domingo, 4 de setembro de 2016

Phillips Monsters Of Rock – 1996 - 20 anos




Por Val Oliveira
No dia 24 de agosto de 1996 o Iron Maiden retornava pela terceira vez ao Brasil, sendo a primeira vez com Blaze Bayley nos vocais. Na sequência, após o show no Phillips Monsters Of Rock, em São Paulo, ainda seriam feitos shows em Curitiba (25 de agosto) e no Rio de Janeiro (26 de agosto). 

No dia 24 de agosto, o evento, realizado no estádio do Pacaembu, ainda contou com Héroes del Silencio, Mercyful Fate, King Diamond, Helloween, Raimundos, Biohazard, Motörhead e Skid Row.

O Iron Maiden estava nas ultimas datas da X-Factour, que tinha começado em 1995, com o lançamento do The X-Factor, com um ano de atraso, devido ao acidente de moto que tinha ocorrido com Blaze.


Como praticamente a internet no Brasil estava começando a passos de tartaruga, as poucas informações que chegavam para os fãs brasileiros eram através de publicações impressas, no caso a Rock Brigade. Existiam outras revistas dedicadas ao gênero na época, mas que não tinham a mesma seriedade, chegando algumas a copiar matérias de revistas como a Kerrang, RockHard, Metal Hammer entre outras e não darem crédito, e muitas vezes publicando como se fosse de autoria própria. 

Dessa forma, aos poucos foram chegando reviews dos shows da donzela de ferro, e as resenhas se dividiam em relação ao novo vocalista e seu desempenho ao vivo. A esse fato, devemos falar que existem vídeos que comprovam que Blaze estava em forma, cantando bem e agitando no inicio da tour, mas como ele nunca tinha feito longas tours com o Wolfsbane sua voz e performance foi se deteriorando ao vivo ao longo das datas. 

Lógico que sua voz e desempenho não eram uma unanimidade, e geraram fortes críticas, inclusive a Kerrang fez reviews que enfureceram Steve Harris, e o fizeram invadir a redação para tirar satisfações. A essas críticas, a banda, ainda em 1996, compôs e lançou a inédita “Vírus”, que fazia parte de sua primeira coletânea - Best of the Beast – e lançada com single em diferentes versões.

Iron Maiden no Brasil!

Lógico que os fãs brasileiros estavam ansiosos para ver novamente a banda, mas com uma pulga atrás da orelha em relação ao novo vocalista. 

Aos poucos fomos tendo acesso a bootlegs onde podia-se conferir a sua voz ao vivo. Alguns bootlegs se tornaram populares como o “The Eternal Flame” e o “Sentrum”. A picareta revista Metalhead publicou não só o tour book, onde apagaram digitalmente o logo da Rock Brigade estampado na camisa de Dave Murray, mas diversos posters e revistas especiais com a nova formação. 

A Rock Brigade publicava resenhas dos shows que aconteciam no exterior e deixavam todos ansiosos para a apresentação no Brasil. Quem não pode ir aos shows, se contentou em assistir pela rede CNT, a apresentação de São Paulo, que foi dividida em dois dias de apresentação na TV, semanas depois.

Os comentários e opiniões se dividiram ainda mais, alguns aprovaram, outros odiaram o novo vocalista, e clamavam pela volta de Bruce Dickinson.

Assista o show, com imagens da CNT:



Abaixo colocamos alguns depoimentos que colhemos na nossa página do facebook, agradecendo de antemão a todos que colaboraram:

Thiago J Baeza: Galera, eu fui no estadio do Pacaembu em 1996 ver o Maiden com o Blaze, infelizmente não tenho fotos pois entrar com câmeras na época era muito complicado. Me lembro muito bem que era obrigado a acompanhar a MTV ( Furia Metal ex-programa do Gastão) para ter um pouco de informação sobre o Maiden, pois internet não era como hoje, apenas as BBS e não tinha tanta rapidez na divulgação, éramos obrigados a esperar a 89FM para escutar Man on The Edge... Lembro que esse show ocorreu no Philips Monsters Of Rock, eu pirando assistindo Motorhead e quando o Skid Row subiu ao palco eu estava próximo da grade junto de mais algumas pessoas viramos de costas para o Sebastian Bach e começamos a jogar coisas no palco para que acabasse o show mais rápido. Queríamos ver o novo Maiden... O show foi sensacional, mesmo na entrada do estádio onde tinha algumas pessoas com faixas e uma cara com um mega fone gritando "vamos vaiar o Blaze Bayley, queremos o Bruce devolta", coisa que eu nunca concordei porque o X Factor é uma obra prima.... O show foi sensacional, isso pode se ver pela própria transmissão da extinta TV Gazeta depois CNT, e quando o Maiden tocou 2 minutes to Midnight, era no meu relógio 23:58 hahahaha foi insano isso e até hoje o Blaze se recorda disso... Esse foi um show que nunca vou me esquecer e a volta pra casa foi bem legal, voltamos em uma galera a pé...  Foi inesquecível.....

Eduardo Greco: Eu tenho o VHS desse show, que foi transmitido pela CNT mesmo. Lembro também que foi a primeira passagem do Helloween por aqui e foi um sucesso.
Eu ia nesse show, mas era novo, tinha 14 anos e Mamãe não deixou, Huahuahua
Foda!!
Acabei indo em Campinas na Virtual XI Tour, e vocês sabem o quê aconteceu, outra decepção.
Mas consegui finalmente ver o Maiden no maior e melhor show que presenciei deles em toda a minha vida, no Rock In Rio de 2001, e olha que de de lá pra cá, acompanhei todas as turnês no Brasil, indo não só em São Paulo, mas Rio também.

Veronica Bessa: Me lembro muito bem! Meu primeiro show do Iron eu então com 15 anos tive que tirar nota 9 na prova de matemática pro meu pai poder me liberar pra esse show!! Foi emocionante, apesar de Blaze que é muito bom vocalista e segurou o nível muito bem... "Man in the Edge" foi o ápice... Mas confesso que pra mim faltou a cereja do meu sundae ... Bruce é a alma... A estrutura do Pacaembu precaríssima, banheiro feminino nem se fala... Não se compara com o show de 20 anos depois no Allianz Park... Mas enfim, não esqueço nunca quando olhei pro relógio aquela noite e faltavam exatamente dois minutos pra meia noite e essa memorável música começou a ecoar no Paca... Aquela menina de 15 anos foi às lágrimas...



Ricardo Alves: Eu lembro como se fosse ontem... era muita expectativa em torno do "novo vocalista" do Maiden. Não tínhamos fontes de comunicação para saber como seria o palco, set list... era tudo surpresa mesmo. Eu tinha 19 anos, e como não tinha grana, tive que vender um walkman Sony que eu tive pra poder comprar um ingresso pra pista. Cheguei às 8 da manhã no estádio, sendo que os portões só abriam meio dia se não me engano. Na hora do show da Donzela estava bem próximo do palco.

Franco Melo: Outra lembrança desde festival foi a fivelada que o Sebastian Bach tornou na testa! Kkkkk...Tocar entre o Motorhead e o Maiden e ainda se parecer com uma boneca é foda! Não tocaram nem meia hora. Anos depois ele confessou sofrer de depressão e quase parou de cantar...
Camisa do show! Mandei recortar as estampas e costurar numa camisa nova. Melhor lembrança que ficou...

 


Anderson Teles Barreto: Só de falar dá até arrepios neste dia, para conhecer o novo vocalista do Iron a expectativa era gigantesca, apesar da voz de Blaze as vezes ficar oculta com o instrumental do Iron, foi fantástico.

Caio Sandoli: Eu fui. Monsters of Rock de 96 no Pacaembú. Foi meu primeiro show do Iron na minha vida e claro que foi muito bom, mas gostaria de ressaltar que o festival todo foi irado. Do lado de fora, na praça Charles Muller, tinham uns metaleiros muito loucos se jogando nas ribanceiras que rodeiam a praça. Os caras caíam rolando o barranco e se sujando todo na lama e a galera na fila pra entrar delirava. Kkkkkkkkkk.

André Luis Cardoso Rodrigues: Eu fui... O festival foi maravilhoso.... Raimundos fez um dos melhores shows de sua carreira... o Skid Row terminou o show antes pois a galera começou a xingar o Sebastian... Helloween fez um show fantástico... Motorhead sensacional... o show do Maiden começou meia a noite lembro como se fosse hoje.... foi o primeiro show sem o Bruce.... bom eu gosto do X Factor... acho as musicas boas o instrumental fantástico e o Blaze mandando bem nas musicas.... o publico recebeu muito bem o Blaze e ele estava animado.... as musicas que o Bruce cantava não tem como comparar... me deu choque escutando ele cantar mais pelo amor que tenho ao Bruce mais de maneira nenhuma julgo o Blaze.... creio que fez um ótimo álbum, o Virtual XI e um album ruim... Mas tem The Clasman que um clássico... bom o show foi ótimo... Depois assisti mais duas vezes em 1998... uma em Sao Paulo e o ultimo show do Blaze na Argentina... bons shows... digo bom pois depois assisti no dia 19 de Janeiro de 2001 o maior show que assisti na minha vida... Iron Maiden Rock in Rio.... mas resumindo, foi um festival maravilhoso... Com preço que da saudade e Bandas perfeitas para o Monsters...

 
Jailton da Mota: Na época do Monsters 2015, a Mercury concerts e o fotografo Marcelo Rossi postaram um flicker com várias fotos das edições dos Monsters, inclusive da edição 96 onde a maioria não foi publicada em nenhuma revista-jornal da época e a net por aqui sequer existia. Fiz uns prints pra guardar de recordação e ajustei no tamanho e corte em jpeg para um álbum pessoal agora na data dos 20 anos do evento, mas com todo lance de direitos autorais nem sei se tem como repassar aqui.
De registros do show, temos as duas transmissões da CNT-Gazeta com cerca de 3 horas do festival e 73 minutos do set do Maiden. A versão exibida pela primeira vez, incluia um trecho do refrão da Man on the Edge nos créditos ao final da primeira parte e na reprise cortaram por algumas imagens da banda agradecendo o público após o final do show. Tinha isso gravado na época de acervo pessoal mas a burrice fez com que gravasse em EP-SLP com qualidade meia boca e depois nas cópias compradas ou disponibilizadas pela net, só aparecem versões sem esse trecho. De gravações audience, temos duas versões do show completo gravadas das cadeiras azuis do Pacaembu (lado esquerdo do palco), uma mais lateral e outra mais longe filmando o palco inteiro. Postaram essas duas versões no youtube esses tempos, mas com qualidade inferior aos VHS originais. Uma das versões possui um pequeno corte entre o finalzinho de 2 Minutes e o primeiro refrão de Sancturary e inclui a queima de fogos antes do bis com a The Number. Incrível perceber como o som ambiente audience daquela época (20 anos) gravado sem HD num filmadora JVC nem se compara a qualidade de som dos shows do Maiden pos-2004. O som era nítido e perfeito (talvez a acústica do Pacaembu ajude e em 98 no tosco Anhembi tb estava ótimo apesar da chuva). Creio que apenas no RIR 2001 vi um som do Maiden com a mesma qualidade do show de 96 até os dias de hoje.
Em áudio, existe um bootleg da antiga gravadora italiana KTS com o registro soundboard (e até hoje não faço idéia como eles arrumaram essa gravação) com 13 faixas e a qualidade de som perfeita (algumas falhas na equalização da guitar do Janick), pena que cortaram alguns pedaços de algumas faixas para as 13 faixas couberem nos 70 minutos do cd (deveriam ter lançado em cd duplo).
Sobre o show em si e algumas lendas: O Maiden NÃO entrou no palco as 23:58 horas como muitos dizem (e saiu em algumas revistas na época),a banda subiu ao palco por volta das 00:20, o Blaze errou o tempo na segunda estrofe de Afriad to shoot strangers - cantando antes do instrumental - trocou parte do 2º verso da Lord of the Flies na primeira parte e no geral não teve nenhum outro "erro" gritante. Obviamente a performance em faixas como Trooper, The Evil, Hallowed todos tem suas conclusões. Comparado a outros shows da turnê ele falou menos com a platéia ou durante as faixas (ele mesmo havia postado algum tempo atrás como estava impressionado cantando em frente ao Pacaembu lotado), o Harris afirma na biografia oficial como esse show foi marcante por todo processo que a banda passava na época (entre a saída do Bruce, divorcio, escolher outro vocal, a cena metal em baixa, a banda tocando em pequenos clubes apenas para os fãs etc), o Motorhead NÃO tocou duas horas, fez um set de cerca de 80 minutos (deixou algumas faixas de fora pois atrasou a entrada no palco), o Skid Row tocou cerca de 45 ou 50 minutos (previstos cerca de 90), o Raimundos realmente roubou a cena pois praticamente todo mundo mesmo quem não gostasse conhecia alguma música (o Sepultura era pra ter sido a atração nacional, mas como o Roots "bombou" na gringa a banda não tinha agenda para agosto, vindo apenas em novembro com shows próprios), o Helloween fez na minha opinião o melhor shows no país até hoje, apesar do set curto e quem diria, de bônus ainda tivemos a chance de ver o lendário Mercyfull Fate com o King Diamond solo e embora descolado no cast, o show do Biohazard também animando muita gente (uma banda que nunca fui fã, mas empolga ao vivo).

Franco Melo: Fui nesse festival Monsters of Rock de 1996, com bate-e-volta e tudo! Muitas lembranças! Lembro de uma moça que tentou entar com uma garrafa de Gatorade de vidro (na época vendia) e ao ser impedida, ao invés de tomar, ela jogou a garrafa no chão e foi carregada aos gritos pra fora do estádio! Hilário! Pagou a não vou o show! Quanto ao Blaze, a minha expectativa era grande, pois gostava do X-Factor, que era diferente de tudo o que o Maiden já gravou, denso, profundo. Ele mandou bem nas músicas novas que gravou, mas as músicas do Bruce e do Paul não ficaram boas e nunca ficariam, né? Mas sou fã do cara também e fui no show em BH, tirei fotos, autografou os encartes dos CDs e quase tomei umas cervejas com ele...hehehehehe.


Disponibilizamos, em boa resolução, matérias da época, do inicio da X-Factour, e após o show do Monsters (Clique para ampliar).

Revista Dynamite 19 de outubro de 1995:

Coleção Metalhead 11 - 1995:
 


Rock Brigade 114 - janeiro de 1996:


Rock Brigade 120 parte 1 - julho 1996:



 Rock Brigade 120 parte 2 - julho 1996:




Rock Brigade 122 - parte 1 - Setembro 1996:

Rock Brigade 122 - parte 2 - Setembro 1996:

 Rock Brigade 122 - parte 3 - Setembro 1996

 Revista Metalhead 14 - 1996:


 Rock Brigade 123 - Outubro 1996:





Agradecemos a todos que participaram e contribuíram para está matéria.


sexta-feira, 26 de agosto de 2016

DOWNLOAD: Iron Maiden - "Blaze No Brasil"



Eis mais um download que o BLAZE BAYLEY BRASIL disponibiliza. Dessa vez, disponibilizamos um bootleg da "The X-factour".

O bootleg se chama Iron Maiden: "Blaze No Brasil"

o show foi registrado em São Paulo, na edição do Monsters of Rock, realizado no Estádio Do Pacaembu, no dia 24 de agosto de 1996, sendo a primeira tour do Iron Maiden com Blaze nos vocais, e o som foi retirado da diretamente da mesa.
O interessante é que esse bootleg foi ripado de um vinil azul, lançado em versão limitada, com apenas 100 cópias, na Espanha, em 2012, pelo selo Discos Toro Salvaje

Tracklist:

A1 Man On The Edge
A2 Wrathchild
A3 Heaven Can Wait
A4 Lord Of The Flies
A5 Blood On The World's Hands
B1 The Evil That Men Do
B2 2 Minutes To Midnight
B3 Fear Of The Dark
B4 The Clairvoyant
B5 Iron Maiden 

Clique AQUI para download.

sábado, 30 de julho de 2016

Blaze Bayley - Londrina/PR - Oficina Bar (23/07/2016)

Por Felipe Sandoval 
Desde junho deste ano Blaze Bayley está viajando por alguns países da América Latina para divulgar o seu novo álbum, Infinite Entanglement, que é a primeira parte de uma trilogia conceitual. Como tem sido uma tradição, a tour do ex-vocalista do Iron Maiden passou por Londrina, fazendo um show bastante intimista em um pub estilo inglês, o Oficina Bar, com ingressos limitados a 150 pessoas. Com um palco bastante reduzido, questionei-me se os cinco integrantes caberiam ali, já que assim como nas últimas turnês pelo Brasil Blaze está acompanhado por quatro membros da banda The Best Maiden. 

Com a casa lotada, por volta das 23:00 o carismático vocalista entra em cena com o clássico do Maiden 'Lord of the Flies', seguida de 'Futureal'. Já nessas duas primeiras, Blaze e banda demonstraram o quanto sentem-se bem com aquele clima intimista proporcionado pelo pub. Era notável logo no início do show que o tamanho do palco não seria obstáculo para a performance da banda; pelo contrário, Blaze Bayley e a banda interagiram o tempo inteiro com os fãs como se estivesse numa grande arena. 


A grande novidade dessa tour, além das músicas do novo álbum, foi a inserção de 'Born As Stranger' do primeiro álbum Silicon Messiah. Ao anunciá-la, Blaze fez um discurso bastante inflamado como de costume. Fazendo alusão à letra da música, disse que não devemos nos preocupar com os julgamentos da sociedade pelo fato de nascermos estranhos e em um mundo diferente da maioria. 

Embora a tour seja de divulgação do novo álbum, o set-list contou com apenas três músicas de Infinite Entanglement: a música título, 'A Thousand Years' e 'Human', que se encaixaram muito bem ao vivo com os integrantes da banda. No entanto, senti que ficou faltando faixas como 'Calling You Home' e 'Independence' que, além de serem épicas, são extremamente significativas e representativas do que é o novo álbum do Blaze. 


No restante do repertório, Blaze deu prioridade a faixas do excelente álbum Silicon Messiah, intercalando com músicas da era-Maiden. No entanto, aqui cabe uma observação: assim como nos shows pela Europa, Blaze inseriu no Brasil 'Fear of the Dark' no repertório que nem sequer foi composta ou gravada por ele em seu período na donzela. Outra inserção inusitada foi 'Wrathchild', justificada por Blaze por ser uma homenagem a Paul Di'Anno, hospitalizado no último mês. Mas por que 'Fear of the Dark'? Não vejo outra explicação a não ser agradar as "massas". 

Sei que deve ser problemático escolher um repertório diante de uma vasta discografia de qualidade, mas cinco álbuns da carreira solo deixaram de ser lembrados: "Tenth Dimension", "Blood&Belief", "The Man Who Would Not Die", "Promise and Terror" e "King Of Metal". 

Apesar dos pesares do repertório, a volta de 'Sign of the Cross' foi uma grata surpresa. Como essa música soa grandiosa e mágica mesmo após 21 anos do lançamento do "The X Factor". Diga-se de passagem, a banda The Best Maiden a executou com maestria, assim como as demais músicas da carreira solo de Blaze e da donzela.  

Um show de Blaze Bayley sempre é uma celebração de um heavy metal de qualidade e da independência artística. Como sempre lembra ao anunciar o clássico 'The Clansman', Blaze mantem a sua carreira de forma independente, com sua própria gravadora, sem ter vínculo com nenhuma grande produtora, tendo como suporte os próprios fãs. Em retribuição e reconhecimento, ao final do show Blaze sempre desce do palco e vem ao encontro dos fãs para tirar fotos, dar autógrafos e beber umas e outras cervejas. 

Na noite de Londrina não foi diferente. Blaze permaneceu até o Oficina Bar fechar as portas, bebendo conosco, conforme prometeu ao anunciar 'Man on the Edge'. Tive a grata oportunidade de beber e trocar uma ideia com ele. Um exemplo de superação, carisma e humildade. Artistas como o Blaze fazem toda a diferença. Que venha o próximo álbum com uma nova tour pelo Brasil!   







Set-List: 

1- Lord of The Flies
2- Futureal
3- Born as a Stranger
4- A Thousand Years
5- The Brave
6- Virus
7- Stare at The Sun
8- Infinite Entanglement
9- Wrathchild
10- Human
11- Silicon Messiah
12- Ghost In The Machine
13- Sign of The Cross
14- The Clansman
15- Man On The Edge
16- Fear of The Dark

Line Up:

Blaze Bayley – Vocal
Lely Biscasse – Guitarra
Raphael Gazal – Guitarra
Lennon Biscasse – Baixo
Gustavo Franceschet – Bateria



sexta-feira, 29 de julho de 2016

Review do show em Osasco, 28/07/2016 no Mineiro Rock Bar




Por Diego Nascimento

O ex-vocalista do Iron Maiden, Blaze Bayley, está em turnê pela América Latina para divulgar o seu novo disco de estúdio, o “Infinite Entanglement“. O álbum em questão é conceitual e é o primeiro de uma trilogia recheada de ficção científica. Dessa vez foi a vez de Osasco receber o frontman inglês. No setlist, no entanto, apenas três músicas do novo registro. O restante do set foi composto por canções do debut de Blaze, o “Silicon Messiah” (2000) e canções do Iron Maiden.

  
A apresentação começou por volta das 22h05. Bayley entrou no palco acompanhado dos caras da banda Tailgunners já mandando um clássico do “The X Factor” do Iron Maiden, Lord of The Flies. Na sequência foi Futureal, do álbum “Virtual XI”, também da Donzela. As duas músicas já foram suficientes para animar o público presente.

Em seguida, Blaze Bayley mandou três sons de sua carreira solo, incluindo a nova A Thousand Years. Engana-se quem acha que a galera no Mineiro Rock Bar esfriou nesse momento. Born As a Stranger e The Brave foram cantadas pelos fãs com muita vontade, assim como o restante das músicas do concerto.


E o show seguiu assim, com músicas de Blaze Bayley e Iron Maiden intercaladas, com direito a uma brincadeira de Blaze perguntando se estava cantando na Argentina. O frontman sempre buscou interagir com o público, seja falando sobre a próxima canção ou chamando a galera para agitar junto.


Algo que causou certa estranheza em alguns presentes foi as execuções de Wrathchild e Fear of The Dark, canções do Iron Maiden que não foram originalmente gravadas por Blaze Bayley. Isso pelo fato de que o vocalista tem o costume de apenas cantar músicas da Donzela de sua época. Porém, elas foram bem recebidas pelo público em geral e Blaze Bayley mostrou que os deslizes de sua turbulenta passagem pela banda de Steve Harris ficaram no passado.


Setlist – Blaze Bayley no Mineiro Rock Bar:

1- Lord of The Flies
2- Futureal
3- Born as a Stranger
4- A Thousand Years
5- The Brave
6- Virus
7- Stare at The Sun
8- Infinite Entanglement
9- Wrathchild
10- Human
11- Silicon Messiah
12- Ghost In The Machine
13- Sign of The Cross
14- The Clansman
15- Man On The Edge
16- Fear of The Dark

Line Up:

Blaze Bayley – Vocal
Lely Biscasse – Guitarra
Raphael Gazal – Guitarra
Lennon Biscasse – Baixo
Gustavo Franceschet – Bateria

Publicado originalmente no site Mosaico Rock.

sábado, 23 de julho de 2016

Rock Mania TV - Entrevista com Blaze Bayley


O vocalista BLAZE BAYLEY, ex-IRON MAIDEN, concedeu entrevista ao programa Rock Mania, de Balneário Camboriú-SC.



Dentre vários assuntos abordados, BLAZE falou de seu mais recente disco, "Infinite Entanglement", contou como funciona a escolha das bandas que o acompanham em cada continente, relembrou os tempos de IRON MAIDEN, dentre outros assuntos mais.



Confira abaixo o programa na íntegra, que além da entrevista, contou com músicas de várias fases da carreira de BAYLEY.






Carisma e qualidade musical em Porto Alegre (Obra Club, Porto Alegre, 26/06/16)


Blaze Bayley (Obra Club, Porto Alegre, 26/06/16)

Por Mateus Rister
Fotos: Marcelo Schimidt, Facebook

No último domingo (26/06), Porto Alegre recebeu o show do ex-vocalista do IRON MAIDEN, BLAZE BAYLEY. O músico está em turnê divulgando seu mais recente álbum intitulado "Infinite Entanglement". O evento aconteceu no Obra Club (antigo Beco), no bairro Independência.

Era uma noite fria na cidade e outro grande festival de Heavy Metal tinha sido realizado mais cedo, mesmo assim o público compareceu. O local não lotou, mas quem estava lá curtiu e apoiou como verdadeiros fãs da música pesada. A noite começou com os shows das bandas MARENNA e GUEPPARDO.

Rodrigo Marenna, vocalista da banda LACROSS, lançou em 2015 seu primeiro trabalho solo, o EP "My Unconditional Faith", lançado no Brasil, Japão, Europa e EUA. O show fez parte da divulgação deste trabalho, Marenna acompanhado de sua excelente banda subiu ao palco depois das 20h e logo se fez notar a qualidade ímpar do grupo. Além de músicas presentes no trabalho citado ("You Need To Believe", "Life Goes On" e "Keep On Dreaming"), a banda executou faixas que farão parte do próximo lançamento ("Never Surrender" e "No Regrets") e versões para “Anytime Anywhere” do GOTTHARD e “Blood Pollution“, famosa canção da banda fictícia STEEL DEAGON do filme Rock Star. Um fato curioso aconteceu logo no início do show, uma das cordas do baixo arrebentou e o baixista Arthur Appel finalizou a apresentação com o instrumento de Rafael Yadek, baixista da banda GUEPPARDO, que se apresentaria em seguida. “Assim é o Rock, uma banda segurando a mão da outra e todas crescendo juntas, a gente agradece o apoio!”, foram as palavras de Rodrigo Marenna para agradecer a ajuda de Rafael, com humildade e mostrando o pensamento que todos que estão envolvidos no cenário rocker deveriam ter. A banda se despediu do público com a certeza que cumpriu o seu papel.

O próximo show ficou a cargo da banda GUEPPARDO, que está promovendo o seu primeiro álbum completo, "Fronteira Final" de 2015. Além disso, o grupo também está apresentando ao público o seu novo vocalista, Maurício Osório. O músico passa a impressão que já canta na banda há anos, tamanha a desenvoltura e a performance que exerce durante as canções. O entrosamento do quarteto é evidente e músicas como “Fúria e Paixão”, “Planeta Proibido”, “Chuva”, “Nada a Perder”, “Anjos e Demônios” e a já clássica “Fissura Total” passam toda a energia que só uma grande banda de Hard Rock consegue transmitir para a plateia. O grupo encerrou no domingo uma verdadeira maratona com três shows em três dias, os outros foram realizados na sexta-feira (24) também em Porto Alegre e no sábado (25) em São Leopoldo. Mesmo assim, a banda não demonstrou cansaço e agitou até o fim do show, com direito a solos de bateria e de guitarra. O Grupo segue para a Argentina, onde vai representar a música pesada gaúcha em dois festivais.

Eis que chega a hora do show da lenda, um dos três vocalistas que possuem em seu currículo discos gravados com uma das maiores bandas de Heavy Metal da história. BLAZE BAYLEY, o homem que esteve à frente do IRON MAIDEN de 1994 a 1999. Comparações com outros vocalistas se fazem desnecessárias, deve-se ter em mente o contexto histórico desfavorável que a banda e o próprio metal enfrentavam na época.

O cantor esbanjou carisma e qualidade musical, mexendo com o público o tempo todo, entre músicas de toda a sua carreira solo e de seu último álbum ("Human", "Silicon Messiah", "Gosth in the Machine", "Calling You Home", "Independence") não podiam faltar canções da Donzela de Ferro que ganharam vida com sua voz ("Man on the Edge", "Lord of the Flies", "Futureal", "Virus"), vale destacar a grande interpretação cheia de emoção da música “The Clansman“. O show ainda teve espaço para versões de “Wrathchild” e “Fear Of The Dark” que combinaram muito com o tom de voz sombrio do músico. A interação com a platéia foi um dos pontos fortes, o cantor chegou até a gravar um vídeo com seu celular enquanto os fãs gritavam e correspondiam a altura, tornando o espetáculo completo.

BLAZE é um daqueles vocalistas que fazem o show com a mesma empolgação para um estádio lotado ou para uma casa de shows pequena. Ele encara o público nos olhos e cativa à todos com sua performance e excelente técnica vocal. Após finalizar a apresentação, o cantor desceu do palco e foi para o bar, onde tirou fotos e deu autógrafos para quem quisesse, mais um exemplo de seu carisma e de sua humildade.

A noite ainda contaria com o show da banda canadense IRON KINGDOM, que estava acompanhando Blaze em sua passagem pelo país. Por se tratar de um domingo, ter passado da meia noite e precisar acordar cedo na segunda-feira, infelizmente eu não consegui ficar para acompanhar esta última apresentação.

Vale ressaltar a ótima estrutura da casa, a qualidade do som, a escolha das bandas convidadas e também ao entusiasmo do público, que mesmo em pequeno número, faz a sua parte e prestigiou o espetáculo com muita emoção. Com certeza, quem esteve presente, guardará na memória com carinho os momentos vividos nesta grande noite.


Publicado anteriomente no Whiplash.

terça-feira, 5 de julho de 2016

Blaze Bayley - Obra Club, Porto Alegre, 26/06/16


Por Guilherme Dias. 
 


Na noite do dia 26 de julho, um domingo, Blaze Bayley esteve na capital do Rio Grande do Sul. O local do evento foi o Obra Club (local onde o músico já se apresentou em turnês anteriores, porém com um novo nome). No set-list músicas de seus trabalhos solo e dos seus tempos de Iron Maiden. Na abertura os gaúchos Marenna e Gueppardo.
Próximo das 20hs Marenna subiu ao palco, o grupo é liderado por Rodrigo Marenna (vocal) e ainda conta com Jonas Godoy (guitarra), Aaron Alves (guitarra), Arthur Appel (baixo) e Gionathan Sandi (bateria). Apresentaram músicas próprias e covers, a primeira do set foi “You Need To Believe”, que possui um poderoso e grudento refrão, no melhor do estilo hard rock/ AOR. No final do ano a banda pretende lançar um novo álbum, chamado “No Regrets”, dele tocaram a faixa-título e “Never Surrender”. Um dos covers foi “Anytime, Anywhere” do Gotthard, que os influencia muito, segundo Marenna. Para fechar o show mais um cover, dessa vez “Blood Pollution” do Steel Dragon.

 
A segunda apresentação da noite foi com a Gueppardo. Na formação Maurício Osório (vocal), Pery Rodriguez (guitarra), Felipe Chagas (bateria) e Rafael Yadek (baixo). No som também o hard rock, porém com uma proposta mais heavy. No repertório músicas do EP “Instinto Animal” de 2009 como “Vivendo on the Road”, “Execução Sumária” e “Instinto Animal” e do novo lançamento, “Fronteira Final” lançado no final de 2015 a faixa-título, “Planeta Proibido”, “Nada a Perder” e “Fissura Total”, que encerrou o show. A Gueppardo irá participar de um festival na Argentina no próximo mês, já a Marenna seguidamente aparece em rádios e revistas específicas pelo mundo, mostrando a potência das bandas gaúchas no cenário além das fronteiras.


A atual turnê de Blaze Bayley é referente ao seu último lançamento, “Infinite Entanglement”, lançado este ano. Ele estava na pista com o público antes de entrar em ação, enquanto os seus companheiros iniciavam a preparação pro show. A formação contou novamente com os brasileiros da Tailgunners, sendo eles: Lely Biscasse e Raphael Gazal nas guitarras, Lennon Biscasse no baixo e Gustavo Franceschet na bateria.


Quem acompanha o Blaze sabe como seria o início do show. Duas ótimas canções de sua fase no Iron Maiden. Foram tocadas “Lord of the Flies” e “Futureal” dos álbuns “The X Factor” e “Virtual XI”, respectivamente. Depois da dobradinha de Maiden, “Born as a Stranger” do seu primeiro álbum solo “Silicon Messiah” manteve o alto nível da apresentação.


Blaze estava anunciando uma música do novo álbum, porém se confundiu e apresentou “Human” (que estava mais avançada no repertório) e prontamente foi corrigido pela banda e aí sim apresentou “A Thousand Years”. Após "The Brave" (“Silicon Messiah”, 2000), Blaze passou uma mensagem para o púbico, dizendo que muitas vezes as pessoas nos dizem que não podemos seguir nossos sonhos, assim como diziam para ele , para ele não continuar cantando e não seguir os seus sonhos, longe do que ele continuou fazendo com a sua carreira. Sem mais cerimônias “Virus” (também do Maiden) foi apresentada.


De uma forma bem calma, Blaze disse para os fãs que segue a carreira como músico independente no momento, sendo os seus lançamentos e shows feitos exclusivamente para o seu público. Blaze seguiu com músicas do Iron Maiden e dos álbums solo “Infinite Entanglement” e “Silicon Messiah”, a base do repertório, com exceção da potente “Leap of Faith” (“Tenth Dimension”, 2002).

 
A parte final do show foi sem dúvidas perfeita e emocionante. Blaze avisou que após o show não iria para casa, iria direto para o bar e esperaria os fãs para tirar fotos e assinar o que fosse necessário. Cerca de 100 pessoas compareceram ao show e cantaram junto com Blaze as clássicas “The Clansman”, “Man on the Edge” e “Fear of the Dark” do Maiden.


O público apesar de pequeno, foi magnífico. Blaze foi 100% com sua voz, atuação e carisma. A banda escolhida para lhe acompanhar não poderia ter sido melhor. Quem investiu seu tempo e dinheiro com o show teve o retorno. Em diversos momentos o frontman disse que ama o Brasil e os seus admiradores, deixando claro que deve retornar para futuras turnês.

Após o músico tirar fotos com toda a plateia, o grupo canadense Iron Kingdom fechou a noite, porém aproximadamente 20 pessoas permaneceram para prestigiar a apresentação, visto que já se passava da meia-noite e a jornada havia sido longa.


 










Set-list:

Lord of the Flies
Futureal
Born as a Stranger
A Thousand Years
The Brave
Virus
Stare at the Sun
Infinite Entanglement
Wrathchild
Human
Silicon Messiah
Ghost in the Machine
Leap of Faith
The Clansman
Man on the Edge
Fear of the Dark

Publicada originalmente no site Whiplash.

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