Durante uma conversa com The Metal Voice, Blaze Bayley ex-vocalista do Iron Maiden de 1994 até 1999, tendo gravado os álbuns “The X Factor” de 1995 e “Virtual XI” de 1998, falou sobre as músicas que mais o desafiaram no seu tempo com a banda.
São elas “Virus”, “The Clansman”, “The Sign of the Cross” e outras que não por coincidência são tidas pelos fãs como seus melhores registros com o Maiden.
Virus
“Ela foi muito incomum, pois de todas as músicas que compomos, ela foi composta à cinco mãos. Todos no Iron Maiden contribuíram de alguma forma com o seu desenvolvimento e a gravamos da mesma forma que quando ensaiamos pela primeira vez. Entretanto, nunca a tocamos ao vivo. Atualmente, eu uso uma versão pessoal dela com meus próprios arranjos que me permitem tocá-la como minha banda e está no ‘Live in France’”.
Sign of the Cross
“Essa música foi um grande desafio porque todos nos envolvemos, porém ninguém sabia no que ia dar, pois cada um participou com um parte. Foi a primeira música que compomos juntos e pensamos ‘Vamos ter de juntar cada pedaço’. Gravamos parte a parte e depois colocamos tudo junto.
E foi só depois de juntar tudo que percebemos que ela era fantástica. Nós a tocamos várias vezes e foi incrível. Havia uma atmosfera maravilhosa”.
The Clansman
“Ela é tremenda, pois eu me lembro que o Steve Harris chegou no estúdio e me perguntou o que eu achava de uma ideia e começou a cantarolar uma parte da música. Eu disse que era maravilhosa e assim surgiu ‘The Clansman’.
Então nós a ensaiamos e rolou uma química entre nós. Creio que por causa do seu tema muitos ficaram contra o Maiden na época.
Muitos promotores perderam a confiança, as vendas de CD caiam naquela época e cantar aquela música, o espírito que ela resgata de liberdade e se apoiar naquilo em que se acredita. Nunca mudar a sua direção.
Futureal
“O Steve veio até mim e disse que tinha a ideia de uma música bem rápida e me perguntou se eu tinha uma letra que se encaixasse nela. Eu apareci com essa letra que eu tinha trabalhado e que era sobre paranoia. Foi fantástico e ela se tornou a música de abertura do nosso set por um bom tempo”.
Man on the Edge
“Essa música é baseada no filme ‘Falling Down’ com o Michael Douglas. Eu fui até o estúdio particular Janick Gers’ onde sentamos e ficamos pensando na vida.
O filme é sobre um cara que finge ir ao trabalho todos os dias, porém ele havia sido despedido um tempo antes e tinha vergonha de dizer. Muito parecido com a minha vida quando jovem quando fiz a mesma coisa.
Eu tinha muito medo do que meu padrasto fosse dizer quando descobrisse que eu tinha sido despedido. Eu tinha tanto medo que saía todos os dias às sete da manhã para dar a impressão que eu estava trabalhando.