Por Val Oliveira.
Muitos fãs questionam a importância das coletâneas na
discografia do Iron Maiden e talvez elas realmente não sejam relevantes para
quem já conhece o trabalho da banda a mais tempo. Mas todos os anos a Donzela
de Ferro ganha milhares de novos fãs a cada turnê e a cada lançamento. Dessa
forma as coletâneas ganham um papel muito importante, a partir do momento que
são responsáveis, em grande parte, por apresentar aos novos fãs o que de melhor
a banda já fez.
Em 21 de setembro de 1996 o Iron Maiden lançou "Best of the Beast", sua primeira
e melhor coletânea, basicamente para apresentar o histórico da banda para os novos fãs. "Best of the Beast" é praticamente a única coletânea que respeita a importância de todos os vocalistas e ex-membros que tiveram registro na banda, visto que as atuais só dão valor ao que foi gravado, ou regravado, por Bruce Dickinson, o que é uma atitude bastante questionável.
Saiba mais sobre outros lançamentos da era Blaze clicando aqui.
A coletânea foi lançada em 4 formatos, sendo a versão em CD
simples a mais comum. As outras versões incluem um vinil quádruplo, fita K7 e box
com dois CDs.
O box com quatro LPs vem com um tracklist maior (34 faixas) -
nele está incluído o primeiro disco gravado pela banda, o lendário "The
Soundhouse Tapes". Além das músicas adicionais, a edição em vinil traz um poster
e um livro do tamanho de um LP, com capa dura com a descrição das principais
datas que marcaram a história da banda, muitas fotos e letras das músicas. Simplesmente,
o mais belo item lançado pelo grupo até o momento. Lançado somente na
Inglaterra e EUA.
A versão em duplo CD é mais completa. O encarte, um livreto
em capa dura, contém informações precisas como datas de lançamento de singles, álbuns
e discos ao vivo. Traz também uma breve biografia da banda, desde seu início
até a fase Blaze Bayley de 1995. O álbum contém 27 canções, entre elas versões
raras como a faixa "Vírus", que era inédita, a faixa "Iron
Maiden", que era parte do primeiro compacto da banda, o Soundhouse Tapes, e
uma versão da música "Strange World" que ficou de fora desse mesmo
compacto. Essa versão dupla era limitada. Foi lançada apenas na Europa e Japão,
junto com a versão em cassete, hoje item de colecionador
No Brasil, o CD possui 16 canções e a última faixa ("Hallowed
Be Thy Name") precisou ser editada para caber em um CD comum. Esta versão
não era edição limitada, mas com a chegada da nova coletânea, Edward the Great,
a EMI resolveu retirá-la de catálogo. É
muito simples em comparação aos outros dois, mas tem o seu valor, visto que foi
o único dos três lançado no Brasil e não foi lançado nesse formato em alguns
países, ou seja, vale pela raridade e curiosidade. O ponto curioso nesse disco
é a ausências de músicas originais dos dois primeiros álbuns da banda. Elas
existem, mas estão em versões ao vivo sem o vocalista original.
A capa criada por Derek Riggs contém diversas versões de
Eddie: com machado de Killers, o lobotomizado de Piece of Mind, o soldado de "The
Trooper", a múmia de Powerslave, o zumbi atingido por raio de Live After
Death, o cyborg de Somewhere in Time, e com a mão de gancho da turnê No Prayer
on the Road.