domingo, 15 de janeiro de 2017

"O mundo é um lugar melhor por ter o Iron Maiden de volta aos trilhos"

Em entrevista ao site Eonmusic, Blaze Bayley conta como está o processo de composição do novo álbum, sobre como era escolhido o set list do Iron Maiden em sua época e os planos para um novo álbum do Wolfsbane. Acompanhe abaixo:



Oi, Blaze, como está?

Estou bem. Estamos no meio dos ensaios para o novo álbum, e será absolutamente fantástico.



Você atualmente está trabalhando na sequencia de "Infinite Entanglement"?

Já fizemos todas as demos iniciais, e agora estamos trazendo-as para o estúdio de ensaio. Eu gosto de ter todo esse material e dar vida a ele nos ensaios. Eu adoro ter a sensação de que podemos ir e tocar todas as canções novas como um repertório em um show ao vivo, então é o padrão que tentamos buscar. É um monte de detalhes. A composição e o processo criativo são longos, e espero que as músicas agora estejam prontas para gravar.



O novo disco vem seguindo a temática de "Infinite Entanglement"?

Sim, é uma trilogia baseada em um livro, uma história de ficção científica que estou escrevendo, sobre um homem que não sabe que ele é humano. A primeira parte foi "Infinite Entanglemet". Esta é a parte dois e então no próximo ano (2018) haverá a parte três. No primeiro álbum, ele descobre que sua consciência foi posta em um corpo cibernético, e ele tem que decidir se ele ainda é humano. A história se segue a partir isso.



Parece que há uma metáfora a mais nessa história, de sua própria vida pessoal.

Sim, definitivamente, porque quando eu comecei, pessoas disseram que não eu poderia cantar; que eu não poderia trabalhar como um cantor e nunca cantar em uma banda e sim, eu tinha um monte das minhas próprias coisas para superar e para seguir em frente e ser um cantor profissional. Sou muito, muito sortudo que eu seja capaz de trabalhar em tempo integral como músico profissional, escrever minhas próprias músicas, gravá-las, fazer meus próprios CDs, produzir meus próprios álbuns e ter o apoio de tantos fãs ao redor do mundo.



Deve ser uma experiência única para você ser capaz de contar sua própria história como esta.

Muito disso é fortemente disfarçado sobre isto, e eu uso partes de histórias de outras pessoas. Claro, estou a escrever assim como no livro, ou em alguns dos meus álbuns. Este sou eu, isto é o que aconteceu e isso é como me sinto sobre isso. Mas desta vez é um prazer voltar e colocar essas coisas de volta numa metáfora.




Uma das tragédias mais pessoais que aconteceram com você foi a morte de sua esposa Debbie, em 2008.

Bem, foi em uma época diferente e, realmente, e uma coisa que eu não achava que eu iria superar. Eu não tinha qualquer razão para continuar profissionalmente depois disso, mas eu de alguma forma confusa, tive um monte de ajuda. As pessoas me ajudaram a voltar a ter os pés no chão, e então eu fui capaz de continuar. Sou muito, muito sortudo por ter tido esses grandes amigos e fãs que me apoiaram.



Sua carreira começou em 1990, quando o Wolfsbane lançou seu primeiro álbum.

Olhando para trás, foi uma coisa única e maluca que fiz, e minhas ambições e sonhos foram cumpridos e também se estragaram, e assim foi, loucura, mesmo. Considero-me como alguém que é 'louco'; Eu sofro de depressão e problemas de saúde mental, e quando eu poderia colocar um rótulo em que; 'isso é uma doença, que é uma condição', você pode fazer algo sobre isso. Não estou preso agora neste sentimento de desespero e raiva e de todas essas emoções; Há realmente uma razão para isso. Então, se há uma razão para isso, então há também uma solução, ou pelo menos uma forma de lidar com isso. Nunca fiz segredo dos meus problemas de saúde mental. Não descobri sobre isso até ter se juntado ao Iron Maiden, e acho que se eu soubesse que isso era o que me fez ter alguns sentimentos que eu tenho, eu acho que eu iria lidar com isso muito melhor com as pressões de estar em uma das maiores bandas do mundo.

Foi há vinte e um anos que você fez sua primeira turnê mundial com o Iron Maiden; que lembranças tem dessa época?
Foi uma época incrível. Trabalhar com novas pessoas é muito estimulante e escrever canções com Janick Gers e com Steve Harris foi incrível. Steve Harris é tão generoso; Ele era um mentor para mim. Eu tinha escrito muitas canções com o Wolfsbane antes, mas escrever com o Steve, ele me ensinou muito. Ele encontrou as peças da minha voz que eu nunca tinha usado antes, que foi muito, muito emocionante. E cantar suas melodias e letras, e em seguida para tê-las em letras e melodias que eu tinha escrito, foi uma experiência absolutamente incrível.


Você teve o seu maior sucesso com "Man On The Edge", o primeiro single que lançou com o Iron Maiden.
Foi Top 10 em todo o mundo, e em alguns lugares ele era o número um, então, foi o meu primeiro trabalho a atingir número um. Depois de tantos anos escrevendo, pensando que eu tinha uma música que era boa o suficiente, e então, quando nós fizemos isso, era bom o suficiente. É um enorme impulso para sua confiança para em seguir em frente. 






Como a primeira vez que você viu um resultado do Iron Maiden com sua voz e viu-se creditado e retratado nele?
Foi uma experiência surreal, porque eu tinha sido na turnê de promoção e foi para muitos países diferentes, e eu era a grande história. Não era o que eu queria ser, mas todos queriam falar comigo sobre como me senti ao entrar no Iron Maiden. Tudo o que eu queria fazer era entrar nos ensaios, praticar as músicas e fazer o melhor trabalho que eu poderia para aquelas músicas ganharem vida. Foi uma experiência muito surreal estar naquele trabalho e estar naquele nível, onde você sonhava estar, mas não sabe o que vai acontecer e nem como quando chegar lá.

Quem escolhe um repertório do Iron Maiden; é Steve Harris, ou Steve e Rod Smallwood, ou é mais um esforço do grupo?
Quando eu estava na banda - e eu só posso falar por aquela época, então –; há algo como, dez canções que normalmente são a base do set list, e talvez ocasionalmente uma delas não esteja lá, e então há pelo menos seis músicas do novo álbum. Essa é a base do conjunto, e será esta a se trabalhar a partir daí. Todo mundo pode ter uma opinião; era sobre qual música era melhor. Steve tinha uma ideia de qual música encaixava-se melhor ao lado da outra, mas às vezes nós mudávamos como nós fizemos ao longo da turnê.

Como estava a moral da banda no momento da gravação 'Virtual XI'?
Steve Harris estava passando por momentos muito difíceis em sua vida pessoal. Havia uma certa ansiedade, que seria natural, porque muitas pessoas dentro do mundo dos negócios esperavam o pior depois que Bruce Dickinson saiu da banda. Eu acho que, como eu amo Bruce - e ele foi uma grande ajuda para mim em minha carreira solo e antes de eu entrar no Iron Maiden - mas eu realmente acho que em algum lugar, Bruce pensou que ele poderia seguir em frente também. Todo mundo estava ansioso; foi uma grande mudança; Você teve todos os grandes sucessos com um cantor e então um cara novo chega e muitas pessoas começam a ter vários tipos de pensamentos. E certamente havia essa ansiedade lá. Muitas vezes estávamos nos ensaios, e víamos a revista Kerrang! ou a Metal Hammer e víamos as as coisas que diziam, e o pensamento só continuou chegando do tipo; "eles que se fodam, vamos continuar mesmo assim". Eu era um fã do Iron Maiden, e eu sei porque as pessoas gostam de Iron Maiden, então foda-se o que dizem os outros. Não é dependente de imprensa, ou jornalistas ou pessoas que não compram os CDs, são as pessoas que tem sido leais ao Iron Maiden e quero esse estilo original, individual da música que vem com todo o coração e que você possivelmente pode colocar nele.


Obviamente, a faixa 'Vírus' reflete isso.
Definitivamente Sim. Todos nós na banda pensávamos tipo; "Fodam-se todos vocês", sabe? Acho que tinha muita gente tentado decretar o fim do Iron Maiden, e eu era parte da banda, então eles tentaram "eliminar" a todos nós como uma banda antes de gravarmos o 'Virtual XI', e eles não puderam fazer nada.

A música "The Angel And The Gambler" causou um grande debate devido à sua extensão e natureza repetitiva; hoje em dia você mesmo reconhece que é muito longa.
Basicamente, tivemos uma versão menor em vídeo de "The Angel And The Gambler', e eu senti que era muito mais apropriada. Eu acho que há um grande volume de peças para a música, e em meus shows acústicos normalmente faço a versão mais curta dela, e é algo bom para tocar, e é muito divertido. Mas no álbum, a versão de "The Angel And The Gambler', eu realmente sinto que é muito longa.


Não fizeste uma menção para Steve Harris naquele momento? Eu suponho que não é fácil dizer a alguém assim, que uma de suas canções precisa de uma edição.
Bem, você diz; "eu acho que é muito tempo", e você tem uma discussão sobre isso, e eles vão, "bem, vamos tentar - eu estou realmente convencido de que é isso", e depois, no álbum, e você não pode adaptá-la ou alterá-la – está feito! Então, é uma daquelas coisas. Essas coisas acontecem no mundo dos negócios; gravar alguma coisa, ser pressionado e, em seguida, você está ensaiando e, em seguida, você está indo dizer; 'talvez que a versão do álbum é um pouco longa demais' (risos). Então, voltando ao ciclo, é exatamente por isso que eu estou em ensaios com a minha banda, porque se algo assim acontece, ligamos uns para os outros e dizemos; "você sabe...eu estou entediado", e se eu estou entediado agora para ensaiar, quando alguém que vai ouvir o registro vai se sentir como? (risos)

Algumas das faixas que você estava trabalhando em seu terceiro álbum de estúdio com o Iron Maiden acabaram no álbum "Brave New World".
Sim, não me lembro de todas elas, mas "Dream Of Mirrors" é a principal delas. Steve realmente gostava das músicas que nós trabalhamos juntos, tanto quanto eu, e ele disse, "eu realmente gostaria de manter essas músicas", então eu disse: "sim". Eu não tinha planos no momento, mas eu tinha ideias durante a turnê as quais eu estava a fim de trabalhar, que eu estava absolutamente ansioso para trabalhar com Steve, Dave e Janick, e elas acabaram no meu álbum solo "Silicon Messiah". Eu realmente senti que o terceiro álbum a suceder 'Virtual XI' álbum realmente convenceria os fãs de que eu pertencia ao Iron Maiden e que valeu a pena eu estar lá, porque eu realmente senti que a música que estávamos criando tinha muita energia e a paixão.

Infelizmente, esse terceiro álbum nunca aconteceu. 
Eu acho que foi algo do mundo dos negócios realmente. Eu acho que a EMI colocou muita pressão sobre a banda. Todo mundo estava tendo uma reunião, e nela chegou-se ao senso para Bruce voltar, assim como Rob Halford voltou para o Judas Priest. Você não pode dizer nada numa ocasião dessas. Ok, a decisão não era muito agradável para mim, mas funcionou. O Iron Maiden ainda está ai, e eu disse na hora, mesmo se eu não estou na banda, o mundo é um lugar melhor por ter Iron Maiden de volta aos trilhos, e o mundo da música precisa do Iron Maiden lá. Eu apenas desejo-lhes a melhor sorte, e o maior sucesso, porque eles merecem. Os sacrifícios pessoais que cada pessoa na banda fez, e o trabalho que eles colocaram em construir essa banda é algo incrível.



Qual é o status atual do Wolfsbane?
Nós estamos apenas esperando por um tempo, quando poderemos ensaiar juntos e terminar algumas das músicas que comecei a escrever há dois anos quando fizemos o 'Wolfsbane Rock'. Adorei fazer o EP, e amamos apresentar-se juntos. Todos têm diferentes vidas, e eu sou uma vítima do meu próprio sucesso; as melhores coisas acontecem para mim com o meu projeto solo, então tenho menos tempo para gastar com o Wolfsbane. Nós temos algumas idéias que nós realmente queremos concluir e colocar em um álbum, possivelmente, para o final do próximo ano, mas nós vamos ter que ver como isso vai acontecer.

Finalmente, quais os próximos passos de Blaze Bayley?
Uma vez que a pré-produção do álbum estiver finalizada, vamos começar a gravação. A primeira parte da minha turnê mundial começa em fevereiro, em Malta e, em seguida, voltamos para o Reino Unido, e terminamos em junho de 2017. O novo álbum; a parte dois de "Infinite Entanglement' sai no dia 1 de março, e as pré-ordens de venda começam em breve. Agora, a nova versão do vinil  de 'Infinite Entanglement" está no processo de criação; estamos apenas ouvindo as prensagens de teste e a verificação dessas, e as pré-encomendas já começaram, e você será capaz de obter o seu quando estivermos em turnê.

Trad: Alexandre Temoteo.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

BLAZE BAYLEY Divulga a capa, título e track list do novo álbum




"Endure And Survive" é o 9º álbum de estúdio de Blaze Bayley. O músico divulgou hoje (04/01) o título, bem como o track list de seu novo trabalho. O CD está previsto para ser lançado próximo dia 3 de março via Blaze Bayley Recording. Vale lembrar que "Endure And Survive" é a segunda parte da trilogia iniciada com "Infinite Entanglement" (2016).

E mesmo antes do lançamento, Blaze dará inicio à turnê de divulgação. Até o presente momento, já há cerca de 120 shows marcados divididos entre Europa, Estados Unidos e Canadá. A previsão é de que a América latina seja incluída no cronograma somente em 2018. Para acompanha-lo, Blaze terá a companhia dos músicos britânicos da Absolva Chris Appleton (guitarras e backing vocals), Karl Schramm (baixo e backing vocals) e Martin McNee (bateria). O álbum foi gravado entre outubro e dezembro de 2016 no Robannas Studios, em Birmingham, produzido pelo próprio Blaze Bayley e por Chris Appleton, mixado e dirigido por Miguel Seco e masterizado Ade Emsley (Iron Maiden, Tank e Phil Campbell).

O primeiro single será lançado no começo de fevereiro. Confira abaixo o track list:

1. Endure and Survive
2. Escape Velocity
3. Blood
4. Eating Lies
5. Destroyer
6. Dawn of the Dead Son
7. Remember
8. Fight Back
9. The World Is Turning the Wrong Way
10. Together http://www.blazebayley.net/webshop/We Can Move the Sun

As pré vendas podem já ser feitas nesse link

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

IRON MAIDEN - Os motivos da demissão de Blaze Bayley


 
Por Alexandre Temoteo


A fama do Iron Maiden estava em baixa praticamente em todos os lugares, exceto na América do Sul, e as mudanças estavam se formando a portas fechadas. Bayley logo seria convidado a deixar o Maiden, para dar lugar ao retorno de seu próprio antecessor.



Blaze Bayley era 100% leal e dedicado à causa do Iron Maiden. Ninguém discute que deu sempre o melhor de si. Devido a isso, Bayley ganhou o respeito dos fãs do Maiden, mesmo que muitos deles nunca tenham aprovado suas performances vocais.


Não há dúvidas de que a ética e a energia de trabalho incorporadas por Blaze Bayley e Janick Gers ajudaram o Maiden a sobreviver em uma década que foi muito difícil para as bandas veteranas de Heavy Metal. A década de 1990 não teria sido necessariamente uma época mais feliz para o Maiden se Bruce Dickinson tivesse ficado. Mas mesmo assim, Steve Harris escolheu um substituto para Dickinson, que era simplesmente incapaz de cantar grande parte do material dos anos 80, devido ao seu alcance vocal muito menor.

Dois problemas surgem a partir deste detalhe. Primeiro, por que o Iron Maiden não ajudou a vida de Bayley?  Certamente teria sido outra grande mudança no som da banda, mas a alternativa escolhida foi ter Bayley se esforçando embaraçosamente para cantar os clássicos do Maiden que foram compostos para um vocalista muito diferente. Segundo, por que eles não tocaram mais material da era Di'Anno a qual Blaze Bayley teria se adaptado melhor? Canções como "Phantom Of The Opera", "Charlotte, The Harlot" e "Killers" teriam sido bem vindas de volta ao setlist pelos fãs.

Pode não ter importado muito. As vendas de álbuns do Maiden estavam em uma baixa absoluta, com os álbuns com Bayley "The X Factor" (1995) e "Virtual XI" (1998) que viram um declínio constante. As performances ao vivo também caíram para um nível abaixo do que a banda tinha mostrado em seu auge. Estava claro para Rod Smallwood que esse cenário não poderia ser revertido com Bayley na frente do palco, lutando para cantar os clássicos que os fãs queriam ouvir.




Bayley afirma que uma combinação de tensão vocal, problemas de som no palco e problemas de alergia recorrentes contribuíram para suas dificuldades vocais na época. Seja como for, era óbvio para qualquer um que viu o Maiden ao vivo naquela época, e para qualquer um que assiste os vídeos no Youtube hoje em dia, que até mesmo um Blaze Bayley na sua forma mais plena era totalmente limitado para cantar músicas como "The Trooper" e "Hallowed Be Thy Name". Sem mencionar que os clássicos amados como "Children Of The Damned", "Run To The Hills", "The Prisoner", "Where Eagles Dare", "Aces High", Rime Of Thre Ancient Mariner" ou "Wasted Years" nunca teriam voltado aos setlists com Bayley como vocalista do Maiden.

Publicado anteriormente no Iron Maiden Brasil.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

IRON MAIDEN LIVE x LINEUP


Por Ricardo Lira

A relação abaixo é das músicas executadas ao vivo pelo Iron Maiden durante o período em que Blaze Bayley esteve à frente dos vocais. As faixas estão separadas pelos discos as quais pertencem.

'94-99 Lineup: Blaze Bayley, Dave Murray, Janick Gers, Steve Harris, Nicko McBrain

Intros:
1. Dance of the Knights
VIRTUAL XI:
1. Futureal
2. The Angel and The Gambler
3. Lightning Strikes Twice
4. The Clansman
5. When Two Worlds Collide
6. The Educated Fool
7. Don't Look to the Eyes of a Stranger
THE X FACTOR:
1. Sign of the Cross
2. Lord of the Flies
3. Man On the Edge
4. Fortunes of War
5. The Aftermath
6. Blood On the World's Hands
7. The Edge of Darkness
FEAR OF THE DARK:
1. Afraid to Shoot Strangers
2. Fear of the Dark
NO PRAYER FOR THE DYING:
(none)
7th SON OF A 7th SON:
1. The Evil that Men Do
2. The Clairvoyant
SOMEWHERE IN TIME:
1. Heaven Can Wait
POWERSLAVE:
1. 2 Minutes to Midnight
PIECE OF MIND:
1. The Trooper
THE NUMBER OF THE BEAST:
1. The Number of the Beast
2. Hallowed Be Thy Name
KILLERS:
1. Wrathchild
2. Murders In the Rue Morgue
IRON MAIDEN
1. Running Free
2. Iron Maiden
SINGLE songs:
1. Sanctuary




Publicado anteriormente no Iron Maiden Pub.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Entrevista com Johnny Z (Metal na Lata)

Johnny Z. é um amante do Metal. Com passagens pela Roadie Crew, Seventh Page (dedicado ao Iron Maiden, e referência nos anos 90 e inicio dos anos 2000), adminstrador de sites e páginas do facebook dedicados ao Iced Earth, Exodus, Tim "Ripper" Owens, entre outras, atualmente é o administrador e editor da página Metal na Lata.

1 – Olá Johnny Z. Você é um colecionador de música, fã de Star Wars, comentarista e entrevistador e administrador de sites. Como gerencia seu tempo para isso tudo?
Cara, nem eu sei ao certo como consigo fazer tudo isso (risos). Mas sempre procuro arrumar um tempinho durante meu real serviço, sou engenheiro civil, assim não fico bitolado e não me estresso com as cobranças do trabalho, já que o Metal para mim é um hobby e me faz bem.

2 – Você já fez parte de sites dedicados ao Iron Maiden. Pode nos falar sobre esse período?
Sim, fiz parte da antiga Seventh Page – www.ironmaiden.com.br – não me lembro ao certo o ano que fui convidado, mas acho que foi entre 1997 ou 1998, e fiquei por lá até 2003. Chegamos a ganhar até o prêmio iBest em 2000 (acho hahaha). Porra, faz tempo pra cacete, não sei nem o que tomei de café da manhã hoje (risos).

3 – Um dos sites que você administra atualmente é dedicado ao Iced Earth. Como você tomou conhecimento da banda e o por que fazer um site voltado à banda?
Bom, enquanto eu ainda estava participando ativamente do site do Iron Maiden, eu resolvi montar algo meu e para outra banda na qual eu também amava já há algum tempo. Conheci o Iced Earth em 1996, após comprar “no susto” o álbum “The Dark Saga”, quando fui em uma loja tradicional aqui do bairro, na qual ia quase que todos os dias, e queria comprar algo. Na ocasião ia comprar um cd do Xentrix, “Sourge”, que tinha acabado de sair também. O vendedor, que era conhecido meu, virou e disse: “Cara, escuta essa banda! Você vai amar!”. Pronto, escutei uns trechos e larguei o cd do Xentrix na prateleira. Daí nunca mais parei. Quis fazer um site sobre eles porquê, além de eu ter amado o som da banda e ido atrás de tudo deles, na época era bacana ter sites de bandas, hoje em dia o pessoal fica mais em facebook e mídias sociais, e também queria ser diferente de todos, já que era só Metallica, Iron Maiden e afins. Assim, nascia em 1997 apenas um embrião que viria a se tornar algo maior no futuro.  A página anteriormente se chamava “Horror Page” (pqp, que merda de nome).

4 – Como colecionador do Iced, quais itens tanto oficiais quanto bootlegs são indispensáveis em sua coleção?
Sem dúvidas “Burnt Offerings” (1995), “Something Wicked This Way Comes” (1998) e o maior ao vivo de todos já gravados, “Alive In Athens” (1999). Bootlegs são só apêndices, nem considero coleção.

5 – Sobre o Iron Maiden, do que você se lembra quando Blaze foi anunciado como novo vocal? Já conhecia o Wolfsbane?
Cara, na época não tinha internet, então foi tudo nas escuras mesmo. Passei algum tempo não botando fé que o Bruce Dickinson tinha saído da MINHA banda, saca? Foi traumático pra caralho pra mim. Quando ele foi anunciado, depois de algum tempo todo mundo queria ouvir algo dele, para saber se caberia no Iron Maiden, mas não tínhamos como conseguir nada do Wolfsbane nem porra nenhuma. Porquê ninguém nem sabia que existia (risos). Foi, como disse, tudo no escuro. Até que um dia ouvi a “Man On The Edge” no rádio do carro e pensei: “Perae, isso é Maiden, mas não conheço essa música!!!”, ai entrou a voz dele e pensei: “Mas que porra é isso???!!!” (risos).
Na hora fiquei sem chão, tinha mudado COMPLETAMENTE, mas eu lá no fundo tinha gostado e MUITO daquela sonoridade e daquela voz mais grave. Fiquei mais animado.
Não, não conhecia Wolsfsbane, e sinceramente, na época resolvi de NÃO ir atrás de nada para não me decepcionar com o que viria, portanto, só comprei as coisas depois de algum tempo que o “The X Factor” (1995) saiu e gostei muito.

6 - Quando ouviu o The X-Factor, qual a sensação? O que pensa do disco, atualmente?
Então, ao ouvir ele por inteiro eu continuei sem chão, mas era uma sensação agradável e ao mesmo tempo perturbadora por saber que não era o Bruce mais, que não tínhamos mais aqueles agudos de sirene ou aqueles esganiçados do “No Prayer For The Dying” (1990) e “Fear Of The Dark” (1992), que eu adoro. Mas, no fundo, era inegável que o álbum tinha um potencial enorme e se tornaria um clássico SIM. Xiitas, fodam-se, ok? (risos).

7 – Você acredita que a banda deveria ter se adaptado ao tom de voz de Blaze, baixando a afinação das músicas, como o Judas Priest fez com Ripper Owens?
Difícil responder essa, já que sou um grande fã da fase Ripper no Judas Priest, e adorei a sonoridade mais pesada que eles abordaram. Mas, respondendo sua pergunta, achei o “The X Factor” perfeito, tanto e sonoridade, conceito e vocais. Um puta disco! E vou mais além, “Virtual XI” também é um excelente disco, se fosse editada todas as partes massacrantes de repetições nas letras e trechos de teclados NOJENTOS em “The Angel & The Gambler”, só para citar uma (risos). Eu realmente gostei das sonoridades abordadas, mesmo achando que em termos de composição não mudaram muito.

8 – Após o Virtual XI, Blaze já tinha algumas idéias de novas músicas. Acredita que se houvesse um terceiro álbum com Blaze, levando em conta que o Brave New World tem faixas que foram sobras do Virtual, e que o Silicon Messiah tem composições que seriam para um terceiro álbum da donzela, poderia ser um bom disco?
A banda estava passando por maus bocados em 1998/1999, então acho que na cabeça do titio Harris, algo teria que ser feito e o fim daquela fase estava próximo. Acredito que a melhor coisa foi feita. Sobre se sairia algo bom para um terceiro disco, acredito que sim, porque em termos de composição não tinha problema nenhum. Mas, sinceramente, ainda bem que terminou como terminou. “Silicon Messiah” (2000) e “The Tenth Dimension” (2002) foram as coisas mais lindas que o Blaze já fez em toda sua carreira, e o Maiden lançou o “Brave New World” (2000), que é um puta disco (mas parou por ai hehehehe, só melhorando em “The Book Of Souls” recentemente). Que venham as pedras (risos).

9 – O que acha da carreira solo de Blaze? Qual o disco, em sua opinião, que melhor representa o trabalho dele pós Maiden? E qual seria aquele que você acha descartável?
Acho ótima, mas nesse quesito eu me acho meio “tr00zão”, por que eu AMO os dois primeiros álbuns solo e o ao vivo “As Live As It Gets” (2003), e para mim são somente esses os melhores discos dele. Não que os outros sejam ruins, são bons demais, mas foram nesses dois primeiros e com a formação clássica que eles me conquistaram. Aquela pegada bem pesada, produção de Andy Sneap, com rifferama beirando o Power/Thrash... sensacional! Hoje, infelizmente, é só OK para mim.

Os editores da Seventh Page

10 – Quais itens de sua coleção, relacionados ao Maiden e à Blaze que você destacaria?
Vou citar só com o Blaze, já que essa entrevista é para o site dele aqui no Brasil (risos).
Creio que os singles da fase Blaze são, hoje em dia, bem difíceis de se conseguir, então fico com eles e com o cd “The X Factor” japonês duplo, e alguns cds promos. Hoje em dia já não sou mais um grande colecionador de Iron Maiden, me atento somente ao básico da discografia (álbuns, singles, eps e dvds). Depois que li os livros de colecionadores, “Maiden Companion”, me frustrei ao saber que jamais teria tudo (risos).

11 - Obrigado pela atenção Johnny. Um grande abraço e deixe por aqui sua mensagem aos leitores da Blaze Bayley Brazil!
Valeu pelo convite, e me desculpe pelo atraso. Você sabe o quanto eu corro atrás do Metal Na Lata (meu novo veículo de imprensa, após eu ter saído da revista Roadie Crew), meu serviço, páginas, família e etc (risos). Continuem prestigiando o Blaze, porque ele é uma grande pessoa, um cara dedicado e realmente AMA o que faz e AMA seus fãs! Nunca o vi de cara fechada ao atender os fãs, e é nítido a enorme satisfação que ele tem ao cumprimentar-nos. Isso não tem preço. Sorte a todos nós e, mais uma vez, não se importem com que o que terceiros dizem ou defequem pela boca, sejam autênticos, lutem pelos seus ideias e não tenham vergonha nem medo de serem felizes... no Metal idem!

Acessem o Metal na Lata.


 

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Divulgadas as primeiras datas da turnê 2017


Pouco tempo depois de divulgar informações referentes ao seu novo álbum, Blaze Bayley anunciou hoje (02/11) as primeiras datas de sua turnê em 2017. Nada mais nada menos que 55 datas foram marcadas nesse primeiro momento, havendo a chance desse número aumentar. 

FEVEREIRO
11 MT, Gzira, The Orpheum
18 UK, Ballymena, Diamond Rock
25  UK, Wolverhampton, Vinyl & Vintage (acustico)
25 UK, Bewdley, Cock & Magpie (acustico)

MARÇO
1 UK, Glasgow, Ivory Blacks
2 UK, Newcastle, Trillians
3 UK, Grimsby, Yardbirds Rock Club
4 UK, Manchester, Sound Control
5 UK, Birmingham, Roadhouse
9 UK, Cardiff, Fuel
10 BE, Verviers, Spirit of 66
11 FR, Paris, Le Petit Bain
12 BE, Deinze, Café Elpee
18 FR, Luynes, Le Korigan
22 ES, Madrid, Club Moby Dick
23 ES, Lleida, Café Del Teatre
24 ES, Valencia, Sala Fussion
25 ES, Irun, Tunk
26 ES, Zaragoza, King Kong
30 IT, Vercelli, Officine Sonore
31 CH, Saint-Maurice, Manoir Pub

ABRIL
1 FR, Nancy (Pagney D-B), Chez Paulette
7 FR, Grenoble, L’Amperage
8 FR, Clermont-Ferrand (Mozac), Salle De L’Arlequin
13 DE, Krefeld, Kulturampe
14 NL, Leiden, Gebr De Nobel
15 DE, Grossefehn, Schlappohr Rockkneipe
16 NL, Helmond, Muziekcafe
20 DE, Hamburg, Bambi Galore
21 DE, Siegen, Vortex
22 DE, Balingen, Sonnenkeller
23 DE, Konstanz Rockbar
26 SI, Ljublijana, Orto Bar
27 AT, Vienna, Viper Room
28 SK, Bratislava, Rock Café
29 CZ, Brno, Melodka
30 Czech, Pilsen, Cerokovka

MAIO
4 PL, Wroclaw, Liverpool Klub
5 PL, Tychy, Underground
6 PL, Stalowa Wola, Labirynt Club
7 PL, Olsztyn, Nowy Andergrant
9 LT, Kaunas, Klubas Lemmy
10 LV, Riga, Nabaklab
11 EE, Tallinn, The Tapper
12 FI, Helsinki, On The Rocks
13 FI, Mikkeli, Kulttuuritalo Tempo
19 FI, Lappeenranta, Mobar
20 FI, Mantyharju, Bar Krouvi
21 FI, Mantyharju, Bar Krouvi (acustico)
26 NO, Fosser, Oak Metal Club
27 SE, Falkenberg, Downtown

JULHO
27 HU, Budapest, venue to be advised
28 RS, Belgrade, Club Fest
29 BA, Sarajevo, Cinemas Sloga

AGOSTO
5 UK, Oxford, Oxrox Alive

Anunciado oficialmente o novo álbum de Blaze Bayley

 
Blaze Bayley anunciou através de sua fã page oficial os detalhes preliminares de seu novo trabalho, e dessa maneira, pegando muitos fãs de surpresa. "Album 9" é o sucessor de "Infinite Entanglement", bem como parte de uma trilogia e como o vocalista já falou anteriormente, trata-se de um trabalho conceitual abordando a mesma história de seu antecessor.

E as pré vendas já começaram através desse link. Inicialmente aberta aos membros do fã clube, as primeiras cópias darão direito a alguns brindes interessantes, como cópias autografadas pelo próprio Blaze, participar de um grupo fechado no facebook, o nome impresso no encarte, oportunidade de conversar via Skype com o vocalista dentre outras.

A previsão de lançamento é no dia 3 de março de 2017.

domingo, 4 de setembro de 2016

Phillips Monsters Of Rock – 1996 - 20 anos




Por Val Oliveira
No dia 24 de agosto de 1996 o Iron Maiden retornava pela terceira vez ao Brasil, sendo a primeira vez com Blaze Bayley nos vocais. Na sequência, após o show no Phillips Monsters Of Rock, em São Paulo, ainda seriam feitos shows em Curitiba (25 de agosto) e no Rio de Janeiro (26 de agosto). 

No dia 24 de agosto, o evento, realizado no estádio do Pacaembu, ainda contou com Héroes del Silencio, Mercyful Fate, King Diamond, Helloween, Raimundos, Biohazard, Motörhead e Skid Row.

O Iron Maiden estava nas ultimas datas da X-Factour, que tinha começado em 1995, com o lançamento do The X-Factor, com um ano de atraso, devido ao acidente de moto que tinha ocorrido com Blaze.


Como praticamente a internet no Brasil estava começando a passos de tartaruga, as poucas informações que chegavam para os fãs brasileiros eram através de publicações impressas, no caso a Rock Brigade. Existiam outras revistas dedicadas ao gênero na época, mas que não tinham a mesma seriedade, chegando algumas a copiar matérias de revistas como a Kerrang, RockHard, Metal Hammer entre outras e não darem crédito, e muitas vezes publicando como se fosse de autoria própria. 

Dessa forma, aos poucos foram chegando reviews dos shows da donzela de ferro, e as resenhas se dividiam em relação ao novo vocalista e seu desempenho ao vivo. A esse fato, devemos falar que existem vídeos que comprovam que Blaze estava em forma, cantando bem e agitando no inicio da tour, mas como ele nunca tinha feito longas tours com o Wolfsbane sua voz e performance foi se deteriorando ao vivo ao longo das datas. 

Lógico que sua voz e desempenho não eram uma unanimidade, e geraram fortes críticas, inclusive a Kerrang fez reviews que enfureceram Steve Harris, e o fizeram invadir a redação para tirar satisfações. A essas críticas, a banda, ainda em 1996, compôs e lançou a inédita “Vírus”, que fazia parte de sua primeira coletânea - Best of the Beast – e lançada com single em diferentes versões.

Iron Maiden no Brasil!

Lógico que os fãs brasileiros estavam ansiosos para ver novamente a banda, mas com uma pulga atrás da orelha em relação ao novo vocalista. 

Aos poucos fomos tendo acesso a bootlegs onde podia-se conferir a sua voz ao vivo. Alguns bootlegs se tornaram populares como o “The Eternal Flame” e o “Sentrum”. A picareta revista Metalhead publicou não só o tour book, onde apagaram digitalmente o logo da Rock Brigade estampado na camisa de Dave Murray, mas diversos posters e revistas especiais com a nova formação. 

A Rock Brigade publicava resenhas dos shows que aconteciam no exterior e deixavam todos ansiosos para a apresentação no Brasil. Quem não pode ir aos shows, se contentou em assistir pela rede CNT, a apresentação de São Paulo, que foi dividida em dois dias de apresentação na TV, semanas depois.

Os comentários e opiniões se dividiram ainda mais, alguns aprovaram, outros odiaram o novo vocalista, e clamavam pela volta de Bruce Dickinson.

Assista o show, com imagens da CNT:



Abaixo colocamos alguns depoimentos que colhemos na nossa página do facebook, agradecendo de antemão a todos que colaboraram:

Thiago J Baeza: Galera, eu fui no estadio do Pacaembu em 1996 ver o Maiden com o Blaze, infelizmente não tenho fotos pois entrar com câmeras na época era muito complicado. Me lembro muito bem que era obrigado a acompanhar a MTV ( Furia Metal ex-programa do Gastão) para ter um pouco de informação sobre o Maiden, pois internet não era como hoje, apenas as BBS e não tinha tanta rapidez na divulgação, éramos obrigados a esperar a 89FM para escutar Man on The Edge... Lembro que esse show ocorreu no Philips Monsters Of Rock, eu pirando assistindo Motorhead e quando o Skid Row subiu ao palco eu estava próximo da grade junto de mais algumas pessoas viramos de costas para o Sebastian Bach e começamos a jogar coisas no palco para que acabasse o show mais rápido. Queríamos ver o novo Maiden... O show foi sensacional, mesmo na entrada do estádio onde tinha algumas pessoas com faixas e uma cara com um mega fone gritando "vamos vaiar o Blaze Bayley, queremos o Bruce devolta", coisa que eu nunca concordei porque o X Factor é uma obra prima.... O show foi sensacional, isso pode se ver pela própria transmissão da extinta TV Gazeta depois CNT, e quando o Maiden tocou 2 minutes to Midnight, era no meu relógio 23:58 hahahaha foi insano isso e até hoje o Blaze se recorda disso... Esse foi um show que nunca vou me esquecer e a volta pra casa foi bem legal, voltamos em uma galera a pé...  Foi inesquecível.....

Eduardo Greco: Eu tenho o VHS desse show, que foi transmitido pela CNT mesmo. Lembro também que foi a primeira passagem do Helloween por aqui e foi um sucesso.
Eu ia nesse show, mas era novo, tinha 14 anos e Mamãe não deixou, Huahuahua
Foda!!
Acabei indo em Campinas na Virtual XI Tour, e vocês sabem o quê aconteceu, outra decepção.
Mas consegui finalmente ver o Maiden no maior e melhor show que presenciei deles em toda a minha vida, no Rock In Rio de 2001, e olha que de de lá pra cá, acompanhei todas as turnês no Brasil, indo não só em São Paulo, mas Rio também.

Veronica Bessa: Me lembro muito bem! Meu primeiro show do Iron eu então com 15 anos tive que tirar nota 9 na prova de matemática pro meu pai poder me liberar pra esse show!! Foi emocionante, apesar de Blaze que é muito bom vocalista e segurou o nível muito bem... "Man in the Edge" foi o ápice... Mas confesso que pra mim faltou a cereja do meu sundae ... Bruce é a alma... A estrutura do Pacaembu precaríssima, banheiro feminino nem se fala... Não se compara com o show de 20 anos depois no Allianz Park... Mas enfim, não esqueço nunca quando olhei pro relógio aquela noite e faltavam exatamente dois minutos pra meia noite e essa memorável música começou a ecoar no Paca... Aquela menina de 15 anos foi às lágrimas...



Ricardo Alves: Eu lembro como se fosse ontem... era muita expectativa em torno do "novo vocalista" do Maiden. Não tínhamos fontes de comunicação para saber como seria o palco, set list... era tudo surpresa mesmo. Eu tinha 19 anos, e como não tinha grana, tive que vender um walkman Sony que eu tive pra poder comprar um ingresso pra pista. Cheguei às 8 da manhã no estádio, sendo que os portões só abriam meio dia se não me engano. Na hora do show da Donzela estava bem próximo do palco.

Franco Melo: Outra lembrança desde festival foi a fivelada que o Sebastian Bach tornou na testa! Kkkkk...Tocar entre o Motorhead e o Maiden e ainda se parecer com uma boneca é foda! Não tocaram nem meia hora. Anos depois ele confessou sofrer de depressão e quase parou de cantar...
Camisa do show! Mandei recortar as estampas e costurar numa camisa nova. Melhor lembrança que ficou...

 


Anderson Teles Barreto: Só de falar dá até arrepios neste dia, para conhecer o novo vocalista do Iron a expectativa era gigantesca, apesar da voz de Blaze as vezes ficar oculta com o instrumental do Iron, foi fantástico.

Caio Sandoli: Eu fui. Monsters of Rock de 96 no Pacaembú. Foi meu primeiro show do Iron na minha vida e claro que foi muito bom, mas gostaria de ressaltar que o festival todo foi irado. Do lado de fora, na praça Charles Muller, tinham uns metaleiros muito loucos se jogando nas ribanceiras que rodeiam a praça. Os caras caíam rolando o barranco e se sujando todo na lama e a galera na fila pra entrar delirava. Kkkkkkkkkk.

André Luis Cardoso Rodrigues: Eu fui... O festival foi maravilhoso.... Raimundos fez um dos melhores shows de sua carreira... o Skid Row terminou o show antes pois a galera começou a xingar o Sebastian... Helloween fez um show fantástico... Motorhead sensacional... o show do Maiden começou meia a noite lembro como se fosse hoje.... foi o primeiro show sem o Bruce.... bom eu gosto do X Factor... acho as musicas boas o instrumental fantástico e o Blaze mandando bem nas musicas.... o publico recebeu muito bem o Blaze e ele estava animado.... as musicas que o Bruce cantava não tem como comparar... me deu choque escutando ele cantar mais pelo amor que tenho ao Bruce mais de maneira nenhuma julgo o Blaze.... creio que fez um ótimo álbum, o Virtual XI e um album ruim... Mas tem The Clasman que um clássico... bom o show foi ótimo... Depois assisti mais duas vezes em 1998... uma em Sao Paulo e o ultimo show do Blaze na Argentina... bons shows... digo bom pois depois assisti no dia 19 de Janeiro de 2001 o maior show que assisti na minha vida... Iron Maiden Rock in Rio.... mas resumindo, foi um festival maravilhoso... Com preço que da saudade e Bandas perfeitas para o Monsters...

 
Jailton da Mota: Na época do Monsters 2015, a Mercury concerts e o fotografo Marcelo Rossi postaram um flicker com várias fotos das edições dos Monsters, inclusive da edição 96 onde a maioria não foi publicada em nenhuma revista-jornal da época e a net por aqui sequer existia. Fiz uns prints pra guardar de recordação e ajustei no tamanho e corte em jpeg para um álbum pessoal agora na data dos 20 anos do evento, mas com todo lance de direitos autorais nem sei se tem como repassar aqui.
De registros do show, temos as duas transmissões da CNT-Gazeta com cerca de 3 horas do festival e 73 minutos do set do Maiden. A versão exibida pela primeira vez, incluia um trecho do refrão da Man on the Edge nos créditos ao final da primeira parte e na reprise cortaram por algumas imagens da banda agradecendo o público após o final do show. Tinha isso gravado na época de acervo pessoal mas a burrice fez com que gravasse em EP-SLP com qualidade meia boca e depois nas cópias compradas ou disponibilizadas pela net, só aparecem versões sem esse trecho. De gravações audience, temos duas versões do show completo gravadas das cadeiras azuis do Pacaembu (lado esquerdo do palco), uma mais lateral e outra mais longe filmando o palco inteiro. Postaram essas duas versões no youtube esses tempos, mas com qualidade inferior aos VHS originais. Uma das versões possui um pequeno corte entre o finalzinho de 2 Minutes e o primeiro refrão de Sancturary e inclui a queima de fogos antes do bis com a The Number. Incrível perceber como o som ambiente audience daquela época (20 anos) gravado sem HD num filmadora JVC nem se compara a qualidade de som dos shows do Maiden pos-2004. O som era nítido e perfeito (talvez a acústica do Pacaembu ajude e em 98 no tosco Anhembi tb estava ótimo apesar da chuva). Creio que apenas no RIR 2001 vi um som do Maiden com a mesma qualidade do show de 96 até os dias de hoje.
Em áudio, existe um bootleg da antiga gravadora italiana KTS com o registro soundboard (e até hoje não faço idéia como eles arrumaram essa gravação) com 13 faixas e a qualidade de som perfeita (algumas falhas na equalização da guitar do Janick), pena que cortaram alguns pedaços de algumas faixas para as 13 faixas couberem nos 70 minutos do cd (deveriam ter lançado em cd duplo).
Sobre o show em si e algumas lendas: O Maiden NÃO entrou no palco as 23:58 horas como muitos dizem (e saiu em algumas revistas na época),a banda subiu ao palco por volta das 00:20, o Blaze errou o tempo na segunda estrofe de Afriad to shoot strangers - cantando antes do instrumental - trocou parte do 2º verso da Lord of the Flies na primeira parte e no geral não teve nenhum outro "erro" gritante. Obviamente a performance em faixas como Trooper, The Evil, Hallowed todos tem suas conclusões. Comparado a outros shows da turnê ele falou menos com a platéia ou durante as faixas (ele mesmo havia postado algum tempo atrás como estava impressionado cantando em frente ao Pacaembu lotado), o Harris afirma na biografia oficial como esse show foi marcante por todo processo que a banda passava na época (entre a saída do Bruce, divorcio, escolher outro vocal, a cena metal em baixa, a banda tocando em pequenos clubes apenas para os fãs etc), o Motorhead NÃO tocou duas horas, fez um set de cerca de 80 minutos (deixou algumas faixas de fora pois atrasou a entrada no palco), o Skid Row tocou cerca de 45 ou 50 minutos (previstos cerca de 90), o Raimundos realmente roubou a cena pois praticamente todo mundo mesmo quem não gostasse conhecia alguma música (o Sepultura era pra ter sido a atração nacional, mas como o Roots "bombou" na gringa a banda não tinha agenda para agosto, vindo apenas em novembro com shows próprios), o Helloween fez na minha opinião o melhor shows no país até hoje, apesar do set curto e quem diria, de bônus ainda tivemos a chance de ver o lendário Mercyfull Fate com o King Diamond solo e embora descolado no cast, o show do Biohazard também animando muita gente (uma banda que nunca fui fã, mas empolga ao vivo).

Franco Melo: Fui nesse festival Monsters of Rock de 1996, com bate-e-volta e tudo! Muitas lembranças! Lembro de uma moça que tentou entar com uma garrafa de Gatorade de vidro (na época vendia) e ao ser impedida, ao invés de tomar, ela jogou a garrafa no chão e foi carregada aos gritos pra fora do estádio! Hilário! Pagou a não vou o show! Quanto ao Blaze, a minha expectativa era grande, pois gostava do X-Factor, que era diferente de tudo o que o Maiden já gravou, denso, profundo. Ele mandou bem nas músicas novas que gravou, mas as músicas do Bruce e do Paul não ficaram boas e nunca ficariam, né? Mas sou fã do cara também e fui no show em BH, tirei fotos, autografou os encartes dos CDs e quase tomei umas cervejas com ele...hehehehehe.


Disponibilizamos, em boa resolução, matérias da época, do inicio da X-Factour, e após o show do Monsters (Clique para ampliar).

Revista Dynamite 19 de outubro de 1995:

Coleção Metalhead 11 - 1995:
 


Rock Brigade 114 - janeiro de 1996:


Rock Brigade 120 parte 1 - julho 1996:



 Rock Brigade 120 parte 2 - julho 1996:




Rock Brigade 122 - parte 1 - Setembro 1996:

Rock Brigade 122 - parte 2 - Setembro 1996:

 Rock Brigade 122 - parte 3 - Setembro 1996

 Revista Metalhead 14 - 1996:


 Rock Brigade 123 - Outubro 1996:





Agradecemos a todos que participaram e contribuíram para está matéria.


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