblemáticas, mas os fãs do Blaze em carreira solo sabem o quanto nós o admiramos e o acompanhamos nos anos pós-Maiden, já que a maioria dos álbuns são verdadeiras obras-primas do heavy metal.
Por volta da meia-noite subiu ao palco a banda italiana Lunar Explosion. Sendo assim, uma das incógnitas estava respondida: os italianos vieram ao Brasil abrir alguns shows do Blaze para divulgação do trabalho. Quanto à sonoridade e estilo da banda, nada de novo e surpreendente na medida em que executam um powermetal melódico com influências de Helloween dos anos 80 e algo de Judas Priest.
Na sequência entrou no palco o talentoso violonista holandês Thomas Zwijsen, conhecido por suas versões de clássicos do Iron Maiden no violão e por ter acompanhado o Blaze em sua banda nas gravações e tour do álbum King of Metal e do Ep acústico Russian Holiday. Thomas teve dificuldades para iniciar o set pois as caixas de retorno estavam dando microfonia e muitos estalos. Após uns 10 minutos de conversa com o técnico da mesa de som, foram feitos os devidos ajustes e Thomas iniciou o show, tocando clássicos do Maiden como Aces High, Revelations, Phantom of the Opera e Run to the Hills, como também a grande surpresa e um dos pontos altos da noite - Highway Star do Deep Purple. O mais impressionante foi ver Thomas conduzindo facilmente com seu violão o público inteiro do Hush Pub que o acompanhou cantando as letras.
Minutos após a saída de Thomas, por volta da 1 e meia da matina, sobe ao palco Blaze Bayley, acompanhado pela banda The Best Maiden, tocando a música Voices from the Past do álbum 'The Man Who Would Not Die', que diga-se de passagem ficou muito boa como início de show. Apesar do cansaço físico visível, Blaze não deixou se abater pela extensa tour e já no início agitou muito. Com sua performance carismática, intimou todos do Hush Pub pra pular e agitar. No entanto, no início parecia incomodado com algo - novamente, as caixas de retorno davam sinais de problemas, mas Blaze Bayley resolveu 'insanamente' e rapidamente: durante as duas primeiras músicas, retirou os retornos e os colocou em pé na frente do palco. Assim, as caixas de retorno funcionaram para o Blaze durante o show inteiro como uma extensão do pequeno palco do Hush Pub, pois ele não se conteve, cantando em cima delas rodeado pelos fãs. Assim a banda tocou o set inteiro sem qualquer retorno. 
Uma das surpresas do set-list foi Wrathchild, composição do Maiden da era Paul Di'anno, que sempre se encaixou muito bem na voz do Blaze. Entretanto, considero desnecessária a inserção de músicas do Maiden que não sejam de sua fase na banda, pois a carreira solo possui várias composições primorosas que não foram contempladas infelizmente no set como faixas dos álbuns 'The Man Who Would No Die' e 'Promissor and Terror'. Além disso, se é pra tocar músicas do Iron Maiden, por que não inserir 'Sign of the cross' e 'Como estais amigos'? A falta desta me surpreendeu, pois estava sendo tocada no projeto Metal Singers. 
A performance emocional de Blaze em Stare at the sun cativou a galera no Hush Pub. O vocalista ganhou potência vocal e evoluiu muito a sua interpretação com o passar dos anos. Nesse momento, percebi que muitos que estavam ali conheciam as composições da carreira solo, cantando as letras e vibrando. Impressionante também é a entrega de Blaze ao público ao olhar nos olhos de cada fã insanamente, pedindo para cantar e agitar.
Outras surpresas da noite foram 'Silicon Messiah', 'Ghost in the Machine' e 'Kill and Destroy'. Destaque para o baixista Lennon Biscasse e o guitarrista Lely Biscasse que executaram com perfeição e fidedignidade não só as músicas da carreira solo como também da era-Maiden. Diga-se de passagem, o baixista possui algumas semelhanças com Steve Harris fisicamente e nos trejeitos ao tocar. Em The Clansman, o Hush Pub veio abaixo com a introdução do baixo, tocada com perfeição. 
Ao anunciar a música Soundtrack of my Life e a coletânea que celebra 30 anos de carreira, uma fã subiu ao palco, abraçou e beijou Blaze em sua costeleta. Blaze, sorridente, continuou abraçado com a fã enquanto rolava a introdução da música e seguiu até o canto do palco, mostrando para a moça descer. São nesses momentos que o vocalista demonstra todo o carinho e envolvimento com os fãs. 
Ao final do show, Blaze Bayley pronunciou uma de suas falas tradicionais com algumas alterações: 'Não irei ao camarim após o show. Descerei aí e beberei cerveja com vocês no bar. Preparem as máquinas, pois tirarei fotos com cada um de vocês. Vocês tem medo de beber cerveja comigo?'. Repetindo várias vezes essa última frase, olhando para o público com um olhar insano e assustador, Blaze anunciou a música 'Fear of the dark'. Apesar de achar desnecessária por se tratar de uma composição do Maiden na era-Dickinson, ao ser cantada por Blaze atualmente percebe-se o quanto sua voz e interpretação evoluiu nos últimos 15 anos. 
Após a introdução da última música da noite, 'Man on the edge', a banda pára e Blaze grita: 'Scream for me Brasil'. Ironicamente ou não, já que essa frase é uma das marcas de Bruce Dickinson, Blaze começa a rir e questiona: 'aqui é o Equador?; aqui é o Paraguai?; aqui é a Colômbia?; aqui é a Bolívia?'. Após o público negar todos esses países, Blaze insiste questionando se estava na Argentina. Nesse momento, o Hush Pub em peso gritou 'NÃO' e Blaze bradou: 'Scream for me Brazil'; e assim a banda deu sequência na execução de um dos maiores clássicos do Maiden durante a era-Blaze Bayley, finalizando o show. 
É inegável o carisma e talento de Blaze Bayley, como também seu respeito e apreço pelos fãs. Assim como é inegável o profissionalismo e qualidade dos músicos da banda The Best Maiden que dá suporte ao vocalista em suas tours pelo Blaze. A energia que Blaze passa em seu show não mudou em nada em relação aos anos anteriores: agita, íntima o público para cantar e pular, enfim dá o sangue em cima do palco. No entanto, senti a falta de músicas dos álbuns 'The Man Who Would No Die' e 'Promise and Terror', obras-primas do heavy metal. Por outro lado, o excelente álbum 'Silicon Messiah' foi bem representado com 4 músicas, o que pode indicar o direcionamento do próximo disco, previsto para o ano que vem. Com isso, mantemos as expectativas para o lançamento de mais outro petardo de sua discografia. 






Set-list: 
Voices from the Past
The Launch
Wrathchild
Futureal
When two worlds collide
The Brave
Stare at the sun
Silicon Messiah
Ghost in the Machine
Virus
Kill and Destroy
The Clansman
Ten Seconds
Soundtrack of my life
Fear of the Dark
Man on the edge



quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

BLAZE BAYLEY EUROPEAN TOUR 2015

 
Blaze Bayley publicou em sua página oficial nofacebook algumas datas da nova tour européia juntamente com um breve texto:

Estou voltando para a Europa em maio-junho de 2015, com Absolva como a minha banda de apoio. Estaremos tocando músicas de toda a minha carreira e mais músicas do Silicon Messiah do que o habitual, para nos prepararmos para a nossa celebração especial de aniversário do Silicon Messiah, no SOS festival, dia 18 de julho.

Esta tour nos levará pelo Reino Unido, Alemanha, França, Bélgica, Suíça, Polônia, Letônia, Escandinávia...
Mais shows estão para ser confirmados.

Mal posso esperar para ver os meus fãs europeus novamente!

Felicidades,
BB



Análise: BLAZE - "Tenth Dimension"


O site Iron Maiden Brasil, através de seu colaborador Elias Cavalheiro trouxe uma minuciosa análise, faixa por faixa, do  segundo álbum da carreira solo de Blaze Bayley , "Tenth Dimension" (2002). Confiram:



*Forgotten Future: Apenas uma introdução. Não tenho porque dar uma nota para ela serve mais para abrir a faixa seguinte

*Kill and Detroy: Uma faixa que da a impressão que serve como protesto quanto a tirania de governos. Um motivo para isso se dá pelo uso do termo “Mão Invisível” que aparece algumas vezes na letra da música. Para aqueles que não manjam muito de economia, Adam Smith citava o termo “mão invisível” que regeria a sociedade moderna no livro “A Riqueza das Nações”. Esta mão em questão seria as leis do mercado que seriam determinantes nas relações interpessoais e nos monopólios que se formavam das classes dominantes no início do período econômico chamado de Liberalismo.
Sobre a música: melodia legal, refrão bem trabalhado, tem uma harmonia e um ritmo bem trabalhados. 4 Eddies.

*End Dream: A letra é um tanto complexa e não será na primeira vez que você conseguirá entender o que Blaze Bayley quer dizer completamente. Aí vai o que eu consegui abstrair: a música fala sobre as frustrações do personagem quanto à realização de seus sonhos. A letra não especifica que tipos de sonhos são estes, mas expõe muito bem o desespero ao encará-los, até os chama de Demônios.
Sobre a música: melodia meio bunda, não me surpreendeu, achei indiferente. Mas não é uma música ruim. 3 Eddies.

*The Tenth Dimension: Outra letra que mete o pau no governo e principalmente na maneira arrogante do homem governar. Utilizando-se de certas artimanhas como a ira dos Deuses, o julgamento, etc. Tudo com o propósito de prevalecer com a manutenção desse sistema. A escuridão que é destacada principalmente no refrão é como o personagem se enxerga acerca desse modo de vida.
Sobre a música: solo bom, letra ótima, é empolgante de se ouvir. O refrão é feito de uma maneira que você consegue decorar e repetir com facilidade o “Here I Am” e o “Must I Be”. 5 Eddies


*Nothing will Stop Me: Letra meio genérica, mas foi bem trabalhada. Fala sobre um personagem (sempre quando eu disser personagem entendam como alguém cujo sexo não é mencionado, pelo menos por enquanto) que consegue ver as coisas além daquilo que elas realmente são, e por isso ele é taxado como louco, a ponto dele duvidar de sua própria sanidade quanto à maneira como ele enxerga o que está ao seu redor. O refrão deixa claro que ele busca o que ele considera como verdade e que não será impedido por nada que o ofusque.
Sobre a música: é legal, mas não é uma faixa que consegue ter um destaque no álbum. Mas que por gosto dou 4 Eddies.

*Leap of Faith: O ritmo da faixa já é mais frenético em relação as faixas anteriores, e a letra também ajuda muito no êxito dessa atmosfera. A música fala basicamente sobre se arriscar, dar um salto de fé (que é mencionado várias vezes no refrão). O solo dessa música é muito bonito, e mais uma vez citando, a música como um todo te faz levantar e te dá motivação. Essa motivação é para ele adentrar no mais profundo de seu eu interior.
Sobre a música: já descrevi tudo, e por ela conseguir fazer todas essas coisas vai merecer a nota máxima, 5 Eddies.

*The Truth Revealed: Outra vez uma música de preparação. Ouví-la ao vivo no show acústico é algo fora de explicação
Sobre a música: Por ser uma música de abertura, logo não darei nota para ela.

*Meant to Be: Música que faz uma análise profunda de toda a trajetória de vida do personagem, abordando as principais indagações e barreiras/cadeias que o personagem viveu por toda a sua vida em sua psique. Suas reflexões são expressas de maneira suave, e a medida que suas reflexões vão tomando proporções maiores, a ponto dele questionar as circunstâncias que o levaram a tomar tal rumo a música vai crescendo, que uma única pergunta o rodeia durante toda essa reflexão. Que é “deveria ser assim?” O coral, a mulher cantando, a preparação da bateria e o solo conseguem passar muito bem a ideia do clímax de suas emoções. E por fim ele se declara liberto e diz que viverá a vida por seus próprios méritos, que nunca mais cairá, ele não deve mais cair. “Não deveria ser assim”.  O personagem desta música é o próprio Blaze Bayley. A maior evidência disso é pelo próprio momento da carreira que ele passou, e até hoje nos shows ao vivo ele interioriza e interpreta aquilo de uma maneira muito pessoal.
Sobre a música: É a melhor faixa do álbum, a mais profunda, a mais bem trabalhada, Blaze Bayley interpretou muito bem a letra, até porque ninguém melhor do que ele para fazer isso. Pois o mesmo passou pelos mesmos problemas. Nota: 5 Eddies.

*Land of the Blind: Fala sobre a maneira que nós somos cegados, a ponto de não olharmos para dentro de nós mesmos e enxergarmos nosso próprios valores, e não a apenas seguir as ordens. O final é a parte mais intrigante da música, pois nós nunca estamos totalmente libertos, quando você pensa que está livre e que não é mais alienado é aí que você se aliena mais. O sistema sempre quer que você pense que já sabe demais, para que você fique sabendo de menos.
Sobre a música: ela é boa, ela mostra de um ponto de vista mais pessoal a situação em que os homens são condicionados a pensar para que a grande engrenagem do mundo não “entre em colapso” (abrindo aspas para esse colapso, pois a partir do momento que você vai se libertando das cegueiras do dia-a-dia, percebe que já estamos em colapso). 5 Eddies.

*Stealing Time: Agora que o personagem se libertou, ele quer procurar as respostas para o enigma da vida, ele não encontra respostas na ciência. Ele está disposto a sacrificar sua vida de enganações, virar as costas para tudo àquilo que ele entendia como correto para assim compensar o tempo roubado e alcançar a plenitude da “verdade”. Aqui que é o ponto crucial, o que é a verdade? A verdade pode ser considerada “plausível” quando um fato acontece num determinado ponto no tempo e no espaço que pressupõe um determinado ponto de vista crítico de seu observador. Então o que é verdade para você, pode não ser verdade para mim. Lembrando que isso tudo é baseado em um sistema aberto, pois num sistema fechado como a matemática, por exemplo, 2+2 sempre resultarão em 4 independente de onde você viva neste mundo. Por que eu to falando tudo isso? Porque o propósito não só dessa música, mas desse álbum como um todo é abrir a mente do ouvinte para que ele aprenda a enxergar cada situação com um olhar diferente. E a partir da segunda metade do disco cada faixa lhe joga uma pergunta que não é qualquer meia dúzia de palavras que vai explicar o que Blaze Bayley quer mostrar.
Sobre a música: ótima, em todos os aspectos. 5 Eddies

*Speed of Light: Ela fala a mesma coisa, abordando sobre a velocidade que o tempo passa sobre nossas vidas e como não nos damos conta do que deixamos para trás. Mais uma vez Blaze diz para si mesmo de esquecer tudo aquilo que ele considerava como verdade absoluta e redescobrir a existência em si.
Sobre a música: Ela é objetiva, rápida em comparação as grandes explicações implícitas e explícitas nas faixas anteriores. A melodia e o ritmo ajudam a passar essa ideia, dando ênfase ao tempo, por isso que ela é mais rápida. Nota: 5 Eddies também.


*Stranger to the Light: Blaze está a ponto de encontrar as suas respostas que o perturbaram desde a primeira faixa. Com a ajuda de Deus (não o Deus acusador, mas o Deus essência da vida) ele conseguirá por fim achar o sentido e encontrar a luz. Na qual ele sempre se sentiu um estranho para com a mesma. Ainda há certo receio de a escuridão o levar para a cova, como é mostrado mais pro meio da faixa, mas no fim ele alcança a sua luz, sua felicidade interior. Felicidade que ele batiza como sua “Décima Dimensão”.
Sobre a música: A música fecha o álbum assim como fecha as angústias que ele tinha sobre os fatores externos (que eram expostas na primeira metade do álbum) e aos fatores internos (na segunda metade do álbum). 5 Eddies.


Coletiva de Imprensa da Metal Singers Tour [ATUALIZADO]


Confira abaixo uma matéria, realizada pelo site Rock on Stage, sobre a coletiva de imprensa realizada no Manifesto Bar em São Paulo, sobre o Metal Singers Tour, com a presença de Blaze Bayley, Udo Dirkschneider, Mike Vescera e Tim "Ripper" Owens, Quarta, 14 de janeiro de 2015.



 
         Antes da turnê Metal Singers  passou como uma avalanche por várias cidades no Brasil os quatro célebres vocalistas, que contribuíram muito para o Heavy Metal: Tim “Ripper” Owens, Blaze Bayley, Mike Vescera e Udo Dirkschneider e antes dos shows, o "quarteto fantástico" realizou uma coletiva de imprensa no Manifesto Bar em São Paulo/SP, um dia antes da viagem para o primeiro show, que ocorreu em Curitiba no Paraná.

        Os sites Rock On Stage e A Ilha do Metal participaram juntos da coletiva de imprensa, com os vocalistas e tivemos a presença de um tradutor para aqueles que não falassem inglês e ajudando na tradução e a comunicação entre músico e imprensa.
 
    A primeira pergunta veio do repórter Marcos Chapeleta da Revista Dynamite. Como foi o encontro dos quatro vocalistas e como será os shows?
        
 Blaze Bayley respondeu que a ideia foi fantástica, e que cada um terá um set curto com cinco músicas, que terá a grande paixão dos fãs brasileiros participando do show, será uma das coisas mais interessantes, pois terá música das quatro bandas clássicas.

         Nós perguntamos se poderíamos chamá-los de quatro tenores ( ou cavaleiros do Apocalipse ), já que são de estilos diferentes de quatro grandes bandas e tocando com os mesmos músicos no palco e o show certamente será descomunal.
        Udo respondeu que será muito bom, pois antes de tudo será diversão para os  vocalistas com as músicas do Accept, Iron Maiden, Judas Priest e brinca com Mike Vescera, perguntando qual seria a banda mesmo? Onde todos riram e depois menciona que fica fácil tocar assim.

 
        Perguntamos ao Mike Vescera sobre a ausência dele no Live´n´Louder Rock Fest de 2013.
        Mike Vescera respondeu que aquilo foi uma história louca, pois quando aceitou tocar no Brasil com o Loudness seria Vescera & Loudness e seria muito bom. Depois de tudo certo com o manager no Japão, se depararam com problemas de visto para entrar no país e por conta disso não conseguiria viajar, o que para o vocalista foi uma grande decepção.


A próxima pergunta foi com relação a atual situação da indústria musical, e esta foi direcionada para que todos os vocalistas a respondessem.
    Blaze Bayley  foi o primeiro a responder e disse que a música mudou, hoje em dia é muito diferente, as gravadoras estão diferentes, porém, mesmo no Underground, o Heavy Metal é popular e essa é mágica de toda da música pesada, e na interpretação, faz o público ser fiel e adquirir alguns produtos, será diferente no futuro, mas pelo público nunca morrerá.

    Já Udo disse que hoje a musica é vendida  pela Internet e o 'merchandising' tem que ser vendido no site, isso mudou muito comparado ao passado, e  com a geração que está vindo, mas tudo mudou, porém, a música nunca morrerá.

    Mike Vescera disse: "hoje existe músicos incríveis, com vários selos menores, se tornando talvez mais fácil gravar um disco, mas hoje vejo mais coisas", já que ele produz novas bandas e atua nesta área e complementou dizendo que "vê com bons olhos o futuro".

    Tim "Ripper" Owens foi surpreendente na responda e começou brincando: “Como pode ser ruim se temos o Manifesto Bar, como eu também tenho minha casa, mas vejo a cena crescendo, e sempre temos bandas excursionando, e podemos viver assim, e não está ruim, sim no Undergound, e não esta na rádio, a não ser que seja Classic Rock, tem fases boas e ruins, mas agora está muito melhor que no meio dos anos 90... aquilo foi a pior época.
         Nos anos 90, bandas como Ratt, Poison, Twisted Sister e muitas bandas desapareceram, L.A. Guns, Lizzy Borden, Anthrax, Death Angel quase desapareceram, na fase áurea tocávamos 15 vezes na América, mas agora, não está como nos anos 80 e veja Udo com 75 anos de carreira ( com o U.D.O. ) e ainda detonando".

        O site Dossie do Rock perguntou a Tim "Ripper" Owens sobre a experiência de tocar com Yngwie Malmsteen e Mike Vescera.  
O cantor americano Tim "Ripper" Owens destacou o quanto ele gosta de tocar, se bobear ele toca o dia inteiro. Quando perguntados sobre o set list todos enfatizaram que farão um 'mix' variado sobre as principais músicas de suas carreiras.

        A Revista Dynamite perguntou se existe a possibilidade de um CD ou DVD do Metal Singers?
        Blaze Bayley disse ser muito cedo e a ideia veio do produtor brasileiro Silvio Rocha da Open The Road ( e não de um produtor russo como traduzido na coletiva ) e conseguiu essa brecha na agenda de todos. Com isso será uma coisa muito especial ao público brasileiro e esse é o ponto principal, divertir todos, e se isso se tornar popular, voltaremos, faríamos algum DVD, mas fazemos isso porque amamos e a oportunidade de cantar as músicas que gostamos para uma das melhores plateias do mundo.

     Perguntamos se algum vocalista, gostaria de cantar alguma musica do outro.
        Udo respondeu brincando ao dizer "vá ao show e verá terá surpresas...."

        A repórter Alessandra Martins do site Rock Press perguntou sobre o Dr. Sin a Mike Vescera e ele respondeu: "Eu amo esses caras, são muito meus amigos e faremos outra coisa juntos, assim espero, afinal, são uma grande banda, grandes músicos e espero trabalhar com eles também.”

        Na parte final, todos os cantores falaram sobre os seus próximos lançamentos. Blaze Bayley falou que o seu será um álbum conceitual. Udo relembrou que está lançando seu novo cd cujo título é Decadent agora em fevereiro. Mike Vescera falou que produz cd´s atualmente, e por fim, Tim "Ripper" Owens nos contou que fará um novo disco Beyond Fear e um projeto mais Rock’n’Roll com Mike Kelly e Rudy Sarzo.

        Após a sessão de fotos conversamos com Mike Vescera reforçou nos dizendo que gravar o Dr. Sin II foi um disco muito especial e que gostaria de ter feito uma excursão para promover o disco junto à banda.

        Conseguimos ainda um tempinho com o Udo e perguntamos se a capa do disco I´m A Rebel, que foi lançado no Brasil era a original. E ele gentilmente nos atendeu e confirmou que a capa é a original de quando foi lançado em 1980.

         Finalizando assim este evento, os músicos se postaram para mais fotos e algumas perguntas particulares de cada um dos repórteres presentes.
 
    Por Marcos César de Almeida
    Fotos: Tatiana Maiara Foster
    Agradecimentos a Open de Road Agency e Hoffman & O'Brian pela atenção e credenciamento
    Janeiro/2015
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