A fama do Iron Maiden
estava em baixa praticamente em todos os lugares, exceto na América do
Sul, e as mudanças estavam se formando a portas fechadas. Bayley logo
seria convidado a deixar o Maiden, para dar lugar ao retorno de seu
próprio antecessor.
Blaze Bayley era 100% leal e dedicado à causa do Iron Maiden. Ninguém
discute que deu sempre o melhor de si. Devido a isso, Bayley ganhou o
respeito dos fãs do Maiden, mesmo que muitos deles nunca tenham aprovado
suas performances vocais.
Não há dúvidas de que a ética e a energia de trabalho incorporadas por
Blaze Bayley e Janick Gers ajudaram o Maiden a sobreviver em uma década
que foi muito difícil para as bandas veteranas de Heavy Metal. A década
de 1990 não teria sido necessariamente uma época mais feliz para o
Maiden se Bruce Dickinson tivesse ficado. Mas mesmo assim, Steve Harris
escolheu um substituto para Dickinson, que era simplesmente incapaz de
cantar grande parte do material dos anos 80, devido ao seu alcance vocal
muito menor.
Dois problemas surgem a partir deste detalhe. Primeiro, por que o Iron
Maiden não ajudou a vida de Bayley? Certamente teria sido outra grande
mudança no som da banda, mas a alternativa escolhida foi ter Bayley se
esforçando embaraçosamente para cantar os clássicos do Maiden que foram
compostos para um vocalista muito diferente. Segundo, por que eles não
tocaram mais material da era Di'Anno a qual Blaze Bayley teria se
adaptado melhor? Canções como "Phantom Of The Opera", "Charlotte, The
Harlot" e "Killers" teriam sido bem vindas de volta ao setlist pelos
fãs.
Pode não ter importado muito. As vendas de álbuns do Maiden estavam em
uma baixa absoluta, com os álbuns com Bayley "The X Factor" (1995) e
"Virtual XI" (1998) que viram um declínio constante. As performances ao
vivo também caíram para um nível abaixo do que a banda tinha mostrado em
seu auge. Estava claro para Rod Smallwood que esse cenário não poderia
ser revertido com Bayley na frente do palco, lutando para cantar os
clássicos que os fãs queriam ouvir.
Bayley afirma que uma combinação de tensão vocal, problemas de som no
palco e problemas de alergia recorrentes contribuíram para suas
dificuldades vocais na época. Seja como for, era óbvio para qualquer um
que viu o Maiden ao vivo naquela época, e para qualquer um que assiste
os vídeos no Youtube hoje em dia, que até mesmo um Blaze Bayley na sua
forma mais plena era totalmente limitado para cantar músicas como "The
Trooper" e "Hallowed Be Thy Name". Sem mencionar que os clássicos amados
como "Children Of The Damned", "Run To The Hills", "The Prisoner",
"Where Eagles Dare", "Aces High", Rime Of Thre Ancient Mariner" ou
"Wasted Years" nunca teriam voltado aos setlists com Bayley como
vocalista do Maiden.
A relação abaixo é das músicas executadas ao vivo pelo Iron Maiden durante o período em que Blaze Bayley esteve à frente dos vocais. As faixas estão separadas pelos discos as quais pertencem.
'94-99 Lineup: Blaze Bayley, Dave Murray, Janick Gers, Steve Harris, Nicko McBrain
Intros: 1. Dance of the Knights VIRTUAL XI: 1. Futureal 2. The Angel and The Gambler 3. Lightning Strikes Twice 4. The Clansman 5. When Two Worlds Collide 6. The Educated Fool 7. Don't Look to the Eyes of a Stranger THE X FACTOR: 1. Sign of the Cross 2. Lord of the Flies 3. Man On the Edge 4. Fortunes of War 5. The Aftermath 6. Blood On the World's Hands 7. The Edge of Darkness FEAR OF THE DARK: 1. Afraid to Shoot Strangers 2. Fear of the Dark NO PRAYER FOR THE DYING: (none) 7th SON OF A 7th SON: 1. The Evil that Men Do 2. The Clairvoyant SOMEWHERE IN TIME: 1. Heaven Can Wait POWERSLAVE: 1. 2 Minutes to Midnight PIECE OF MIND: 1. The Trooper THE NUMBER OF THE BEAST: 1. The Number of the Beast 2. Hallowed Be Thy Name KILLERS: 1. Wrathchild 2. Murders In the Rue Morgue IRON MAIDEN 1. Running Free 2. Iron Maiden SINGLE songs: 1. Sanctuary
Johnny Z. é um amante do Metal. Com passagens pela Roadie Crew, Seventh Page (dedicado ao Iron Maiden, e referência nos anos 90 e inicio dos anos 2000), adminstrador de sites e páginas do facebook dedicados ao Iced Earth, Exodus, Tim "Ripper" Owens, entre outras, atualmente é o administrador e editor da página Metal na Lata.
1
– Olá Johnny Z. Você é um colecionador de música, fã de Star Wars, comentarista
e entrevistador e administrador de sites. Como gerencia seu tempo para isso
tudo?
Cara,
nem eu sei ao certo como consigo fazer tudo isso (risos). Mas sempre procuro
arrumar um tempinho durante meu real serviço, sou engenheiro civil, assim não
fico bitolado e não me estresso com as cobranças do trabalho, já que o Metal
para mim é um hobby e me faz bem.
2
– Você já fez parte de sites dedicados ao Iron Maiden. Pode nos falar sobre
esse período?
Sim, fiz parte da antiga Seventh Page – www.ironmaiden.com.br – não me lembro ao
certo o ano que fui convidado, mas acho que foi entre 1997 ou 1998, e fiquei
por lá até 2003. Chegamos a ganhar até o prêmio iBest em 2000 (acho hahaha).
Porra, faz tempo pra cacete, não sei nem o que tomei de café da manhã hoje
(risos).
3
– Um dos sites que você administra atualmente é dedicado ao Iced Earth. Como
você tomou conhecimento da banda e o por que fazer um site voltado à banda?
Bom,
enquanto eu ainda estava participando ativamente do site do Iron Maiden, eu
resolvi montar algo meu e para outra banda na qual eu também amava já há algum
tempo. Conheci o Iced Earth em 1996, após comprar “no susto” o álbum “The Dark
Saga”, quando fui em uma loja tradicional aqui do bairro, na qual ia quase que
todos os dias, e queria comprar algo. Na ocasião ia comprar um cd do Xentrix,
“Sourge”, que tinha acabado de sair também. O vendedor, que era conhecido meu,
virou e disse: “Cara, escuta essa banda! Você vai amar!”. Pronto, escutei uns
trechos e larguei o cd do Xentrix na prateleira. Daí nunca mais parei. Quis
fazer um site sobre eles porquê, além de eu ter amado o som da banda e ido
atrás de tudo deles, na época era bacana ter sites de bandas, hoje em dia o
pessoal fica mais em facebook e mídias sociais, e também queria ser diferente
de todos, já que era só Metallica, Iron Maiden e afins. Assim, nascia em 1997
apenas um embrião que viria a se tornar algo maior no futuro.A página anteriormente se chamava “Horror
Page” (pqp, que merda de nome).
4
– Como colecionador do Iced, quais itens tanto oficiais quanto bootlegs são
indispensáveis em sua coleção?
Sem dúvidas “Burnt Offerings” (1995), “Something Wicked This Way Comes” (1998)
e o maior ao vivo de todos já gravados, “Alive In Athens” (1999). Bootlegs são
só apêndices, nem considero coleção.
5
– Sobre o Iron Maiden, do que você se lembra quando Blaze foi anunciado como
novo vocal? Já conhecia o Wolfsbane?
Cara, na época não tinha internet, então foi tudo nas escuras mesmo. Passei
algum tempo não botando fé que o Bruce Dickinson tinha saído da MINHA banda,
saca? Foi traumático pra caralho pra mim. Quando ele foi anunciado, depois de
algum tempo todo mundo queria ouvir algo dele, para saber se caberia no Iron
Maiden, mas não tínhamos como conseguir nada do Wolfsbane nem porra nenhuma.
Porquê ninguém nem sabia que existia (risos). Foi, como disse, tudo no escuro.
Até que um dia ouvi a “Man On The Edge” no rádio do carro e pensei: “Perae,
isso é Maiden, mas não conheço essa música!!!”, ai entrou a voz dele e pensei:
“Mas que porra é isso???!!!” (risos).
Na
hora fiquei sem chão, tinha mudado COMPLETAMENTE, mas eu lá no fundo tinha
gostado e MUITO daquela sonoridade e daquela voz mais grave. Fiquei mais
animado.
Não,
não conhecia Wolsfsbane, e sinceramente, na época resolvi de NÃO ir atrás de
nada para não me decepcionar com o que viria, portanto, só comprei as coisas
depois de algum tempo que o “The X Factor” (1995) saiu e gostei muito.
6
- Quando ouviu o The X-Factor, qual a sensação? O que pensa do disco,
atualmente?
Então, ao ouvir ele por inteiro eu continuei sem chão, mas era uma sensação
agradável e ao mesmo tempo perturbadora por saber que não era o Bruce mais, que
não tínhamos mais aqueles agudos de sirene ou aqueles esganiçados do “No Prayer
For The Dying” (1990) e “Fear Of The Dark” (1992), que eu adoro. Mas, no fundo,
era inegável que o álbum tinha um potencial enorme e se tornaria um clássico
SIM. Xiitas, fodam-se, ok? (risos).
7
– Você acredita que a banda deveria ter se adaptado ao tom de voz de Blaze,
baixando a afinação das músicas, como o Judas Priest fez com Ripper Owens?
Difícil responder essa, já que sou um grande fã da fase Ripper no Judas Priest,
e adorei a sonoridade mais pesada que eles abordaram. Mas, respondendo sua
pergunta, achei o “The X Factor” perfeito, tanto e sonoridade, conceito e
vocais. Um puta disco! E vou mais além, “Virtual XI” também é um excelente
disco, se fosse editada todas as partes massacrantes de repetições nas letras e
trechos de teclados NOJENTOS em “The Angel & The Gambler”, só para citar
uma (risos). Eu realmente gostei das sonoridades abordadas, mesmo achando que
em termos de composição não mudaram muito.
8
– Após o Virtual XI, Blaze já tinha algumas idéias de novas músicas. Acredita
que se houvesse um terceiro álbum com Blaze, levando em conta que o Brave New
World tem faixas que foram sobras do Virtual, e que o Silicon Messiah tem
composições que seriam para um terceiro álbum da donzela, poderia ser um bom disco?
A
banda estava passando por maus bocados em 1998/1999, então acho que na cabeça
do titio Harris, algo teria que ser feito e o fim daquela fase estava próximo.
Acredito que a melhor coisa foi feita. Sobre se sairia algo bom para um
terceiro disco, acredito que sim, porque em termos de composição não tinha
problema nenhum. Mas, sinceramente, ainda bem que terminou como terminou.
“Silicon Messiah” (2000) e “The Tenth Dimension” (2002) foram as coisas mais lindas
que o Blaze já fez em toda sua carreira, e o Maiden lançou o “Brave New World”
(2000), que é um puta disco (mas parou por ai hehehehe, só melhorando em “The
Book Of Souls” recentemente). Que venham as pedras (risos).
9
– O que acha da carreira solo de Blaze? Qual o disco, em sua opinião, que
melhor representa o trabalho dele pós Maiden? E qual seria aquele que você acha
descartável?
Acho
ótima, mas nesse quesito eu me acho meio “tr00zão”, por que eu AMO os dois
primeiros álbuns solo e o ao vivo “As Live As It Gets” (2003), e para mim são
somente esses os melhores discos dele. Não que os outros sejam ruins, são bons
demais, mas foram nesses dois primeiros e com a formação clássica que eles me
conquistaram. Aquela pegada bem pesada, produção de Andy Sneap, com rifferama beirando
o Power/Thrash... sensacional! Hoje, infelizmente, é só OK para mim.
Os editores da Seventh Page
10
– Quais itens de sua coleção, relacionados ao Maiden e à Blaze que você
destacaria?
Vou
citar só com o Blaze, já que essa entrevista é para o site dele aqui no Brasil
(risos).
Creio que os singles da fase Blaze são, hoje em dia, bem difíceis de se
conseguir, então fico com eles e com o cd “The X Factor” japonês duplo, e
alguns cds promos. Hoje em dia já não sou mais um grande colecionador de Iron
Maiden, me atento somente ao básico da discografia (álbuns, singles, eps e
dvds). Depois que li os livros de colecionadores, “Maiden Companion”, me
frustrei ao saber que jamais teria tudo (risos).
11
- Obrigado pela atenção Johnny. Um grande abraço e deixe por aqui sua mensagem
aos leitores da Blaze Bayley Brazil!
Valeu
pelo convite, e me desculpe pelo atraso. Você sabe o quanto eu corro atrás do
Metal Na Lata (meu novo veículo de imprensa, após eu ter saído da revista
Roadie Crew), meu serviço, páginas, família e etc (risos). Continuem
prestigiando o Blaze, porque ele é uma grande pessoa, um cara dedicado e
realmente AMA o que faz e AMA seus fãs! Nunca o vi de cara fechada ao atender
os fãs, e é nítido a enorme satisfação que ele tem ao cumprimentar-nos. Isso
não tem preço. Sorte a todos nós e, mais uma vez, não se importem com que o que
terceiros dizem ou defequem pela boca, sejam autênticos, lutem pelos seus
ideias e não tenham vergonha nem medo de serem felizes... no Metal idem!
Pouco tempo depois de divulgar informações referentes ao seu novo álbum, Blaze Bayley
anunciou hoje (02/11) as primeiras datas de sua turnê em 2017. Nada
mais nada menos que 55 datas foram marcadas nesse primeiro momento,
havendo a chance desse número aumentar.
FEVEREIRO
11 MT, Gzira, The Orpheum
18 UK, Ballymena, Diamond Rock
25 UK, Wolverhampton, Vinyl & Vintage (acustico)
25 UK, Bewdley, Cock & Magpie (acustico)
MARÇO
1 UK, Glasgow, Ivory Blacks
2 UK, Newcastle, Trillians
3 UK, Grimsby, Yardbirds Rock Club
4 UK, Manchester, Sound Control
5 UK, Birmingham, Roadhouse
9 UK, Cardiff, Fuel
10 BE, Verviers, Spirit of 66
11 FR, Paris, Le Petit Bain
12 BE, Deinze, Café Elpee
18 FR, Luynes, Le Korigan
22 ES, Madrid, Club Moby Dick
23 ES, Lleida, Café Del Teatre
24 ES, Valencia, Sala Fussion
25 ES, Irun, Tunk
26 ES, Zaragoza, King Kong
30 IT, Vercelli, Officine Sonore
31 CH, Saint-Maurice, Manoir Pub
ABRIL
1 FR, Nancy (Pagney D-B), Chez Paulette
7 FR, Grenoble, L’Amperage
8 FR, Clermont-Ferrand (Mozac), Salle De L’Arlequin
Blaze Bayleyanunciou através de sua fã page oficial os detalhes preliminares de seu novo trabalho, e dessa maneira, pegando muitos fãs de surpresa. "Album 9" é o sucessor de "Infinite Entanglement", bem como parte de uma trilogia e como o vocalista já falou anteriormente, trata-se de um trabalho conceitual abordando a mesma história de seu antecessor.
E as pré vendas já começaram através desselink. Inicialmente aberta aos membros do fã clube, as primeiras cópias darão direito a alguns brindes interessantes, como cópias autografadas pelo próprio Blaze, participar de um grupo fechado no facebook, o nome impresso no encarte, oportunidade de conversar via Skype com o vocalista dentre outras.
A previsão de lançamento é no dia 3 de março de 2017.
No dia 24 de agosto de 1996 o Iron Maiden retornava pela terceira vez ao Brasil, sendo a primeira vez com Blaze Bayley nos vocais. Na sequência, após o show no Phillips Monsters Of Rock, em São Paulo, ainda seriam feitos shows em Curitiba (25 de agosto) e no Rio de Janeiro (26 de agosto).
No dia 24 de agosto, o evento, realizado no estádio do Pacaembu, ainda contou com Héroes del Silencio, Mercyful Fate, King Diamond, Helloween, Raimundos, Biohazard, Motörhead e Skid Row.
O Iron Maiden estava nas ultimas datas da X-Factour, que tinha começado em 1995, com o lançamento do The X-Factor, com um ano de atraso, devido ao acidente de moto que tinha ocorrido com Blaze.
Como praticamente a internet no Brasil estava começando a passos de tartaruga, as poucas informações que chegavam para os fãs brasileiros eram através de publicações impressas, no caso a Rock Brigade. Existiam outras revistas dedicadas ao gênero na época, mas que não tinham a mesma seriedade, chegando algumas a copiar matérias de revistas como a Kerrang, RockHard, Metal Hammer entre outras e não darem crédito, e muitas vezes publicando como se fosse de autoria própria.
Dessa forma, aos poucos foram chegando reviews dos shows da donzela de ferro, e as resenhas se dividiam em relação ao novo vocalista e seu desempenho ao vivo. A esse fato, devemos falar que existem vídeos que comprovam que Blaze estava em forma, cantando bem e agitando no inicio da tour, mas como ele nunca tinha feito longas tours com o Wolfsbane sua voz e performance foi se deteriorando ao vivo ao longo das datas.
Lógico que sua voz e desempenho não eram uma unanimidade, e geraram fortes críticas, inclusive a Kerrang fez reviews que enfureceram Steve Harris, e o fizeram invadir a redação para tirar satisfações. A essas críticas, a banda, ainda em 1996, compôs e lançou a inédita “Vírus”, que fazia parte de sua primeira coletânea - Best of the Beast – e lançada com single em diferentes versões.
Iron Maiden no Brasil!
Lógico que os fãs brasileiros estavam ansiosos para ver novamente a banda, mas com uma pulga atrás da orelha em relação ao novo vocalista.
Aos poucos fomos tendo acesso a bootlegs onde podia-se conferir a sua voz ao vivo. Alguns bootlegs se tornaram populares como o “The Eternal Flame” e o “Sentrum”. A picareta revista Metalhead publicou não só o tour book, onde apagaram digitalmente o logo da Rock Brigade estampado na camisa de Dave Murray, mas diversos posters e revistas especiais com a nova formação.
A Rock Brigade publicava resenhas dos shows que aconteciam no exterior e deixavam todos ansiosos para a apresentação no Brasil. Quem não pode ir aos shows, se contentou em assistir pela rede CNT, a apresentação de São Paulo, que foi dividida em dois dias de apresentação na TV, semanas depois.
Os comentários e opiniões se dividiram ainda mais, alguns aprovaram, outros odiaram o novo vocalista, e clamavam pela volta de Bruce Dickinson.
Assista o show, com imagens da CNT:
Abaixo colocamos alguns depoimentos que colhemos na nossa página do facebook, agradecendo de antemão a todos que colaboraram:
Thiago J Baeza: Galera, eu fui no estadio do Pacaembu em 1996 ver o Maiden com o Blaze, infelizmente não tenho fotos pois entrar com câmeras na época era muito complicado. Me lembro muito bem que era obrigado a acompanhar a MTV ( Furia Metal ex-programa do Gastão) para ter um pouco de informação sobre o Maiden, pois internet não era como hoje, apenas as BBS e não tinha tanta rapidez na divulgação, éramos obrigados a esperar a 89FM para escutar Man on The Edge... Lembro que esse show ocorreu no Philips Monsters Of Rock, eu pirando assistindo Motorhead e quando o Skid Row subiu ao palco eu estava próximo da grade junto de mais algumas pessoas viramos de costas para o Sebastian Bach e começamos a jogar coisas no palco para que acabasse o show mais rápido. Queríamos ver o novo Maiden... O show foi sensacional, mesmo na entrada do estádio onde tinha algumas pessoas com faixas e uma cara com um mega fone gritando "vamos vaiar o Blaze Bayley, queremos o Bruce devolta", coisa que eu nunca concordei porque o X Factor é uma obra prima.... O show foi sensacional, isso pode se ver pela própria transmissão da extinta TV Gazeta depois CNT, e quando o Maiden tocou 2 minutes to Midnight, era no meu relógio 23:58 hahahaha foi insano isso e até hoje o Blaze se recorda disso... Esse foi um show que nunca vou me esquecer e a volta pra casa foi bem legal, voltamos em uma galera a pé...Foi inesquecível.....
Eduardo Greco: Eu tenho o VHS desse show, que foi transmitido pela CNT mesmo. Lembro também que foi a primeira passagem do Helloween por aqui e foi um sucesso.
Eu ia nesse show, mas era novo, tinha 14 anos e Mamãe não deixou, Huahuahua
Foda!!
Acabei indo em Campinas na Virtual XI Tour, e vocês sabem o quê aconteceu, outra decepção.
Mas consegui finalmente ver o Maiden no maior e melhor show que presenciei deles em toda a minha vida, no Rock In Rio de 2001, e olha que de de lá pra cá, acompanhei todas as turnês no Brasil, indo não só em São Paulo, mas Rio também.
Veronica Bessa: Me lembro muito bem! Meu primeiro show do Iron eu então com 15 anos tive que tirar nota 9 na prova de matemática pro meu pai poder me liberar pra esse show!! Foi emocionante, apesar de Blaze que é muito bom vocalista e segurou o nível muito bem... "Man in the Edge" foi o ápice... Mas confesso que pra mim faltou a cereja do meu sundae ... Bruce é a alma... A estrutura do Pacaembu precaríssima, banheiro feminino nem se fala... Não se compara com o show de 20 anos depois no Allianz Park... Mas enfim, não esqueço nunca quando olhei pro relógio aquela noite e faltavam exatamente dois minutos pra meia noite e essa memorável música começou a ecoar no Paca... Aquela menina de 15 anos foi às lágrimas...
Ricardo Alves: Eu lembro como se fosse ontem... era muita expectativa em torno do "novo vocalista" do Maiden. Não tínhamos fontes de comunicação para saber como seria o palco, set list... era tudo surpresa mesmo. Eu tinha 19 anos, e como não tinha grana, tive que vender um walkman Sony que eu tive pra poder comprar um ingresso pra pista. Cheguei às 8 da manhã no estádio, sendo que os portões só abriam meio dia se não me engano. Na hora do show da Donzela estava bem próximo do palco.
Franco Melo: Outra lembrança desde festival foi a fivelada que o Sebastian Bach tornou na testa! Kkkkk...Tocar entre o Motorhead e o Maiden e ainda se parecer com uma boneca é foda! Não tocaram nem meia hora. Anos depois ele confessou sofrer de depressão e quase parou de cantar...
Camisa do show! Mandei recortar as estampas e costurar numa camisa nova. Melhor lembrança que ficou...
Anderson Teles Barreto: Só de falar dá até arrepios neste dia, para conhecer o novo vocalista do Iron a expectativa era gigantesca, apesar da voz de Blaze as vezes ficar oculta com o instrumental do Iron, foi fantástico.
Caio Sandoli: Eu fui. Monsters of Rock de 96 no Pacaembú. Foi meu primeiro show do Iron na minha vida e claro que foi muito bom, mas gostaria de ressaltar que o festival todo foi irado. Do lado de fora, na praça Charles Muller, tinham uns metaleiros muito loucos se jogando nas ribanceiras que rodeiam a praça. Os caras caíam rolando o barranco e se sujando todo na lama e a galera na fila pra entrar delirava. Kkkkkkkkkk.
André Luis Cardoso Rodrigues: Eu fui... O festival foi maravilhoso.... Raimundos fez um dos melhores shows de sua carreira... o Skid Row terminou o show antes pois a galera começou a xingar o Sebastian... Helloween fez um show fantástico... Motorhead sensacional... o show do Maiden começou meia a noite lembro como se fosse hoje.... foi o primeiro show sem o Bruce.... bom eu gosto do X Factor... acho as musicas boas o instrumental fantástico e o Blaze mandando bem nas musicas.... o publico recebeu muito bem o Blaze e ele estava animado.... as musicas que o Bruce cantava não tem como comparar... me deu choque escutando ele cantar mais pelo amor que tenho ao Bruce mais de maneira nenhuma julgo o Blaze.... creio que fez um ótimo álbum, o Virtual XI e um album ruim... Mas tem The Clasman que um clássico... bom o show foi ótimo... Depois assisti mais duas vezes em 1998... uma em Sao Paulo e o ultimo show do Blaze na Argentina... bons shows... digo bom pois depois assisti no dia 19 de Janeiro de 2001 o maior show que assisti na minha vida... Iron Maiden Rock in Rio.... mas resumindo, foi um festival maravilhoso... Com preço que da saudade e Bandas perfeitas para o Monsters...
Jailton da Mota: Na época do Monsters 2015, a Mercury concerts e o fotografo Marcelo Rossi postaram um flicker com várias fotos das edições dos Monsters, inclusive da edição 96 onde a maioria não foi publicada em nenhuma revista-jornal da época e a net por aqui sequer existia. Fiz uns prints pra guardar de recordação e ajustei no tamanho e corte em jpeg para um álbum pessoal agora na data dos 20 anos do evento, mas com todo lance de direitos autorais nem sei se tem como repassar aqui.
De registros do show, temos as duas transmissões da CNT-Gazeta com cerca de 3 horas do festival e 73 minutos do set do Maiden. A versão exibida pela primeira vez, incluia um trecho do refrão da Man on the Edge nos créditos ao final da primeira parte e na reprise cortaram por algumas imagens da banda agradecendo o público após o final do show. Tinha isso gravado na época de acervo pessoal mas a burrice fez com que gravasse em EP-SLP com qualidade meia boca e depois nas cópias compradas ou disponibilizadas pela net, só aparecem versões sem esse trecho. De gravações audience, temos duas versões do show completo gravadas das cadeiras azuis do Pacaembu (lado esquerdo do palco), uma mais lateral e outra mais longe filmando o palco inteiro. Postaram essas duas versões no youtube esses tempos, mas com qualidade inferior aos VHS originais. Uma das versões possui um pequeno corte entre o finalzinho de 2 Minutes e o primeiro refrão de Sancturary e inclui a queima de fogos antes do bis com a The Number. Incrível perceber como o som ambiente audience daquela época (20 anos) gravado sem HD num filmadora JVC nem se compara a qualidade de som dos shows do Maiden pos-2004. O som era nítido e perfeito (talvez a acústica do Pacaembu ajude e em 98 no tosco Anhembi tb estava ótimo apesar da chuva). Creio que apenas no RIR 2001 vi um som do Maiden com a mesma qualidade do show de 96 até os dias de hoje.
Em áudio, existe um bootleg da antiga gravadora italiana KTS com o registro soundboard (e até hoje não faço idéia como eles arrumaram essa gravação) com 13 faixas e a qualidade de som perfeita (algumas falhas na equalização da guitar do Janick), pena que cortaram alguns pedaços de algumas faixas para as 13 faixas couberem nos 70 minutos do cd (deveriam ter lançado em cd duplo).
Sobre o show em si e algumas lendas: O Maiden NÃO entrou no palco as 23:58 horas como muitos dizem (e saiu em algumas revistas na época),a banda subiu ao palco por volta das 00:20, o Blaze errou o tempo na segunda estrofe de Afriad to shoot strangers - cantando antes do instrumental - trocou parte do 2º verso da Lord of the Flies na primeira parte e no geral não teve nenhum outro "erro" gritante. Obviamente a performance em faixas como Trooper, The Evil, Hallowed todos tem suas conclusões. Comparado a outros shows da turnê ele falou menos com a platéia ou durante as faixas (ele mesmo havia postado algum tempo atrás como estava impressionado cantando em frente ao Pacaembu lotado), o Harris afirma na biografia oficial como esse show foi marcante por todo processo que a banda passava na época (entre a saída do Bruce, divorcio, escolher outro vocal, a cena metal em baixa, a banda tocando em pequenos clubes apenas para os fãs etc), o Motorhead NÃO tocou duas horas, fez um set de cerca de 80 minutos (deixou algumas faixas de fora pois atrasou a entrada no palco), o Skid Row tocou cerca de 45 ou 50 minutos (previstos cerca de 90), o Raimundos realmente roubou a cena pois praticamente todo mundo mesmo quem não gostasse conhecia alguma música (o Sepultura era pra ter sido a atração nacional, mas como o Roots "bombou" na gringa a banda não tinha agenda para agosto, vindo apenas em novembro com shows próprios), o Helloween fez na minha opinião o melhor shows no país até hoje, apesar do set curto e quem diria, de bônus ainda tivemos a chance de ver o lendário Mercyfull Fate com o King Diamond solo e embora descolado no cast, o show do Biohazard também animando muita gente (uma banda que nunca fui fã, mas empolga ao vivo).
Franco Melo: Fui nesse festival Monsters of Rock de 1996, com bate-e-volta e tudo! Muitas lembranças! Lembro de uma moça que tentou entar com uma garrafa de Gatorade de vidro (na época vendia) e ao ser impedida, ao invés de tomar, ela jogou a garrafa no chão e foi carregada aos gritos pra fora do estádio! Hilário! Pagou a não vou o show! Quanto ao Blaze, a minha expectativa era grande, pois gostava do X-Factor, que era diferente de tudo o que o Maiden já gravou, denso, profundo. Ele mandou bem nas músicas novas que gravou, mas as músicas do Bruce e do Paul não ficaram boas e nunca ficariam, né? Mas sou fã do cara também e fui no show em BH, tirei fotos, autografou os encartes dos CDs e quase tomei umas cervejas com ele...hehehehehe.
Disponibilizamos, em boa resolução, matérias da época, do inicio da X-Factour, e após o show do Monsters (Clique para ampliar).
Revista Dynamite 19 de outubro de 1995:
Coleção Metalhead 11 - 1995:
Rock Brigade 114 - janeiro de 1996:
Rock Brigade 120 parte 1 - julho 1996:
Rock Brigade 120 parte 2 - julho 1996:
Rock Brigade 122 - parte 1 - Setembro 1996:
Rock Brigade 122 - parte 2 - Setembro 1996:
Rock Brigade 122 - parte 3 - Setembro 1996
Revista Metalhead 14 - 1996:
Rock Brigade 123 - Outubro 1996:
Agradecemos a todos que participaram e contribuíram para está matéria.
Eis mais um download que o BLAZE BAYLEY BRASIL disponibiliza. Dessa vez, disponibilizamos um bootleg da "The X-factour".
O bootleg se chama Iron Maiden: "Blaze No Brasil"
o show foi registrado em São Paulo, na edição do Monsters of Rock, realizado no Estádio Do Pacaembu, no dia 24 de agosto de 1996, sendo a primeira tour do Iron Maiden com Blaze nos vocais, e o som foi retirado da diretamente da mesa.
O interessante é que esse bootleg foi ripado de um vinil azul, lançado em versão limitada, com apenas 100 cópias, na Espanha, em 2012, pelo selo Discos Toro Salvaje
Desde junho deste ano Blaze Bayley está viajando por alguns países da América Latina para divulgar o seu novo álbum, Infinite Entanglement, que é a primeira parte de uma trilogia conceitual. Como tem sido uma tradição, a tour do ex-vocalista do Iron Maiden passou por Londrina, fazendo um show bastante intimista em um pub estilo inglês, o Oficina Bar, com ingressos limitados a 150 pessoas. Com um palco bastante reduzido, questionei-me se os cinco integrantes caberiam ali, já que assim como nas últimas turnês pelo Brasil Blaze está acompanhado por quatro membros da banda The Best Maiden.
Com a casa lotada, por volta das 23:00 o carismático vocalista entra em cena com o clássico do Maiden 'Lord of the Flies', seguida de 'Futureal'. Já nessas duas primeiras, Blaze e banda demonstraram o quanto sentem-se bem com aquele clima intimista proporcionado pelo pub. Era notável logo no início do show que o tamanho do palco não seria obstáculo para a performance da banda; pelo contrário, Blaze Bayley e a banda interagiram o tempo inteiro com os fãs como se estivesse numa grande arena.
A grande novidade dessa tour, além das músicas do novo álbum, foi a inserção de 'Born As Stranger' do primeiro álbum Silicon Messiah. Ao anunciá-la, Blaze fez um discurso bastante inflamado como de costume. Fazendo alusão à letra da música, disse que não devemos nos preocupar com os julgamentos da sociedade pelo fato de nascermos estranhos e em um mundo diferente da maioria.
Embora a tour seja de divulgação do novo álbum, o set-list contou com apenas três músicas de Infinite Entanglement: a música título, 'A Thousand Years' e 'Human', que se encaixaram muito bem ao vivo com os integrantes da banda. No entanto, senti que ficou faltando faixas como 'Calling You Home' e 'Independence' que, além de serem épicas, são extremamente significativas e representativas do que é o novo álbum do Blaze.
No restante do repertório, Blaze deu prioridade a faixas do excelente álbum Silicon Messiah, intercalando com músicas da era-Maiden. No entanto, aqui cabe uma observação: assim como nos shows pela Europa, Blaze inseriu no Brasil 'Fear of the Dark' no repertório que nem sequer foi composta ou gravada por ele em seu período na donzela. Outra inserção inusitada foi 'Wrathchild', justificada por Blaze por ser uma homenagem a Paul Di'Anno, hospitalizado no último mês. Mas por que 'Fear of the Dark'? Não vejo outra explicação a não ser agradar as "massas".
Sei que deve ser problemático escolher um repertório diante de uma vasta discografia de qualidade, mas cinco álbuns da carreira solo deixaram de ser lembrados: "Tenth Dimension", "Blood&Belief", "The Man Who Would Not Die", "Promise and Terror" e "King Of Metal".
Apesar dos pesares do repertório, a volta de 'Sign of the Cross' foi uma grata surpresa. Como essa música soa grandiosa e mágica mesmo após 21 anos do lançamento do "The X Factor". Diga-se de passagem, a banda The Best Maiden a executou com maestria, assim como as demais músicas da carreira solo de Blaze e da donzela.
Um show de Blaze Bayley sempre é uma celebração de um heavy metal de qualidade e da independência artística. Como sempre lembra ao anunciar o clássico 'The Clansman', Blaze mantem a sua carreira de forma independente, com sua própria gravadora, sem ter vínculo com nenhuma grande produtora, tendo como suporte os próprios fãs. Em retribuição e reconhecimento, ao final do show Blaze sempre desce do palco e vem ao encontro dos fãs para tirar fotos, dar autógrafos e beber umas e outras cervejas.
Na noite de Londrina não foi diferente. Blaze permaneceu até o Oficina Bar fechar as portas, bebendo conosco, conforme prometeu ao anunciar 'Man on the Edge'. Tive a grata oportunidade de beber e trocar uma ideia com ele. Um exemplo de superação, carisma e humildade. Artistas como o Blaze fazem toda a diferença. Que venha o próximo álbum com uma nova tour pelo Brasil!