Uma coisa é, infelizmente, inegável: jamais Blaze Bayley deixará de ser lembrado apenas como um ex-vocalista do Iron Maiden, e ainda por cima da pior fase fase da carreira da banda (apesar do subestimado The X-Factor, de 1995). Mas o "caminhoneiro" há muito tempo vem se arriscando em (bons) trabalhos solos, e agora em 2012 resolveu retomar o seu antigo grupo, o Wolfsbane. Porém, o resultado dessa reunião, o disco "Wolfsbane Save The World", não é algo que mereça maiores atenções.
O repertório aposta numa sonoridade totalmente hard rock, e que muitos momentos remete (bastante) ao Van Halen dos discos com Dave Lee Roth nos vocais. Como destaques, vale citar a bem-humorada "Did It For The Money", a despretensiosa "Who Are You Now", e as boas "Smoke And Red Light", "Everybody's Looking For Something" e "Buy My Pain", sendo que essas duas últimas talvez sejam as que mais se aproximam, ao menos um pouco, do heavy metal propriamente dito. Ainda há também a razoável "Teacher", que pelo menos não compromete muito em termos musicais (apesar do fraco refrão).
Mas de resto, pouca coisa realmente chega a agradar. Músicas como "Blue Sky", "Live Before I Die" e "Child Of The Sun" acabam não convencendo como deveriam, soando completamente monótonas e até mesmo forçadas em certas passagens. Já "Starlight" e "Illusions Of Love" são duas baladas da pior espécie, que parecem ter saído de algum disco de alguma banda farofenta do segundo escalão da década de 80. Como tiveram a coragem para incluir essas duas porcarias no track-list? Não dá pra entender mesmo.
Se for para fazer coisas como essa, é melhor que Blaze continue lançando seus discos sozinho. Wolfsbane Save The World é apenas razoável, e mesmo nas suas melhores músicas não consegue prender a atenção do ouvinte de maneira positiva. Definitivamente há muitos outros discos novos bens melhores por aí (e isso só dentro do meio hard rock/heavy metal).
Nota: 5
Por: Matheus Henrique (Room Service)
