Por Iain- 18 de Agosto de 2013
Você não pega metade das bandas na mistura eclética do Bloodstock Open Air, mas o velho "algo para todos”, era particularmente verdadeiro para o cast no palco Sophie Lancaster, onde na noite de domingo, viu-se o lendário Wolfsbane imprensado entre os estilos de metal extremo do Belphegor e Dying Fetus.
O Wolfsbane teve a difícil tarefa de tocar na mesma hora que o Anthrax, que tocava no palco principal, mas havia uma multidão decente de Howling Mad Shitheads (como são chamados os fãs da banda) enchendo a tenda quando a sua hora no de palco se aproximava. Desde a sua ressurreição, alguns anos atrás, o Wolfsbane têm consistentemente demonstrado que eles ainda têm o indescritível "aquilo" que separa uma grande banda ao vivo de uma apenas boa.
No caso do Wolfsbane, seu ás no baralho é definitivamente o vocalista Blaze Bayley. O ex-donzela de ferro pode ter tido as maiores arenas durante seus dias com o Iron Maiden, mas eu sempre achei que ele dava o seu melhor quando ficava cara a cara com o público, e tenho boas recordações de muitas noites suadas no Edinburgh Venue, em algum momento do século passado, e apesar de que a banda tenha ficado mais velha e mais sábia (ok, talvez não mais sábia), eu sabia que estávamos em um bom show.
Eu apenas não sabia o quanto exatamente seria bom.
Como um bom vinho, boas bandas de metal parecem ficar melhor com a idade, e por mais que alguém da platéia tenha envelhecido, os anos foram revertidos quando o Wolfsbane fez um show cheio de energia, o suficiente para colocar a maioria dos novos pretendentes à sua coroa no metal britânico, envergonhados. Blaze não ficava parado por um segundo durante o set, parando apenas para entreter o público com sua marca registrada, um pouco de conversa entre as músicas, enquanto o baixista Jeff Hateley cuidava para que o vocalista não monopolizasse todos os holofotes.
O show começou em alta com “Limo” do ep “Did It For The Money”. Há sempre uma preocupação quando algumas bandas voltam e anunciam novidades, que será uma pálida lembrança do que era antes, mas não houve a chance disso aqui.
O setlist desta noite foi uma mistura de coisas velhas e novas, e o novo material foi sendo tão bem recebido quanto clássicos como “Black Lagoon” (que foi realmente gravado 20 e tantos anos atrás?) e, claro, “Manhunt”.
Eu realmente desafio alguém não gostar do Wolfsbane ao vivo e, a julgar pela maneira que a tenda encheu-se durante o seu show, uma grande quantidade de transeuntes foram atraídos para dar uma olhada! Como Blaze disse no palco, o Wolfsbane não tinha nada com que se preocupar, ao invés disso, era o Slayer que deveria estar preocupado por tocar em seguida.
E ele estava apenas brincando...
Esta é uma banda que sempre teve um dom para escrever grandes canções de rock'n'roll, do tipo que leva você a cantar junto, como antigamente... E cantar junto foi o que fizemos. MC Blaze fazendo toda a tenda cantar “Money to Burn” será uma memória permanente do BOA 2013, um daqueles momentos que apenas o Bloodstock proporciona a você.
Brilhante, adorei!