sábado, 10 de fevereiro de 2018

REVIEW: BLAZE BAYLEY – “THE REDEMPTION OF WILLIAM BLACK (INFINITE ENTANGLEMENT PART III)




Nota: 9,5



Que Mr. Blaze Bayley acertou a mão em seus últimos dois álbuns “Infinite Entanglement (Part I) (2016) e “Endure And Survive (Infinite Entanglement Part II)” (2017), isso é um fato, mas o mais interessante e digno de nota é o uso da banda Absolva como suporte em sua carreira. O que esses caras tocam é uma barbaridade! Só engradeceram a carreira de Blaze e ao meu ver essa atual fase não perde em NADA para a banda original de “Silicon Messiah” (2000) e “Tenth Dimension” (2002).



Falando do novo álbum, essa é a terceira e última parte da trilogia “Infinite Entanglement” e meus amigos, o pau come solto já logo na primeira faixa, “Redeemer”, que seu início lembra muito o Megadeth.



Numa produção cristalina e bem na cara como a voz grave de Blaze pede, temos mais um álbum sem frescura e com muita emoção, tanto na interpretação das letras como no instrumental poderoso, pesado e tipicamente Heavy Metal, com algumas inserções de Power Metal aqui e ali. São 11 faixas grandiosas, com climas que variam do apocalíptico ao acústico de forma primorosa.



“Human Eyes”, que começa como uma balada e termina numa cacetada, é impossível de não se emocionar com a interpretação de Blaze, lembrando muito a belíssima interpretação de “The Clansman” em “Virtual XI” (1998).



Notei que, neste álbum especificamente, a profusão dos refrões “grudentos”, daqueles que te fazem cantar logo na primeira audição, estão em praticamente todas as faixas, o que eleva a interação com o ouvinte, e um ótimo um exemplo disso é a faixa “Prayers Of Light”, essa com a participação de Chris Jericho (Fozzy) e Luke Appleton (Iced Earth/Absolva) nos backing vocals!



Outro destaque vai para o peso de “18 Days” e seus riffs/solos tipicamente NWOBHM que farão a alegria de qualquer fã do metal britânico clássico, sem esquecer do dueto vocálico de Liz Owen (cantora e atriz) com Blaze que casou perfeitamente! Ah, falei em peso? Então toma a outra cacetada “The Darkside Of Black” que nos remete a coisas como “Man On The Edge” e “Futureal” facilmente!



Enfim, o som de Blaze amadureceu a um ponto que caminha com suas próprias pernas há décadas, não precisando em nenhum momento de sua ex-banda, e me arrisco a dizer que esses últimos três anos foram e estão sendo os melhores na carreira do cantor, que além de ser um baita músico é um grande ser humano.



Gosta de Heavy Metal bem tocado, pesado, pegajoso, cheio de alma (aqui até mais!!), que explora o melhor dos dois mundos, emoção e adrenalina, com gana e energia? Esse é o seu disco!





Para aqueles que continuam falando asneira de Blaze por conta de sua excelente e honesta passagem no Iron Maiden, sim aceite que dói menos pois a culpa do “fracasso” (eu não acho isso, mas vocês entenderam!) não foi dele, eu tenho uma “péssima” notícia para vocês: MAIS UM DISCO MELHOR DO QUE QUALQUER COISA QUE SUA EX-BANDA LANÇOU APÓS “BRAVE NEW WORLD” (2000). Mais uma vez: aceite que dói menos (risos).



Johnny Z.

Publicado originalmente no site Metal na Lata. 

#BlazeBayley #Absolva #ironmaiden #heavyMetal

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

REVIEW: "The Redemption Of William Black"


No dia 2 de março de 2018, a terceira parte da trilogia de Blaze Bayley será lançada. Curiosamente, "Infinite Entanglement" acabou por ser uma interessante história imersiva de ficção científica e, além disso, tornou-se uma das melhores aventuras do vocalista. Blaze ficou conhecido através de Wolfsbane, e pelo seu período no Iron Maiden. Em uma carreira solo, ele desenvolveu suas marcas dessas bandas. Eu pensei que, após o lançamento de um sucesso como "Promise and Terror", o Blaze não lançaria nada igualmente valioso. Meus medos foram confirmados pelo chato "The King of Metal" e apenas essa trilogia mostrou que o Blaze ainda pode criar um material que pode se misturar no mundo de metal. 

"The Redemption of William Black" é o final de uma trilogia bem sucedida, que é impressionante em termos de nível musical. Não há músicas fracas nesses álbuns e elas são realmente tensas desde o início até o fim. Blaze não só cuidou da parte instrumental, mas também da gravação. Você tem a impressão de que é a prova de que o Blaze em seu 9º álbum mostra o melhor e resume sua carreira. Encontraremos no novo álbum todas as marcas que o Blaze mostrou ao longo dos anos. As primeiras duas partes foram extremamente bem sucedidas e mostram o melhor em termos de heavy metal. Elas eram dinâmicas, enérgicas e muito melodiosas, então o espírito de Iron Maiden estava presente em todos os lugares. A terceira parte de modo algum é inferior à parte anterior, destacando as vantagens conhecidas dos álbuns anteriores. Blaze criou este álbum em colaboração com Chris Appleton, que é conhecido pela banda Absolva. 


"Prayers of Light" em que Fozzy aparece como um convidado, promove o CD. Uma música simples, com melodias muito cativantes. Há também uma diversidade de convidados, porque também temos Liz Owen na sombria" 18 Days" , que mostra o lado mais progressivo do álbum. Abrindo o Cd, temos um sucesso na forma de " Redeemer" , que me lembra os tempos de "Virtual XI". Ainda melhor é " Are You Here ", que mostra o quão bem a cozinha criada por Martin Mcnee (bateria) e Karl Schramma (baixo) funciona. As performances e solos de Chris são impressionantes aqui. Em " Immortal One" há sublimidade, há uma nota de progressão e um clima sombrio, sendo outra composição interessante neste álbum. A quantidade de  transições e diversificações que estão nessa faixa são muito positivas. “The First True Sign” tem partes de guitarra muito atraentes, embora o tempo em si seja mais moderado". Também não poderia deixar de ter uma balada pesada nesse álbum, que é "Human Eyes". Até mesmo o Blaze mostra um lado mais Hard Rock em "Arleady Won". O final do disco volta a acelerar o batimento cardíaco, porque novamente há um volta ao metal pesado. “The dark side of Black”, que faz referencia ao trabalho do Iron Maiden. “Eagle Spirit” que mostra que Blaze ainda é capaz de criar peças mais longas, é muito legal e constrói a tensão e entrelaça diferentes ritmos. É uma pena que esta seja a última parte da trilogia, porque esses três álbuns mostram tudo em termos de sonoridade pelo que o que Blaze é conhecido, mas também mostram algo novo, uma nova forma de evolução e progressão, escuridão e ficção científica.
O Blaze está na melhor forma!! "The Redemption of William Black" é um álbum de heavy metal MUITO BOM, e que certamente irá satisfazer os fãs do Blaze, Iron Maiden e do próprio gênero. Este álbum pode agitar este ano.

Classificação: 8.5 / 10

Publicado originalmente no site Power Metal Warrior
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