segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Blaze fala de seus próximos lançamentos para 2018 e 2019


Os próximos dois anos prometem ser bem agitados para Blaze Bayley. Em recente entrevista para o The Metal Voice no Canadá, o vocalista deu detalhes do que está por vir. Confira abaixo os detalhes:



Sobre a próxima turnê canadense ser um pouco diferente das outras anteriores



"Eu posso trazer a minha própria banda, a Absolva, diretamente da Europa. Ela é uma banda que tem seu próprio estilo e eles têm trabalhado comigo nas últimas quatro turnês que eu fiz. Eu tenho escrito canções com os caras, e foram eles que tocaram na primeira parte da trilogia de "Infinite Entanglement" e depois no "Endure and Survive". Posso dizer que é excelente tê-los comigo."



Sobre o que os fãs podem esperar da parte 3 de "Infinite Entanglement"



"Mais ou menos por volta de 01 de março de 2018. Quando começamos e olhamos para o primeiro álbum e percebemos que tinha muito a ser feito em apenas um álbum. Nós pensamos que não era um grande álbum, Serão três álbuns porque uma das músicas que você vai ouvir na parte 3 é algo que já temos pronto na parte 1. Mas quando você olha para as letras e quando você olha para a música e o que é dito que este é o lugar onde ele (o personagem) está na parte 3. E havia uma outra canção e este é o lugar onde ele está na parte 2, por isso só faz todo o sentido. Eu sou muito afortunado em ser minha própria 'gravadora', pois assim, eu posso realmente dizer quando será a data de lançamento. Então eu pensei, primeiro de março de 2016, março 2017 e março 2018 e vamos fazer um álbum por ano e realmente a coisa funcionou."



Sobre a parte 3 da trilogia



"A parte 3 já tem cerca de sete canções que nós pensamos que são boas o suficiente no momento em que temos um pouco de tempo antes de chegarmos à pré-produção principal, onde temos flashes de inspiração. Estou a trabalhar nas letras no meu tempo livre. Da parte 3 temos o esqueleto e agora temos que encontrar todas as outras partes. Eu tenho uma ideia de onde o personagem principal estará no final da história. Depois, é claro, de termos esta conclusão, voltamos para a turnê mundial para divulgar a parte 3. No final, farei um álbum ao vivo e um DVD com todo o set list executado na turnê. Depois de primeiro de março 2019 eu espero ter o meu livro completo, porque a trilogia é baseada no nele, ao qual eu estou escrevendo. Então você terá todas as respostas dos três álbuns, você terá a história de volta com os personagens e tudo mais."



A entrevista completa pode ser vista abaixo:


quarta-feira, 9 de agosto de 2017

"Bruce Dickinson sempre me apoiou quando eu estava no Maiden"


O EMP Live espanhol entrevistou Blaze Bayley no início de agosto de 2017, que falou sobre sua vida e sobre o seu tempo no Iron Maiden e do apoio que recebeu dos fãs e de seu antecessor e sucessor, o vocalista Bruce Dickinson, veja abaixo alguns trechos:

"Acho que todos nós, quando nos apaixonamos por uma banda e uma voz, é muito complicado se adaptar a outra. Eu tive muito apoio dos milhares de fãs de todo o mundo, embora existam até hoje aqueles que me odeiam e odeiam minha voz. Tudo bem, impossível agradar a todos".

"Meu estilo é muito diferente do Bruce, e quando o Iron Maiden me chamou para entrar no seu lugar eu fiquei surpreso, pois minha voz é muito diferente. Mas foi o trabalho mais incrível do mundo. Como cantor de Metal, é provavelmente o emprego nº 1 que você pode ter - ser vocalista do Iron Maiden. Então minha paixão e coração estavam lá, e o que fizermos no 'The X Factor' e 'Virtual XI' foi incrível. E as pessoas que talvez não gostaram das mudanças na época hoje, que foi relançado em vinil, ouvem com uma nova perspectiva, e talvez por isto eu seja hoje mais popular que na época em que estava na banda. Hoje, passados mais de 20 anos, as pessoas acompanham o que Blaze Bayley está fazendo."

"O principal motivo de minha saída do Iron Maiden foi por causa do mercado musical na época e a pressão da EMI (gravadora do Iron Maiden). Estava rolando uma reunião do Black Sabbath com Ozzy (Osbourne), Deep Purple estava com a formação clássica tendo Ian Gillan, e as vendas de CDs começaram a despencar. Então as gravadoras começaram a pressionar bandas para se reunir. Pra mim foi um período horrível, mas ainda assim é uma época do qual tenho boas lembranças. E Steve Harris foi realmente um mentor e me ensinou muita coisa que eu uso hoje em dia em meu trabalho".

"Bruce Dickinson e eu éramos amigos desde antes de eu entrar no Iron Maiden, e Bruce me apoiou muito quando eu estava na banda e depois que eu saí. Ele tinha um programa de rádio e sempre ajudava a divulgar meu trabalho. Tenho um vídeo novo, para a música 'Escape Velocity', que foi filmado em seu simulador de voo. Então ele sempre me ajudou muito".

Confira no vídeo a entrevista completa em inglês, com legendas em espanhol.


domingo, 6 de agosto de 2017

A dura vida de Blaze Bayley

Em 2011 Blaze Bayley conversou com o site sueco Critical Mass. O cantor deu um fiel testemunho dos últimos e atribulados tempos. Confira.

Por que o Wolfsbane não se reuniu logo após sua saída do Iron Maiden?
Aprendi muito no Maiden, trabalhando com Steve Harris e Dave Murray, em particular. Aprendi sobre composição e ganhei muita confiança e habilidade. “Man On The Edge” foi um hit, entrou no Top 10. Trabalhei em “Futureal” com Steve, participei de “The Clansman” e “Lord of the Flies”. Dizia para mim mesmo: “Eu realmente consigo fazer isso! Tenho minhas próprias idéias e posso expressá-las, vou formar minha própria banda”. Também contou o fato de eu querer continuar trabalhando com dois guitarristas. Então segui esse caminho, que era apropriado. Um tempo depois, ia fazer uns shows e chamei os caras. Alguns amigos antigos ouviram falar e nos apoiaram. Depois pensamos em fazer um álbum. Nossa mentalidade é mais próxima de uma banda escolar, enquanto a carreira solo é meu emprego.

Quando você anunciou a dissolução da banda Blaze Bayley, declarou que era muito difícil manter o grupo devido a fatores mentais, financeiros e emocionais. Por quanto tempo foi assim?
Mais ou menos um ano. Quando começamos o último álbum, meu pai estava morrendo de câncer. Tive que tirar uma folga das gravações. Sequer tínhamos dinheiro para finalizar o disco. Ficávamos olhando um para o outro e pensando: “Mesmo que terminemos de escrever, não teremos grana para gravar a bateria. E mesmo que consigamos gravar a bateria, não teremos o suficiente para todo o resto”. Queríamos lançar o livro ao mesmo tempo (o baterista Lawrence Paterson escreveu At The End Of The Day, contando a história do grupo). Tivemos que pedir dinheiro emprestado. Implorei a amigos para conseguir fazer o disco e o livro. Vivemos com nada enquanto fazíamos a primeira parte da turnê de Promise and Terror. Conseguimos um pouco de dinheiro no meio da excursão, então as coisas ficaram bem entre junho e setembro do ano passado.
Como não tínhamos manager, não agendamos seis meses para frente, como era antes, então tínhamos pouco a fazer pela frente. Estávamos tocando pelo que desse. Não conseguíamos pagar as contas direito, mal conseguia honrar meu aluguel. Queria começar uma família com minha namorada, ela estava grávida e um dia chegamos a ficar sem eletricidade e comida. Tive que vender o primeiro disco de prata que ganhei com o Iron Maiden. Comecei a vender tudo que tinha, meu aparelho de som, tudo. Voltei da turnê devendo para todo mundo.

Quando fui para o Brasil, em janeiro, estava tendo pensamentos suicidas. Ao voltar, minha namorada me fez ir a um psicólogo. Me sentia uma fraude, pois minhas letras eram sobre lutar, seguir em frente, enfrentar os problemas. Mas me sentia esmagado, não queria mais viver. Conversei seriamente com minha namorada ao voltar. Tentamos agendar uma turnê, mas no fim a situação mostrava que se continuássemos daquele modo, não faríamos dinheiro. Jamais conseguiria pagar o que devia. Ainda tenho dívidas da banda. Não iríamos poder dar nada para o bebê que ia nascer.

Enquanto estávamos fazendo os shows, ainda acreditávamos. Mas um dia o carro morreu em uma montanha e tive que esmolar para poder voltar para casa. Ali era o fim, tudo tinha acabado. Não tínhamos como ir de Birmingham à Suíça e tive quase que roubar para conseguirmos. Foi terrível, ficava cada vez pior, não podia mais continuar. Perdi a vontade de viver, não me sentia confortável naquela escuridão. Quando terminamos aquilo, comecei a sentir minha vida voltar e fui a um médico. Passei a tomar remédios e achei que talvez houvesse um futuro. Talvez pudesse fazer outro álbum. Talvez tivesse algo a dizer. Por sorte, os fãs me apoiaram e parece que há mesmo um futuro.

Como você se sente hoje?
Muito melhor! Positivo. Foram meses difíceis, tive que cancelar os shows de maio e junho. Mas agora já temos os próximos seis meses agendados. Tive que arrumar um trabalho temporário em uma fábrica, mas em agosto volto a me dedicar integralmente à música. Trabalharei no novo disco do Wolfsbane, depois farei a primeira tour solo pelos Estados Unidos, com 20 apresentações. Ano que vem, farei um disco acústico, que já comecei a escrever. Tenho umas idéias para 2013. Sinto que estarei forte o suficiente para fazer um grande álbum de Metal, o melhor que já lancei!


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