segunda-feira, 31 de dezembro de 2018
Confira datas de tour pelo Brasil em 2019
Blaze Bayley trás ao país sua The Repemption of William Black Latin American Tour 2018.
Confira abaixo as datas:
sexta-feira, 14 de dezembro de 2018
Blaze Bayley – “December Wind” (2018)
Nota: 7,0
Resenhar qualquer material do Blaze Bayley é para mim uma missão complexa, já que para quem me conhece, sabe que tenho uma profunda admiração e respeito pelo eterno ex-Iron Maiden. Goste ou não de Blaze não dá pra negar que o cara é daqueles que amam a música e respeita seus fãs como poucos artistas de nome o fazem.
Há uns anos atrás, tive a oportunidade de conhecer e conversar com ele pessoalmente e pude perceber que o cara tem uma história de vida realmente complexa, o que me fez admirá-lo ainda mais.
Após sua saída da Donzela de Ferro, ocorrida no final dos anos 90, Blaze começou a se dedicar a uma interessante carreira solo, com 9 álbuns de estúdio lançados, inclusive o primeiro deles, o fantástico “Silicon Messiah” (2000), é até hoje muito saudado até pelos mais ardorosos fãs de Iron Maiden.
Depois de altos e baixos na carreira, mudanças de formações, debandadas gerais de músicos por duas vezes, fiascos, depressão, tragédias e etc, Blaze hoje se reergueu gravando a ótima trilogia de álbuns, “Infinite Entanglement” (2016), “Endure and Survive” (2017) e “The Redemption of William Black” (2018), com uma excepcional banda de apoio. Mas até isso ocorrer, Blaze firmou parceria com Thomas Zwijsen, um músico erudito e clássico que se aprofundou em violões de corda, e registrou alguns trabalhos de forma acústica, sendo o primeiro deles o “Russian Holiday” (2013), contendo versões intimistas de faixas do Iron Maiden. Cinco anos depois, a união voltou a acontecer e, com isso, “December Wind” veio à tona contendo 8 novas faixas e como bônus, as 5 faixas de “Russian Holiday”. Inclusive a violinista Anne Bakker, que também fazia parte do projeto original, completa a formação neste lançamento.
Das 13 faixas no total, são 7 novas faixas, 4 releituras da carreira solo de Blaze Bayley, e dois covers do Iron Maiden, sendo “2 am” e “Sign of the Cross”. Algumas dessas faixas, como “We Fell from the Sky” (com uma ótima atuação de Bakker) e “Soundtrack of My Life” (Blaze matou a pau nessa faixa), ficaram bastante interessantes nessas versões ‘desplugadas’, e outras como “Love Will Conquer All” e “Miracle on the Hudson” poderiam ser melhor aproveitadas em um álbum regular, já que Blaze conseguiu criar ótimas linhas vocais.
Em suma, “December Wind” poderia ser um excepcional trabalho de estúdio. Indicado apenas aos fãs que curtem a proposta acústica, que admiram o vocalista britânico e que querem ter tudo que o cara lançar. Eu pessoalmente, fico a trilogia citada acima que é puro Heavy Metal, o estilo que consagrou Blaze. Se diversão foi a proposta, o trabalho foi bem executado, mas que Blaze fica melhor soltando a voz contando com o apoio de uma banda de verdade, isso é praticamente indiscutível.
Mauro Antunes
Publicado originalmente no Metal na Lata
domingo, 9 de dezembro de 2018
"Os álbuns com Blaze Bayley são incrivelmente bons", declara Steve Harris
Steve Harris recentemente participou do podcast “Talk Is Jericho” comandado por Chris Jericho. E um dos pontos mais notáveis foi quando o líder do Iron Maiden falou um pouco sobre a era Blaze Bayley .
Após Chris declarar que “The X Factor” está entre seus álbuns favoritos, Steve acrescentou: “Eu realmente gosto daquele álbum. É muito pessoal para mim. Lembro-me de dizer na época que os álbuns que fizemos com Blaze, que as pessoas iriam, no futuro, vir a apreciá-los muito mais tarde. E elas estão começando a fazer isso agora. Elas definitivamente estão apreciando-os muito mais agora. São bons álbuns, na minha opinião. São pontos no tempo onde mostram o que nós estávamos passando na época, e eu acho que fizemos algumas coisas realmente muito boas.”
“Eu realmente gosto desse álbum, bem como daquela época”, continuou ele. “Nós estávamos lutando, todos nós, era uma espécie de luta na época, porque todos pensavam que o Heavy Metal estava indo para baixo e tudo isso. E foi, até certo ponto. Mas faz você lutar, faz você mudar e lutar mais. Eu gosto disso. Há um elemento nele, um fogo nele, isso é muito importante. É uma parte importante da nossa carreira. Cada carreira tem altos e baixos. No momento estamos no topo de uma onda, o que é fantástico. Você curte esse sentimento o dia todo, mas você nunca sabe o que está ao virar da esquina, realmente.”
quarta-feira, 17 de outubro de 2018
Blaze Bayley, Udo Dirkschneider, Andre Matos e Doogie White
Quando: 08 de dezembro de 2018
Horário: 21:00
Onde: Bar da Montanha
Endereço: Avenida Laranjeiras, Nº 2601 – Vila Eliza Fumagalli – Limeira/SP
Censura: 18 anos
Onde comprar:
Internet:
Em Limeira: Loja Sintonia
Em Vinhedo: Attitude Headbangers House
Em Americana: Heavy Metal Rock
Informações:
quarta-feira, 5 de setembro de 2018
BLAZE BAYLEY: Show em São Paulo em Janeiro de 2019
LANCIARE COMUNICAÇÃO – Blaze Bayley retorna ao Brasil no início de 2019 e se apresenta no dia 12/01, no Manifesto Bar, em São Paulo (Rua Iguatemi, 36). Além de músicas de sua carreira solo, o vocalista britânico apresentará sucessos de sua fase no Iron Maiden. Os ingressos para essa apresentação já podem ser adquiridos no site da Ticket Brasil (serviço completo abaixo).
Blaze Bayley está divulgando seu nono álbum solo – desde que saiu do Iron Maiden – ‘The Redemption Of William Black (Infinite Entanglement Part III)’, lançado em março desde ano, o terceiro álbum de uma trilogia elogiadíssima que traz ainda ‘Infinite Entanglement’ (2016) e ‘Endure And Survive (Infinite Entanglement Part II)’ (2017).
Com o Iron Maiden, Blaze gravou os discos ‘The X Factor’ (95) e ‘Virtual XI’ (98). Não podemos deixar de citar sua primeira banda, o Wolfsbane, que possui quatro álbuns de estúdio e seis EP’s. A formação da banda de Blaze Bayley traz Chris Appleton (guitarra), Martin McNee (bateria) e Karl Schramm (baixo). A produção do show de São Paulo é de responsabilidade da TC7 Produções.
Serviço: BLAZE BAYELEY EM SÃO PAULO
Data: Sábado, 12 de Janeiro de 2019
Abertura da casa: 18h
Local: Manifesto Bar
Endereço: Rua Iguatemi, 36, Itaim Bibi – São Paulo/SP
Fone: (11) 3168-9595 | WhatsApp (11) 94747-5883
Cartões: Visa, Mastercard, Elo, American Express e Dinners
Débito: Visa Electron, Maestro, Rede Shop
Censura: 16 anos
Acesso a deficientes / ar condicionado
Wi-fi: a casa possui acesso a internet sem fio
Data: Sábado, 12 de Janeiro de 2019
Abertura da casa: 18h
Local: Manifesto Bar
Endereço: Rua Iguatemi, 36, Itaim Bibi – São Paulo/SP
Fone: (11) 3168-9595 | WhatsApp (11) 94747-5883
Cartões: Visa, Mastercard, Elo, American Express e Dinners
Débito: Visa Electron, Maestro, Rede Shop
Censura: 16 anos
Acesso a deficientes / ar condicionado
Wi-fi: a casa possui acesso a internet sem fio
Ingressos:
Pista meia/promo: R$ 90,00
Pista inteira: R$ 180,00
Camarote meia/promo: R$ 140,00
Camarote inteira: R$ 280,00
Pista meia/promo: R$ 90,00
Pista inteira: R$ 180,00
Camarote meia/promo: R$ 140,00
Camarote inteira: R$ 280,00
Mais informações serão divulgadas em breve!
sexta-feira, 10 de agosto de 2018
Thomas Zwijsen lança novo vídeo com Lightning Strikes Twice
O holandês Thomas Zwijsen, famoso por suas versões acústicas de músicas do Iron Maiden, lançou um novo vídeo com participaçao de Blaze Bayley.
Dessa vez a versão foi para a faixa "Lightning Strikes Twice", do álbum Virtual XI. A versão fará parte de um novo cd Nylon Metal.
Confira abaixo o vídeo:
domingo, 29 de julho de 2018
Tales Of The Iron Maiden: "The Clansman" por Val Andrade
terça-feira, 26 de junho de 2018
Blaze Bayley: sentimentos em ver Bruce Dickinson cantando faixas de sua época e músicas mais difíceis de se cantar no Iron Maiden
Em entrevista ao portal Ultimate Guitar, Blaze Bayley revelou como se sente ao ver o Bruce Dickinson interpretando clássicos do Iron Maiden que foram gravados em sua época de frontman da banda. Acompanhe as declarações abaixo:
“Oh, absolutamente honrado. Me senti incrivelmente legal. Um vocalista que é uma lenda, alguém que eu respeito imensamente em um nível profissional, e este grande cantor vai e canta algo que eu escrevi.
A quantidade de confiança que Bruce me deu fazendo isso, e Steve Harris também, dizendo que essas músicas são realmente uma parte do Iron Maiden e elas realmente significam algo como uma parte da história Iron Maiden, me deu uma enorme confiança. E eu acho que a confiança me permitiu lutar através das circunstâncias.
As pessoas que duvidaram de mim e disseram: ‘Oh, você deve fazer outra coisa. Fazer um tributo ou algo assim’… Pessoas que duvidaram de mim eu pensei, ‘minhas músicas, que eu escrevi, minhas idéias, são boas o suficiente para ser um top 10 do Iron Maiden. Minhas músicas eram boas o suficiente, e Bruce Dickinson cantou essas músicas que eu escrevi com o Iron Maiden.
Então não importa o que dizem sobre mim, eu sei que minhas músicas eram boas o suficiente. E não é porque eu não sou bom o suficiente para que eu não chegue a lugar nenhum, é por causa de outras circunstâncias. Então, parte disso é o que me deu a coragem de começar de novo do nada três vezes após terríveis derrotas, perdendo tudo.
Contanto que eu possa continuar escrevendo, e eu sei que minhas idéias quando elas saem são boas o suficiente, eu acho que haverá uma chance e eu tenho muita, muita sorte que agora com ‘Rendemption of William Black’ parece que as coisas estão mudando e há mais pessoas que me amam e que me odeiam.”
Aproveitando a conversa, Blaze também revelou qual foi a música mais difícil de cantar no Iron Maiden e quais eram suas favoritas:
“Tecnicamente falando, a mais difícil posso dizer que foi a ‘Heaven Can Wait’. Tem um versículo nela muito desafiador. É um monte de palavras que precisam caber ritmicamente.
Uma das grandes coisas sobre essa música tão difícil como ela é, é que ela me ensinou esta lição maravilhosa sobre fraseados. E eu tenho sido capaz de tomar essa lição e usá-la no meu trabalho desde então.
Então, quando eu penso em ‘Heaven Can Wait’, há uma relação direta entre aprender a cantar essa canção e a ‘Infinite Entanglement’.
Há uma relação direta porque o fraseado em ‘Infinite Entanglement’ eu aprendi a fazer esse tipo de fraseado e como colocar as letras e criar uma melodia como essa por causa da maneira de cantar essas músicas com Iron Maiden.
E eu acho que as minhas favoritas eram ‘The Trooper’, ‘Fear Of The Dark’ e ‘Hallowed Be Thy Name’.
Posso dizer que ‘The Number Of The Beast’ era um verdadeiro desafio. Parece simples, mas para mim, foi uma canção muito desafiadora para cantar ao vivo. Para encontrar os tempos certos, onde eu controlaria minha respiração em cada parte. Essa foi uma canção muito desafiadora”.
terça-feira, 19 de junho de 2018
Blaze Bayley: "Paul Dianno tem uma voz bem melhor hoje do que nos tempos de Iron Maiden"
Em recente entrevista ao portal Ultimate Guitar, Blaze Bayley falou sobre o trabalho de outro ex vocalista da banda, Paul Di'Anno. Bayley revelou não ser tão fã dos vocais de Di'Anno nos áureos tempos dele no Iron Maiden e deixou bem claro que prefere o trabalho dele após ter deixado a banda.
Questionado sobre qual fase do Iron Maiden prefere: com Paul Di'Anno ou Bruce Dickinson, Blaze foi bem direto: "Definitivamente, a era Bruce. Gosto de 'Wrathchild' como música, mas gosto da versão com Bruce ao vivo, e foi a que aprendi. Não aprendi nenhuma versão de Paul Di'Anno. Quando me preparei para as audições, só ouvi as versões ao vivo de Bruce, porque eu amava a voz dele", afirmou.
Bayley destacou ainda que Paul "tem uma excelente voz em vários sentidos", mas que não gosta do estilo vocal dele nas antigas gravações do Iron Maiden. "Sinto que prefiro o que Paul faz agora, o seu estilo de voz atual. Para mim, em minha opinião, ele é um cantor muito melhor agora do que antes".
domingo, 6 de maio de 2018
BLAZE BAYLEY: O IRON MAIDEN PODERIA TÊ-LO AJUDADO DURANTE SUA PASSAGEM?
Por Bruno Rocha
É ponto pacífico entre todos aqueles que conhecem a história do Iron Maiden que a passagem de Blaze Bayley por lá foi no mínimo controversa. Certo, todo mundo já sabe, mas não custa nada lembrar: as performances ao vivo de Blaze com o Iron Maiden deixavam a desejar principalmente quando chegava a hora de ele cantar as músicas registradas originalmente por Bruce Dickinson. Blaze, notoriamente um cantor reconhecido por seus vocais graves e pesados, tinha bastante dificuldade de alcançar os tons altos que Bruce alcançava facilmente e que sempre foram uma das marcas registradas do Iron Maiden.
Eis o motivo pelo qual Blaze Bayley é até hoje escrachado por boa parte daqueles que conhecem o Iron Maiden. Blaze, barítono, não conseguia cantar tão alto quanto o tenor Bruce Dickinson. Até aí, tudo normal. São dois cantores de estilos distintos. Mas o problema reside no fato de Bruce ser endeusado por boa parte dos “fãs” da Donzela. De modo que, se um cantor tem dificuldade de reproduzir o que Bruce fazia, ele é logo taxado como péssimo ou limitado.
Outro motivo de Blaze Bayley ser até hoje um cantor incompreendido é o seu timbre de voz em si. Não existe nenhum cantor de Metal no mundo que tenha uma voz parecida com a de Blaze, pesada, grave e raivosa. Mas esse é um mal que aflige todos aqueles que possuem um timbre de voz único, daqueles que você “ama ou odeia”. Quer mais exemplos: Derrick Green completa este ano duas décadas a frente do Sepultura aguentado críticas e mais críticas muito por conta de sua voz. James LaBrie, do Dream Theater, é outro cantor de Metal que possui uma voz única. Talvez essa seja o motivo de ele ser tão rejeitado por quem curte Dream Theater (muitos até defendem que a banda de John Petrucci deveria ser estritamente instrumental). Nem mesmo King Diamond consegue se esquivar deste fato e muitos até hoje não o compreendem por causa de seu timbre agudo e fantasmagórico.
Voltando a Blaze Bayley. Então por que diabos ele foi cantar no Iron Maiden mesmo sabendo que ele era “limitado”, tendo em vista ter que substituir ninguém menos que Bruce Dickinson?
Em primeiro lugar, Blaze não ingressou no Iron Maiden a força ou lançando mão de ameaças. Simplesmente surgiu a vaga de emprego e Blaze enviou seu currículo para a empresa. Quem é o cantor de Metal que não sonha em, pelo menos um dia, cantar no Maiden? Pois bem. O dono da empresa viu seu currículo (ouviu seu tape), se agradou e contratou o candidato, com o aval de seus sócios, Nicko, Dave e Janick. Quais as intenções que Harris tinha em mente em trazer Blaze para o Maiden, somente ele pode responder. Cabe lembrar que Steve tinha a opção de escolher um cantor que poderia facilmente alcançar tons altos e cantar as músicas gravadas por Bruce. Doogie White e André Matos estavam a disposição. Ele preferiu escolher o oposto.
X-Factour - 10 de novembro de 1995, Brixton Academy.
Quanto aos álbuns gravados por Blaze, as discussões se acalmam um pouco, principalmente quando se trata de The X Factor. Este álbum traz uma carga soturna mais nunca antes vista em um álbum do Iron Maiden. Alguns se referem a The X Factor como o álbum mais Doom da Donzela. A voz estranha e grave de Blaze se encaixou bem na proposta densa e depressiva do álbum. Quando chegamos em Virtual XI, a análise é outra. Este é, de fato, um dos álbuns mais sem inspiração do Maiden, apesar de ter vários bons momentos, e a culpa disso não pode ser jogada somente em Blaze. Será que foi dele a ideia de repetir o refrão de The Angel And The Gambler quase 30 vezes?
Voltando a performance de Blaze ao vivo: o que a banda poderia ter feito para ajudar Blaze a ter um rendimento melhor:
Solução natural: baixar os tons das músicas. Não faria mal nenhum. Judas Priest, só para citar um exemplo, faz isso hoje e todo mundo sai ganhando: Rob Halford canta muito bem e confortavelmente e as músicas soam mais pesadas sem perder suas características originais. Os tons originais das músicas gravadas por Bruce se encontram no limite que Blaze poderia alcançar com seu esforço. Ter baixado meio tom ou um tom em cada música antiga poderia ter mudado para sempre várias impressões sobre Blaze ao vivo. E de bônus, as músicas soariam ainda mais pesadas, um problema que anda de mãos dadas com o Iron Maiden principalmente dos anos 2000 para cá.
Mas não! Blaze tinha que cantar nos tons originais! Por que, Steve? Será que a banda não tinha ideia que Blaze teria muita dificuldade em cantar na altura de Bruce? E que isso influenciaria na performance da banda como um todo? Será que os climas das músicas mudariam? Ou Steve não queria passar a impressão de que a banda estava envelhecendo, forçando Blaze a cantar nos tons originais?
O mais intrigante é que Blaze, que precisava desta ajuda por parte da banda, não a conseguiu e tinha que se esforçar, com o risco de prejudicar sua voz para o futuro, para alcançar os tons altos. Mas para Bruce, que nunca precisou de uma ajuda do tipo, a banda resolveu baixar o tom de Lord Of The Flies para que ele pudesse cantar confortavelmente.
A BANDA BAIXOU O TOM DE UMA MÚSICA DO BLAZE PARA BRUCE CANTAR?
Sim! Lord Of The Flies foi gravada originalmente em “F#m” (Fá sustenido menor), mas Bruce a cantava ao vivo em “Em” (Mi menor), um tom abaixo. Mas claro que o motivo não era que Bruce não conseguiria cantar no tom de Blaze. A música ficou bem mais baixa, mas Bruce cantava uma oitava acima. Traduzindo: bem mais alto, ao seu estilo. Ok, a música em questão ganhou um novo clima e ficou perfeita ao vivo na voz de Bruce, vide sua performance no Live/DVD Death On The Road. Mas isso foi um luxo concedido a Bruce Bruce, que não necessitava disso. O caso de Blaze era mais sério e necessário, e a ele não foi concedida a benesse de poder cantar em regiões mais confortáveis. Vai entender...
Ah, e se você reclama que Blaze errava as letras das músicas antigas ao vivo, Bruce também errava a letra de Lord Of The Flies.
Mas tudo bem. Aconteceu o que aconteceu e já faz quase duas décadas que Blaze foi demitido do Iron Maiden. Apesar dos pesares e de sua passagem contestada, Blaze sempre fala em suas entrevistas da gratidão que deve a Steve Harris pela oportunidade e por ele ser quem é hoje. Faz quase 20 anos que Blaze pode cantar do jeito que quer e da forma que se sente mais confortável. Tanto que seu trabalho-solo é bastante elogiado (por quem o ouve sem estar preso ao estereótipo de “o cara da voz estranha”). De qualquer forma, antes de criticar ou esculhambar um músico ou mesmo qualquer pessoa, cabe a reflexão de analisar as circunstâncias que cercam seu trabalho. Não gosta do Blaze assim mesmo? Ok! Mas isso não implica em condená-lo no Tribunal dos Fãs por conta de seu período no Iron Maiden. Eu o absolvo.
Bruno Rocha é redator e editor-chefe do site Roadie Metal.
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