domingo, 23 de novembro de 2014

Review: Blaze Bayley – “Live In Prague 2014” (DVD – Limited Edition, imp.)



Por Dyllan Leandro Christofaro: fã, colecionador de Iron Maiden e apresentador do programa semanal 'Maiden Mania', que vai ao ar pela web radio Antena Zero.

Blaze Bayley é um artista diferenciado. O ex-vocalista do Iron Maiden, que empunhou o microfone da Donzela de Ferro durante o período em que Bruce não quis estar lá, entre 1995 e 1998, após ser demitido iniciou sua carreira solo com o fantástico e surpreendente Silicon Messiah no ano 2000 e não parou mais. Montou sua primeira configuração de banda sob o nome ‘Blaze,’ pela qual lançou, além do ‘Silicon Messiah, os discos ‘Tenth Dimension’ (2002) e ‘Blood and Belief” (2004). Reformulou seu time de músicos, passando a lançar discos e apresentar-se como ‘Blaze Bayley’, sendo que desta segunda fase os registros de estúdio são os álbuns ‘The Man Who Would Not Die’ (2008) e ‘Promise and Terror’ (2010). Desmanchada a banda ’Blaze Bayley’, em 2012, foi lançado, além do CD ‘The King of Metal’, o disco que Blaze gravou com seu primeiro grupo, ‘Wolfsbane Save the World’. Em 2013, a parceria com Thomas Zwijsen (do projeto Nylon Maiden), que já havia participado no CD ‘The King of Metal’ resultou no EP ‘Russian Holiday.
No final de 2013 foi lançada a coletânea em CD duplo ‘Soundtracks of my Life’, que celebra os 30 anos de carreira de Blaze Bayley. O lançamento foi sucedido por uma turnê de divulgação que contou com muitas datas no Brasil inclusive.
É importante registrar que Blaze Bayley desenvolveu uma atitude única de respeito e humildade junto aos seus fãs. Após seus shows, faz sempre questão de se colocar à disposição para dar autógrafos e tirar fotos com todos que assim o desejar. Não se cansa de agradecer ao público por haver comprado seus CDs, os ingressos para seus shows e por ajuda-lo a assim continuar a sua carreira como cantor profissional e levar sua música aos seus fãs ao redor do mundo.

  
Ele é um artista independente. Sua esposa é sua empresária e administra a loja oficial por onde vende CDs, camisetas e outros itens de merchandise. E, mais recentemente, Blaze tem lançado edições especiais de seus discos permitindo que os fãs se habilitem a ter o nome registrado nos livretos dos CDs e DVDs, além de receber seus produtos já autografados pelo ‘Messiah’.
Eis que este que vos fala tem em mãos o novo DVD de Blaze Bayley, ‘Live in Prague 2014’ em edição limitada em uma lata que traz um livreto de 28 páginas, uma credencial personalizada com meu nome, um patch e um certificado de autenticidade subscrito por Blaze, além de uma foto autografada.
A apresentação registrada nesse DVD, com mais de duas horas de duração, ocorreu no dia 09 de abril de 2014 em Praga, na República Tcheca, sendo a banda que acompanhou Blaze integrada pelos músicos Martin McNee (bateria), Chris Appleton (guitarra) e Daniel Bate (baixo).
Eu particularmente prefiro a banda com dois guitarristas, pois a maioria das músicas do repertório do Blaze demandam duas guitarras, mas ainda assim os músicos foram competentes para executar o set. 


O show começa com uma intro instrumental executada pela própria banda até que Blaze entra no palco e inicia seu show mandando três petardos de cara. ‘Speed of Light’, ‘The Launch’ e ‘Futureal’ empolgam os presentes. As clássicas ‘Silicon Messiah’ e ‘Ghost in the Machine’, do debut ‘Silicon Messiah’ são interpretadas com perfeição por Blaze e sua banda antes da pesadíssima ‘Kill & Destroy’ e de ‘Lord of the Flies’, esta da era Maiden, usada recentemente para iniciar seus shows no Brasil. Pausa para agradecer ao público e de nomear seus fãs como os ‘Kings of Metal’, ato seguido da performance da música de mesmo nome. O show segue com ‘Samurai’, a épica ‘Stare at the Sun’ e uma das maiores músicas do Maiden gravadas com sua voz, ‘The Clansman’. A empolgação do público para gritar “Freedom !!!” mostra o poder dessa faixa épica composta pelo mestre Steve Harris. 

Um parêntese: as músicas do Iron Maiden incluídas no set são executadas por Blaze com exata fidedignidade aos discos, mostrando mais uma vez a competência de Blaze para cantar as composições feitas para a sua voz.
Mas o que mais evidencia o profissionalismo de Blaze e sua capacidade de dar a volta por cima após sua saída do Iron Maiden é que, diferentemente de outros ex-integrantes que não conseguem adquirir vida própria, a parcela de músicas do Maiden que integram seu setlist corresponde a uma pequena parcela do repertório executado, apenas cinco das vinte e duas músicas tocadas no show são do Iron Maiden.
Isso certifica, além de tudo, a qualidade das músicas que Blaze compôs e gravou a partir de 2000. 

O show e o formato da apresentação não são novidades aos fãs brasileiros que acompanham as apresentações de Blaze Bayley em suas frequentes vindas ao Brasil. O show é bastante intimista, ele comanda a platéia com total domínio sobre seus kings of metal. Gesticula o tempo todo, interpreta, se emociona. Sem novidades.
É visível que naquele momento tudo que está na mente de Blaze é seu show, suas músicas, seu público e seu compromisso em dar tudo de si para entregar uma grande apresentação. E ele é muito competente nisso.
O show então prossegue com a paulada ‘Robot’, a nova ‘Eating Children’, disponível apenas na coletânea ‘Soundtracks of my Life’, e a faixa de abertura do álbum ‘Promise and Terror’, ‘Watching the Night Sky’, seguida da faixa ‘The Brave’, e aí uma das maiores surpresas da noite, a execução do lado-b “Mothefuckers R-US’, que mostrou funcionar muito bem ao vivo.
O que se segue é uma emocionante execução da biografia ‘Soundtracks of my Life’, do álbum ‘Blood and Belief’, com sua introdução melódica e sua crescente até a parte mais pesada, com Blaze proclamando “This is my life!” em seu final,  e depois aquela que o Iron Maiden nunca tocou ao vivo, ‘Virus’, que é bem recepcionada pelos presentes, com direito a “Ô Ô Ô Ô Ô Ô Ô Ô...” no início da parte mais rápida da música.



A fase Wolfsbane é então representada pela ótima ‘Tough as Steel’, que Blaze anuncia como baseada em uma história real,  e mais um ponto alto de todos os shows do Blaze, a indispensável execução da primeira música de trabalho dele no Iron Maiden, Man on the Edge, que empolga a todos. É o momento em que Blaze tradicionalmente pega seu notebook, liga a câmera, manda um ‘Scream for me Prague!!!” e em seguida “Man on the Edge!!!” e quebra tudo!
Terminada a música, a banda agradece ao público, Blaze brinca com os presentes e anuncia uma música que particularmente diz gostar muito de tocar, e diz o quanto significa para ele o apoio dos fãs antes de iniciar ‘Blood and Belief’ e se despedir com ‘The Man Who Would Not Die’, não sem antes dizer que depois do show não iria aos camarins mas que ficaria na área onde estavam seus itens de merchandise para dar autógrafos, tirar fotos e principalmente agradecer individualmente a cada um dos fãs que estavam naquele show, como sempre ocorre por aqui também.

O DVD traz ainda entre seus extras trecho de um show ocorrido na Antuérpia em 2011, com cinco músicas (Tem Seconds, Virus, Voices From the Past, Soundtracks of my Life e The Black Country), além dos vídeos das músicas ‘Stealing Time’ e ‘One More Step’ e uma entrevista com Blaze.



Obviamente, este DVD não tem o poder de converter aqueles que nunca gostaram do Blaze Bayley no Iron Maiden ou fora da banda. Mas é certamente uma celebração valiosa da trajetória deste dedicado e honesto artista, que coleciona composições e interpretações de qualidade em sua carreira e já é detentor de uma não numerosa, mas leal legião de fãs. 

As filmagens colhidas em Praga representam exatamente o show do Blaze na forma como estamos acostumados a presenciar todos os anos no Brasil. Quem se interessou em ler esta resenha até aqui sabe exatamente do que estou falando.

E se seu interesse chegou até aqui, compre sem medo!

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

BLAZE BAYLEY: ''Eu era odiado por estar no Iron Maiden''


Blaze juntou-se os gigantes do metal em 1994, e gravou dois álbuns - 1995 de The X Factor e 1998 do Virtual XI. Mas ele diz que uma parte dos fãs do grupo estavam contra ele desde o início , pois o culpavam pela saida de Dickinson . 

Ele diz em entrevista a Mitch Lafon, do site Team Rock

"Quando eu entrei na banda , havia uma grande quantidade de pessoas que só se ressentiam e realmente me odiavam por estar no Maiden. Eles me culparam por Bruce sair, que é um problema clássico. Mas muita gente não quis me ouvir. "
Foi uma época muito diferente para Maiden. O negócio da música estava mudando , MP3s estavam chegando , o hardware estava começando a desaparecer, as vendas de CDs caíram para todos em todo o mundo . E foi um momento em que um monte de old-school fãs do Maiden decidiram não querer Blaze Bayley para vocalista . 



Enquanto ele recebia toda esta negatividade, Blaze confessa que ele pensou que poderia converter os céticos com um terceiro álbum. Mas ele foi demitido , enquanto trabalhava em material novo - Ele continua: . .
"Foi um choque total para mim que estava cheio de ideias para um terceiro álbum. De melodias e letras. Mas, não terminamos no Brasil em dezembro de 1998 e em janeiro de 1999 eu fui demitido . Lá eu estava trabalhando nas letras e músicas para um terceiro álbum , que eu pensei que , em meu próprio coração insensato , 'Isso é realmente vai mudar as coisas. " Os fãs irão dizer,' Agora entendemos por que Blaze está lá. Isso é muito bom . " 
Mas eu não tive essa chance .

No início deste ano , Bayley afirmou que, 20 anos depois que ele entrou para a banda , os fãs estavam agora voltando suas atenções para os dois álbuns que ele gravou e olhando para eles de modo mais favorável . Ele disse : 

" As pessoas parecem muito mais interessadas e ver o meu período com o Iron Maiden de uma maneira muito diferente. Eu acho que as pessoas tomam um novo olhar agora e dizem, ' Bem, os álbuns foram o início de uma era diferente do Iron Maiden . E lá fora o povo do Reino Unido são muito mais Apaixonado por aqueles álbuns . " 

terça-feira, 4 de novembro de 2014

METAL SINGERS



O Metal Singers é um projeto inovador, ousado e com grande espírito de união dentro do Heavy Metal.

A cada edição será reunido em um mesmo show quatro vocalistas que fizeram parte da história do Rock e Metal.

Em sua primeira edição os vocalistas confirmados foram:



UDO (Accept)



BLAZE BAYLEY (Wolfsbane / Iron Maiden)



TIM RIPPER OWENS (Judas Priest / Iced Earth)



MICHAEL VESCERA (Yngwie Malmsteen / Loudness)



Serão 02:30 de espetáculo, sendo que cada vocalista cantará 5 músicas sozinhas e no final se juntarão para uma grande jam com clássicos do Rock.



Este evento é uma realização de Open The Road & Manifesto Bar.:


METAL SINGERS
Em São Paulo @ Clash Club
Dia 18 de Janeiro de 2015 (Domingo)

Ingressos disponíveis pela Ticket Brasil

(Online - com taxa de conveniência)
https://ticketbrasil.com.br/festival/2630-metalsingers-sp_/

Pontos de venda (físicos):
https://ticketbrasil.com.br/festival/2630-metalsingers-sp_/pontos-de-venda/

 



Blaze Bayley (John Bull Music Hall, Curitiba, 26/01/11)

Por André Molina. Fotos: Fábio Fistarol
                       
O cantor Blaze Bayley encerrou sua turnê brasileira em Curitiba no dia 26 de janeiro (quarta-feira). Na ocasião, o ex-vocalista do Iron Maiden praticamente repetiu o mesmo set list que foi apresentado nas demais cidades a aproximadamente 200 fãs, que comparecerem em uma noite quente no John Bull Music Hall. Aliás, este fato deve ser destacado. O público optou em ficar estático devido à alta temperatura do ambiente. A produção poderia ter providenciado um ar condicionado. Não se sabe por que não ligaram o sistema. Foi possível escutar muita reclamação do público. O próprio Blaze Bayley ficou encharcado de suor.


Mas retornando ao show, o espetáculo começou com abertura da banda curitibana Fire Shadow, que executou algumas composições próprias (destaque para “Steel and Metal” e “Metal is the Law”) e covers como “Electric Eye” (Judas Priest) e “Children of the Sea” (Black Sabbath). O grupo paranaense apresentou um trabalho honesto que agradou boa parte dos fãs de Blaze.

Em seguida, Blaze subiu ao palco com muito ânimo para apresentar um show que totalizou duas horas. As canções que abriram foram “Blackmailer” e “Smile Back At Death” do consagrado quarto disco de estúdio “The Man Who Would Not Die”. As canções agradaram bastante o público, que demonstrou bastante familiaridade com o trabalho solo do ex-cantor do Iron Maiden. Após as duas músicas iniciais, a banda tocou “Faceless” do novo disco “Promiser and Terror” e retornou ao “The Man Who Would Not Die” com “Waiting For My Life To Begin”.

No decorrer da apresentação, foi perceptível que o set list enfatizou os dois últimos CD’s de Blaze Bayley, demonstrando que o trabalho atual dele vem conquistando novos fãs. Quase todo o novo disco foi tocado pela banda.

Somente na metade do show, Blaze começou a recorrer ao repertório do Iron Maiden. A primeira música foi “Futureal” (do disco Virtual XI), que agitou a platéia mesmo a uma temperatura insuportável. Logo depois, o cantor apresentou canções mais antigas de sua carreira solo, como “The Launch” (Silicon Messiah) e “Blood and Belief” (disco de mesmo nome).

 
Em vários momentos Blaze agradeceu o público curitibano. Ele chegou a dizer que é uma das cidades do mundo que mais admira o seu trabalho. “Nunca me esqueço dos shows que fizemos aqui. É bom ter Curitiba como a última cidade brasileira da turnê. É gratificante a receptividade na nossa última data no Brasil”, disse.

Logo depois, a banda apresentou uma das canções mais esperadas. A obra prima épica “The Clansman” recebeu um arranjo criativo, mas ao mesmo tempo pouco diferente. É importante destacar o vigor e a pegada do baterista Cláudio Tirincanti, que abusou positivamente do pedal duplo e desceu a lenha. O baixista David Bermudez fez um belo arranjo para as partes lentas e os guitarristas Jay Walsh e Nicolas Bermudez executaram os solos de maneira fiel.

Depois de ser muito aplaudido por apresentar um grande clássico do Iron Maiden, Blaze recorreu ao primeiro sucesso da carreira solo. Em “The Brave” (Silicon Messiah), a platéia cantou todo o riff inicial, surpreendendo o cantor que se mostrou emocionado.

Já caminhando para o final do show, o ex-frontman do Maiden cantou “Watching The Nightsky”, “Madness And Sorrow”, “The Man Who Would Not Die” e as consagradas e cantadas pelo público “Robot” (com uma pesada levada do baterista) e “Samurai”.


Para finalizar, o maior clássico do Iron Maiden nas vozes de Blaze Bayley – “Man on the Edge”. Em seguida, como de costume, ele atendeu todos os fãs dando autógrafos e posando para fotos.

Set-List:

01. Intro/Blackmailer
02. Smile Back At Death
03. Faceless
04. Waiting For My Life To Begin
05. City Of Bones
06. Voices From The Past
07. Surrounded By Sadness
08. The Trace Of Things That Have No Worlds
09. Letting Go Of The World
10. Comfortable In Darkness
11. Futureal
12. The Launch
13. Blood And Belief
14. The Clansman
15. The Brave
16. Watching The Nightsky
17. Madness And Sorrow
18. The Man Who Would Not Die
19. Robot
20. Samurai
21. Man On The Edge



 




 



















 
Fonte: Whiplash.
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