No dia 2 de março de 2018, a terceira parte da trilogia de Blaze
Bayley será lançada. Curiosamente, "Infinite Entanglement" acabou por
ser uma interessante história imersiva de ficção científica e, além disso, tornou-se
uma das melhores aventuras do vocalista. Blaze ficou conhecido através de
Wolfsbane, e pelo seu período no Iron Maiden. Em uma carreira solo, ele
desenvolveu suas marcas dessas bandas. Eu pensei que, após o lançamento de um
sucesso como "Promise and Terror", o Blaze não lançaria nada
igualmente valioso. Meus medos foram confirmados pelo chato "The King of
Metal" e apenas essa trilogia mostrou que o Blaze ainda pode criar um
material que pode se misturar no mundo de metal.
"The Redemption of
William Black" é o final de uma trilogia bem sucedida, que é
impressionante em termos de nível musical. Não há músicas fracas nesses álbuns
e elas são realmente tensas desde o início até o fim. Blaze não só cuidou da parte
instrumental, mas também da gravação. Você tem a impressão de que é a prova de
que o Blaze em seu 9º álbum mostra o melhor e resume sua carreira. Encontraremos
no novo álbum todas as marcas que o Blaze mostrou ao longo dos anos. As
primeiras duas partes foram extremamente bem sucedidas e mostram o melhor em
termos de heavy metal. Elas eram dinâmicas, enérgicas e muito melodiosas, então
o espírito de Iron Maiden estava presente em todos os lugares. A terceira parte
de modo algum é inferior à parte anterior, destacando as vantagens conhecidas
dos álbuns anteriores. Blaze criou este álbum em colaboração com Chris Appleton,
que é conhecido pela banda Absolva.
"Prayers of Light" em que Fozzy
aparece como um convidado, promove o CD. Uma música simples, com melodias muito
cativantes. Há também uma diversidade de convidados, porque também temos Liz
Owen na sombria" 18 Days" , que mostra o lado mais progressivo do
álbum. Abrindo o Cd, temos um sucesso na forma de " Redeemer" , que
me lembra os tempos de "Virtual XI". Ainda melhor é " Are You
Here ", que mostra o quão bem a cozinha criada por Martin Mcnee (bateria) e
Karl Schramma (baixo) funciona. As performances e solos de Chris são
impressionantes aqui. Em " Immortal One" há sublimidade, há uma nota
de progressão e um clima sombrio, sendo outra composição interessante neste
álbum. A quantidade de transições e
diversificações que estão nessa faixa são muito positivas. “The First True Sign”
tem partes de guitarra muito atraentes, embora o tempo em si seja mais moderado".
Também não poderia deixar de ter uma balada pesada nesse álbum, que é "Human
Eyes". Até mesmo o Blaze mostra um lado mais Hard Rock em "Arleady
Won". O final do disco volta a acelerar o batimento cardíaco, porque
novamente há um volta ao metal pesado. “The dark side of Black”, que faz referencia
ao trabalho do Iron Maiden. “Eagle Spirit” que mostra que Blaze ainda é capaz
de criar peças mais longas, é muito legal e constrói a tensão e entrelaça
diferentes ritmos. É uma pena que esta seja a última parte da trilogia, porque
esses três álbuns mostram tudo em termos de sonoridade pelo que o que Blaze é
conhecido, mas também mostram algo novo, uma nova forma de evolução e progressão,
escuridão e ficção científica.
O Blaze está na melhor forma!! "The Redemption of
William Black" é um álbum de heavy metal MUITO BOM, e que certamente irá
satisfazer os fãs do Blaze, Iron Maiden e do próprio gênero. Este álbum pode
agitar este ano.
Classificação: 8.5 / 10
Publicado originalmente no site Power Metal Warrior